Indecisões

O Smartphone

Júlia Monteiro

Acordei, e dei um pulo da cama quando vi que já eram 4:00 hrs da tarde.

Eu tinha me esquecido totalmente que eu e a Luana iríamos para o shopping.

Levantei, fiz minhas necessidades, escovei os dentes e sai do banheiro.

Eu ainda estava com o perfume do Bruno no meu corpo, apesar de ter tomado banho quando cheguei mas cedo.

Quando sai do banheiro, a Luana estava sentada na cama com os braços cruzados, e com certeza queria alguma explicação.

- Onde você estava mais cedo ? - perguntou a Luana, se levantando da cama.

- Eu estava dormindo lá embaixo na sala. - falei afirmando.

- Não estava não, eu fui na sala, na cozinha e você não estava, te procurei em todos os lugares dessa casa. - falou a Luana com preocupação.

- Eu sai lá fora para tomar um ar. - falei, cruzando os braços.

- Foi mesmo ? Você está com cara de quem não dormiu faz dias, você está com cara de quem bebeu todas. - falou a Luana, se aproximando.

- Vamos descer, estou morrendo de fome. - falei, fazendo cara de fome.

E a Luana desceu para a cozinha.

Mas antes, ela me deu um olhada como se estivesse falando que iria querer saber de tudo depois.

Eu estava com fome, mas também estava com uma dor de cabeça enorme, preciso tomar algum remédio para ressaca.

Procurei meu celular para verificar se tinha mensagens

E foi quando lembrei, que tinha esquecido o mesmo na casa do Bruno. Eu não estava com cara para encaralo agora.

Desci até a cozinha, e todos estavam lá conversando, não sei o que porque eu não tava prestando atenção nenhuma.

Eu estava prestando atenção mesmo era nas olhadas que a Luana e o João Victor davam, quando achavam que não tinha ninguém prestando atenção.

Mas eu estava.

Tomei um susto quando a minha mãe chegou perto de mim, e me catucou

- Oque está acontecendo com você minha filha, - falou minha mãe, me dando um beijo no topo da minha testa.

- Ela tá com cara de velório mãe - falou o João Victor. Dei um olhar mortal para ele, ele que me aguarde.

Depois de um tempo conversando com eles, e comendo miojo, eu subi para o meu quarto para tentar dar um jeito nessa minha cara de vaca morta, e me arrumar para ir para o shopping, mesmo estando sem vontade, a Luana me obrigou a ir.

Vesti uma blusa, e um shortinho mesmo, já que o tempo estava favorável agora.

Look da Júlia

Look da Luana

Saímos de casa, e chamamos o Uber. Depois de alguns minutos já estávamos no shopping, a Luana claro que me arrastou para as lojas de roupas, compramos vestidos, saias, blusas, pijamas.

- Vamos comer alguma coisa Júlia, já estou morrendo de fome - falou com cara de vaca

- Vamos no Mec uai. - falei por fim.

Compramos dois hambúrgueres enormes, e uma Coca-Cola de 1 litro. Eu não tava nem conseguindo me levantar de onde eu estava sentada, de tão cheia, e não vou nem falar da Luana.

Depois resolvemos tomar um sorvete, e por fim ir embora.

Já estavamos fora do shopping, e a Luana já ia chamar o Uber.

Mas aí lembrei do bendito celular.

- Luana ? - a chamei, e ela olhou para mim. - Você poderia ir para a minha casa, e inventar qualquer desculpa para a minha mãe ? Preciso ir resolver umas coisas. - falei

- Júlia, Júlia. Olha lá o que você vai aprontar em menina. - falou, me olhando séria.

- Obrigada miguxa. - falei, e dei um beijo no topo de sua testa.

Depois de uns minutos o Uber que a Luana teria chamado chegou. Esperei ela ir, vai que ela visse qualquer coisa e achasse suspeito.

Chamei um táxi que estava ali perto parado, e fui até a casa do Bruno.

Bate na porta, e já ia me virando para ir embora por achar que não tinha ninguém em casa.

Ouvi uma voz grossa, e rouca a qual eu conhecia bem.

Senti um frio na barriga.

- Oi. - falou o Bruno, com cara de quem tinha acabado de ser acordado.

- Oi. Vim buscar meu celular. - falei, já mandando esse frio que tava na minha barriga, para bem longe.

- Entra. - falou o Bruno me convidando para entrar.

Entrei, e ele me direcionou até um sofázinho na sala, ele pediu que eu o esperasse aqui, que já ia trazer o meu celular.

Depois de longos minutos o esperando, ele desce as escadas e vem até mim, me entregando o celular.

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