chapter one

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🦊

era umas 20:00 da noite e eu estava voltando pra casa, eu tinha ido na casa do meu amigo, Hueningkai, ficamos conversando e acabei passando tempo de mais por lá. Ele insistiu pra eu dormir lá, mas eu achei melhor vir pra casa.

enquanto eu andava eu passei por um beco, não era sem saída, mas ainda era um beco e bem escuro. Eu sempre passo por aquele beco quando eu vou na casa do Kai, e sempre ignoro ele, só que dessa vez ele tinha uns papelões no chão, e eu não ligaria se eu não tivesse ouvido os papelões se mexendo.

eu parei um pouquinho e olhei pra verificar pra não ver se era coisa da minha cabeça, mas eu vi que não era, quando vi os papelões se mexendo, com um certo medo eu me aproximei daquela bagunça e com a única coragem que me restava eu tirei o papelão pra ver o que tinha embaixo dele.

e isso que tava embaixo do papelão saiu correndo, só vi o vulto. Pensei que fosse um gato ou um rato, mas quando eu vi melhor, eu me surpreendi.

era uma raposa, uma raposa vermelha, ela era fofinha, pequena, mas também não parecia ser filhote. Mas algo que partiu meu coração foi ver ela toda machucada.

e não, não eram arranhões que ela conseguiria em uma floresta, eram ferimentos de maus tratos.

ela era tão fofa, como um ser humano faz isso com um bichinho tão pequeno e aparentemente indefeso desses? Acho que não era nem pra ela estar na cidade, pode ter se perdido e veio parar aqui, e deu de cara com um mal amado.

Bg: ei... quem fez isso com você? *tento fazer carinho nela, mas ela foge*

ela foi pra fora do beco bem rápido, mas não foi muito longe, ela tava muito assustada. Eu andei até ela de novo mas mantive uma certa distância pra ela não fugir.

Bg: eu não vou te machucar, só quero ajudar...

eu não podia ver ela ali daquele jeito, precisava pelo menos fazer alguma coisa pra ela ficar um pouco melhor pra amanhã poder levar ela pra algum veterinário.

mas ela tava com medo, se eu tentasse pegar ela naquele estado ela poderia me morder, eu tinha que ganhar a confiança dela, mas como?

Bg: hm.. *fico batendo nos meus bolsos pra ver se eu tinha algo*

no final eu só tinha um chocolate, eu não sei se pode dar chocolate pra raposas, mas ela parecia estar com fome, e só um não deveria fazer tão mal.

Bg: aqui, olha *abro o chocolate e quebro um pedaço pra ela* pega... *sorrio*

ela se aproximou de mim e eu joguei o chocolate no chão pra ela, ela pegou e comeu, era realmente muito bonitinha.

Bg: eu te dou mais comida se você quiser, e vou cuidar um pouco dos seus ferimentos *olho no pescoço dela* você realmente não tem dono... não era nem pra você estar aqui, né?

ela ficou me olhando com uma carinha confusa, o que me fez rir. Aproximei minha mão da cabeça dela e ela deixou eu fazer carinho nela, eu fiz um carinho, olhei embaixo dela e vi que na verdade a raposa era o raposa... ou raposo... enfim. Fiquei olhando pra ela e então disse.

Bg: se eu pegar você... você vai me morder?

obviamente que ele não me respondeu, então eu tentei pegar ele, e ele deixou. Eu dei um sorriso e peguei ele e fui pra casa com ele.

A raposa do becoOnde histórias criam vida. Descubra agora