Perigo Noturno - SasuNaru

Bônus

Do alto do grande prédio residencial, especificamente no vigésimo quinto andar, era possível ver com clareza a lua cheia brilhando tão majestosa quanto as luzes da cidade. Era uma noite quente, com nenhuma nuvem no céu e nenhum sinal de chuva, mas um ponto na grande parede de vidro estava embaçado e, se alguém passasse o dedo, seria possível escrever ou desenhar algo. O motivo era simples: o hálito quente de Naruto, que se chocava contra o vidro, enquanto gemia sem nenhuma restrição de som, o nome de Sasuke, que ia tão fundo nele que as estrelas no céu pareciam duplicar de tamanho aos olhos do loiro. 

Esse era o lance deles agora. Depois de dois meses desde a primeira vez que estiveram juntos, se encontravam quase todas as noites depois do trabalho, na casa de Sasuke ou de Naruto. Às vezes, a vontade de se verem era tanta - e as fotos ousadas que mandavam para provocar um ao outro - que escapavam durante o dia e se agarravam em qualquer espaço privado que encontravam. Nenhum dos dois nomearam o que tinham, mas ambos concordavam que não precisavam de outros parceiros. Na verdade, até tentaram no começo daquilo tudo. Quando Naruto percebeu que ligava demais para Sasuke, querendo saber se ele não queria ser seu perigo noturno naquele dia. Sasuke sempre queria. E quando Sasuke percebeu que, nos dias em que Naruto não ligava, era ele quem o fazia, com uma desculpa qualquer, e Naruto sempre ia. Tentaram outras pessoas. Sasuke até ligou para um "contatinho" que sabia nutrir um sentimento por ele, que mesmo estando ocupado não o negaria, mas não foi bom. Quer dizer, ele gozou, mas não foi como era quando estava com Naruto. Não segurou o orgasmo para prolongar o momento, e nem ficou deitado com ele em seus braços, conversando, rindo, falando sobre qualquer coisa, como fazia com Naruto. Foi prazeroso, mas não foi gostoso. Porque só era gostoso com Naruto. Da parte do loiro, foi quase a mesma constatação quando resolveu se deitar com outro alguém. Mesmo com alguém dentro de si, não se sentia completo ou satisfeito. Os sons que saiam de seus lábios eram fingidos e suas unhas não deixou nenhuma marca na pele dele, pois era Sasuke quem o levava ao limite, o tirava do controle a ponto de Naruto não saber o que fazia enquanto cravava suas unhas nas costas do Uchiha, e o marcava. 

Tudo isso não passou despercebido por ambos os homens, e os dois decidiram, cada um em sua cabeça, não tentar de novo. Afinal, do que estavam fugindo? 

Estar na presença um do outro era confortável, gostoso e aconchegante. Se respeitavam e sempre conversavam sobre tudo, inclusive, das inseguranças um para com o outro, então simplesmente pararam e se entregaram àquilo que os consumia, fosse o que fosse. 

— Eu acho que preciso de um banho — Naruto disse, ainda ofegante e completamente suado. Sasuke ri e ele sente o coração derreter com aquele som. 

— Eu também! Fizemos a maior bagunça aqui. 

Eles estavam tentando fazer um bolo quando Naruto o provocou ao lamber, de forma muito, muito safada, a colher que mexia a massa. Era uma brincadeira! Naruto não imaginou que Sasuke o provocaria de volta, e muito menos que o agarrasse no meio da cozinha. Também não esperava que o moreno usasse o chantilly, que usariam para a cobertura, em seu corpo. Ou talvez ele esperasse sim, e por isso o provocou. 

Agora, se agarravam de novo no banheiro. Sasuke agachado chupando Naruto com afinco, enquanto o loiro segurava no box para se equilibrar e não cair com o chão molhado. Depois, Sasuke o prensou na parede e o tomou com todo o desejo que nunca parecia acabar. Quanto mais tinha de Naruto, mais o queria. 

Ficaram assim o banho todos, em um momento, resolveram que precisavam comer, então, enquanto Sasuke secava o cabelo, Naruto descia para a cozinha. Estava um caos, mas não a limparia naquele momento. Procurava alguma coisa na geladeira quando a campainha tocou. Sasuke não avisou sobre receberia alguma visita naquele dia, então deduziu ser algum vizinho. Não se importou com as marcas visíveis em seu pescoço, nem com o cabelo bagunçado quando abriu a porta, paralisando automaticamente ao ver o visitante.