chapter two

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🦊

eu tava correndo pela floresta desgovernado, eu só queria ir embora de uma vez por todas.

meus pais estavam me obrigando a eu me casar com uma garota aleatória, porque de acordo com eles eu iria ser o herdeiro.

mas eu nunca quis ser o herdeiro, nunca quis ser filho do alfa lúpus, que seria o meu pai, eu só queria viver a minha vida tranquilo.

tenho até medo da reação da minha família se souber que eu nem quero viver pra sempre como uma raposa vermelha, e sim como humano, em uma cidade, e morar em uma casa de verdade.

eu já dei umas fugidas e já vi como é uma cidade civilizada, mas com cuidado pra não ser pego. Parece ser legal e eu já tô cansado de viver como uma raposa.

e além de tudo eu já tive muitas experiências como raposa, não tem nem graça mais.

e também tem o detalhe de que eu nem gosto de mulheres, eu já percebi que eu gosto de homens mas nunca que eu deveria deixar os meus pais saberem disso também.

e os rapazes da cidade também são bonitos.

então eu estava fugindo logo depois da minha mãe me dar essa notícia, pra não ter que me casar. Eu sei que vou ser perseguido, mas eu não ligo.

só que eu acabei me perdendo de casa nessa brincadeira, não sabia onde eu tava, mas eu conseguia ouvir barulhos de carros, então eu presumi que eu já estava perto da civilização.

sai da floresta, e com muito cuidado e cautela eu fui andando pela cidade.

fiquei o dia todo andando, já estava cansado de andar então em sei lá que horas da noite eu parei perto de um beco pra descansar.

só que nisso eu fui pego por um cara. Ele parecia um cidadão normal, só que na verdade era um velho bêbado desgraçado.

ele tava me chamando de gato! Sério? Gato? Tinha que ser um bêbado mesmo.

de acordo com o próprio que falava alto e sozinho, ele odiava gatos e ficou me perseguindo tentando me atacar.

fiquei correndo dele por aquela calçada quando ele acertou um chute em mim, o que fez eu parar pra dentro do beco.

eu já estava machucado, e então ele ficou pisando na minha pata, me chutando e ainda jogou coisa em mim, eu já tava muito machucado então acabei desmaiando, eu morria de dor.

ele foi embora achando que eu tinha morrido, mas eu ainda estava vivo, porém, com a respiração horrível e totalmente debilitado pra continuar caminho para um lugar mais seguro.

fiquei naquele beco dormindo em cima de umas caixas de papelão por um dia, eu só pensava como seria melhor só eu me casar logo do que passar por isso.

já era de noite de novo, e eu tava todo dolorido e tentava encontrar uma posição melhor, na qual eu não estivesse tão dolorido, o que fazia os papelões em cima de mim de mexerem.

quando eu só senti alguém mexendo em um dos papelões, com muito medo de ser outro louco eu corri pro outro lado, e quando eu olhei vi que era um menino.

não sabia as intenções dele então fiquei afastado, ele ficou olhando pra mim e eu continuei a onde eu estava.

ele veio se aproximando de mim e eu corri pra fora do beco, ele veio até mim de novo mas ficou mais afastado de mim.

e então ele tirou uma embalagem do bolso, fiquei olhando confuso, quando ele abriu e tinha um negócio marrom, mas tinha um cheiro bom.

ele jogou no chão um pedaço daquilo pra mim e eu comi, era doce, era bom... eu tava morrendo de fome, e então ele disse.

A raposa do becoOnde histórias criam vida. Descubra agora