capítulo 8; segurança

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Pov Alisson
Estávamos indo em direção ao CCD, eu não sei por que, mas tenho uma sensação ruim quando penso nesse lugar, meu pai falava de lá, ele disse que era um centro de controle de doenças, faziam testes, experimentos, tudo em prol do bem maior, falou que um dia me levaria lá, mas esse dia nunca chegou, visto o caos que se espalhou. Descobri quando acordei que o pai da Sophia morreu, ela não parece muito triste, acho que entendo o por que, e Carol, parece mais leve, creio que ele não fazia bem pra nenhuma das duas, meu pai pode não ser o melhor passa longe, mas ele me ensinou a sobreviver, mesmo que de maneira dura, eu gosto de pensar que esse era o jeito de ele dizer que se importava comigo. Também descobri que Merle fugiu das algemas e deixou a mão pra trás, não o trouxeram de volta, talvez seja até melhor assim, ele poderia nos por em risco, só sinto pelo Daryl. Deixamos o Jim no meio do caminho, o clima estava de luto até então, ele havia sido mordido, enquanto eu estava no carro pude pensar sobre muitas coisas, e uma delas foi na Amy, eu não a conhecia bem, mas ela foi legal comigo, e sinto pela Andrea ter perdido a irmã. Nesse momento estamos dentro do Carro eu, Carl, Sophia, Carol no banco de trás, Lori e Rick no banco da frente.
Lori: Sabe no que eu tô pensando- Lori soltou ao vento, mas acho que era mais para o Rick, ele a olhou com um meio sorriso- na nossa viagem com o Carl ao Grand Canyom- Rick riu anasalado
Carl: eu não me lembro disso- Carl fez uma cara de confuso
Lori: e nem lembraria, você era só um bebê
Rick: é, lembro que você passou mal, eu juro, eu não sabia que um bebê podia vomitar tanto- ele riu entre as frases
Lori: é tivemos que voltar da viagem mais cedo, nem chegamos a ver o Grand Canyon- ela sorria com nostalgia
Carl: que chato
Lori: não foi uma viagem muito boa
Rick: É foi mesmo
Carl: podemos ir lá?- Carl perguntou animado, e eu ri de sua animação
Rick: claro- Rick concordou prontamente
Sophia: podemos ir também?- Sophia perguntou ingenuamente
Carol: eu adoraria- disse emocionada
Rick: claro que sim vamos todos, você, sua mãe, Carl e Alisson- nesse momento Rick me olhou pelo retrovisor, acho que pra me incluir na conversa, e sinceramente eu fiquei feliz de saber que ele ainda pensava em mim. Eu sorri pra ele brilhante.
Alisson: é vai ser legal!- eu falei animada.
Depois de 4 horas de viagem sem parar, chegamos ao nosso destino. E não era uma das melhores imagens de se ver, mesmo dentro do carro eu conseguia ver alguns corpos no chão. Rick desceu primeiro depois abriu a porta do meu lado, eu estava na ponta, ajudou eu e o Carl a descermos, Lori fez o mesmo do outro lado. Quando descemos eu pude sentir o cheiro de carne apodrecendo que pairava no ar, isso só me deu mais arrepios, andamos em formação só nós 6 enquanto os outros ainda se aproximavam, quando andamos alguns passos, pude ver que não eram só alguns corpos, eram vários, eu arregalei os olhos, essa imagem me fez pensar se foi assim que o centro de refugiados militares ficou depois do ataque, senti a mão do Carl envolver a minha, eu o olhei, ele parecia assustado também, mas com o olhar de quem tentava me passar conforto, e pra minha surpresa eu realmente senti melhor. Os grunhidos de zumbis me fizeram voltar a realidade e já havíamos dado vários passos, quase no portão de metal fortificado do CCD, e sinceramente aquele lugar me dava arrepios e não de um jeito bom, sinto medo. Paramos no portão todos do grupo juntos e os zumbis se aproximando Daryl já até atirou com sua besta em algum, Rick começou a gritar pra câmera mas nada acontecia, estavam todos prestes a desistir, aliás eu não queria nem estar alí.
Daryl: trouxe a gente pro cemitério- ele falou exaltado
Lori: vamos Rick, não tem nada aqui- nisso mais caminhantes se aproximavam
Shane: você queria ver se tinha algo aqui e já vimos que não agora vamos embora- Shane está bravo nota-se em sua voz
Começaram a se distanciar da porta menos Rick e eu, até por que eu não vou a lugar nenhum sem ele, ainda segurava a mão de Carl e a Lori o puxava pra longe me fazendo da dois passos pra trás. Até que..
Rick: a câmera se mexeu, tem gente lá dentro!!- ele começou a gritar e eu me forcei pra frente fazendo com que Carl soltasse a mão de sua mãe e ela logo voltou pra perto dele, como uma mãe Leoa protetora- abra, precisamos de uma chance, se não nos deixar entrar vai estar nos sentenciando a morte- ele começou a gritar mais alto e lacrimejar os olhos
O portão se abriu todos ficaram surpresos e entramos às pressas, mas não posso dizer que a recepção foi boa, o homem lá dentro apontava uma arma pra gente.
Xxx: peguem logo o que precisam depois que essas portas se fecharem elas não irão abrir mais- e de novo o arrepio, a sensação ruim, um instinto talvez, mas eu senti a que devia ter corrido de volta pra fora antes que o portão fechasse, mas não fiz isso e ele trancou, não havia volta para o que estava por vir
Depois das apresentações o homem que se identificou como doutor Jenner, fez exames de sangue em todos nos, pra ter certeza de que não estávamos infectados
Jenner: tem medo de agulhas- ele perguntou pra mim, depois de ver meu olhar reprovados sobre a agulha, Carl estava alí junto com Sophia, Lori e Carol, só faltava eu e depois a Sophia
Alisson: não, até onde eu saiba- eu disse hesitante, e fui sincera, mas senti meu corpo reagir como se estivesse com medo, eu suprimi, respirei fundo, e ele furou, não doeu, mas fechei os olhos mesmo assim, e de repente foi como ver um flash de luz na cara, só que como uma memória, eu me senti deitada em uma maca, enquanto uma agulha Entrava em mim, e no momento seguinte voltei pra o meu momento.
Carl: viu ela é corajosa, até já atirou com uma arma- ele falou animado, e Lori deu um tapa de raspão na cabeça dele, Carol Sophia e doutor Jenner só riram da situação
D.jener: é, é mesmo- ele falou, aos meus ouvidos ele pareceu sugestivo. E eu só conseguia pensar, "o que acabou de acontecer?"
Alguns minutos depois de todos retirarmos sangue prós testes doutor Jenner resolve nos acomodar.
D.jenner: okay, já foi todo mundo, e pelo que parece todos estão bem- o doutor me encarou nesse momento e depois de 3 segundos sorriu- vamos vou levá-los para os aposentos- ele começou a andar em direção ao um corredor todos os seguiram e mais luzes acenderam- a energia aqui funciona na base de geradores podem tomar banho, e depois jantar, mas maneirem na água quente- eu fiquei realmente surpresa, água quente!
Gleen: ele disse água quente- falou surpreso, não é pra menos, é difícil tomar banho nos dias de hoje, quem dirá, com água quente
T-dog: é você ouviu o homem
Nossa! Há tempos não tomava um banho de água quente, a sensação do momento em que a água morna entra em contato com minha pele é ótima, sinto meu corpo relaxando, é bom demais, bom demais pra ser verdade, e esse é o problema, estou insegura com esse lugar, mas não quero estragar o momento de paz dos outros com minhas paranóias. Depois de tomar banho vesti uma blusa de manga longa e frouxa, e uma legging e fiquei descalça mesmo, bem confortável para um noite de sono tranquila que pretendo ter, mas antes ouso meu estômago roncar, preciso jantar, acho que todos já estão lá. Eu corri pelos corredores até chegar na "cozinha", vi um lugar vago ao lado da Sophia vi ela acenando para mim e fui até lá.
Sophia: oi, que bom que você chegou, o Carl vai experimentar vinho agora, aposto que ele vai fazer careta, e você?- ela perguntou em uma voz baixa enquanto eu me sentava
Alisson: eu não tenho dúvidas, vinho é muito forte, meu pai me fez provar uma vez, numa comemoração em família, só pra rir da minha cara.- eu falei, rindo da lembrança.
Carl: arghh- Carl cortou minhas lembranças com o som de desgosto, e quando olhei pra cara dele comecei a rir e a Sophia também- não tem graça e isso é muito ruim
Lori: isso, meu garoto
Depois do jantar foram todos para seus quartos, eu não sabia onde ia ficar, mas não me liguei muito nisso, até por que está protegida à quatro paredes já me é o suficiente. Segui a Sophia e o Carl, pois tinham me chamado pra brincar, fomos andando pelo corredor e inacreditável é que não vi nenhum adulto, o que é estranho, geralmente sempre tem um na nossa cola. Carl quebrou o silêncio do caminho com uma dúvida.
Carl: acham que vamos poder ficar?- ele falou sério
Alisson: nós já não estamos aqui- eu disse meio que na brincadeira
Carl: não, tô dizendo ficar mesmo- eu senti uma preocupação com curiosidade palpáveis
Alisson: não sei- sinto receio em dizer exatamente o que eu acho desse lugar, e olha que só uma pessoa muito sincera
Sophia: e por que não poderíamos, Dr.Jenner parece legal, nos deixou ficar
Carl: é, mas por quanto tempo- quando Carl disse isso chegamos até o quarto que parecia mais uma sala de recreação, o ar ainda estava pesado, mas se dissipou quando Sophia viu um quebra cabeça de algum desenho animado desconhecido por mim. E fomos nos divertir e tenho que dizer, fazia um tempo que eu não brincava como uma criança. Foi legal. Depois de um tempo Lori e Carol chegaram no quarto chamando pelo Carl e a Sophia
Lori: vamos Carl, precisa dormir
Carol: é crianças hora de dormir- os dois se levantaram e foram até suas mães Carol e Sophia logo saíram de vista, eu me virei pra guardar o quebra cabeça, não estava com pressa até por que não tem ninguém pra me dizer que é hora de dormir, esse pensamento me fez sentir mal, como um vazio, é estranho. Meus pensamentos foram cortados quando eu ouvi a voz da Lori, nem tinha percebido que ela ainda estava alí.
Lori: Alisson, vamos, você também tem que dormir, espero que não se importe de dividir a cama com o Carl- eu olhei pra trás, e percebi que os dois ainda estavam Ali, demorou um tempo pra eu me tocar que estavam esperando por mim, fiquei bem feliz, e também percebi que não ia rolar de ficar acordada até tarde.
Alisson: claro estou indo- eu falei sorrindo alegremente.
Depois de uma hora mais ou menos não se ouvia mais nada, eu estava na cama com o Carl, que ficava encostada na parede, do outro lado se encontrava a cama em que Lori e Rick estavam, e a porta no meio das camas, eu não conseguia dormir o que era estranho, talvez fosse o lance de sempre estar em alerta, ou não sei, talvez fossem só os pensamentos me atormentando, pareço uma velha falando assim.
Carl: Alisson- Carl me chamou, nem sabia que ele também estava acordado
Alisson: te acordei?- ele ficou de barriga pra cima e virou o rosto pra mim, já que antes estava de costas.
Carl: não, só estou pensando demais- nós encaramos brevemente- e você por que não consegue dormir?- parece que ele tá querendo passar o tempo
Alisson: também eu acho... Na verdade eu não durmo direito desde quando isso tudo aconteceu- as vezes é difícil falar exatamente o que aconteceu.
Carl: deve ser mais difícil pra você dormir- eu o olhei com uma cara confusa- você viveu mais experiências desde que tudo isso começou já que ficou sozinha, mas tenho a impressão que suas experiências começaram antes disso- as vezes ele é bem perspicaz
Alisson: é, cê tem razão, minhas lembranças são complicadas na hora de dormir- eu ri um pouco disso e Carl só sorriu, mas logo ficou sério de novo.
Carl: e como são?- entendi que ele quis dizer das minhas lembranças- suas lembranças
Alisson: são ruins,... zumbis, muitos zumbis, ..sangue, ouso tiros, grunhidos e desespero,... Mas o pior é o medo, a lembrança do medo que eu senti, mas no meu caso, talvez tenha sido ele que me fez ficar viva- senti a mão do Carl encostar na minha bochecha esquerda, com um braço apoiado na cama e outro esticado pra me tocar, ele limpava minhas lágrimas que nem se quer vir estar derramando
Carl: ei, você não tá mais sozinha Alisson, vamos te proteger, eu vou te proteger- ele disse com convicção, eu acho que fiquei emocionada demais pra dizer só um obrigado
Alisson: não gosto desse lugar- eu disse literalmente do nada, e ainda estava com o rosto molhado e a mão de Carl ainda encostava em mim.
Carl: eu sei- não fiquei surpresa, sei que ele percebi as coisas, depois disso eu dormir, me senti aliviada, e um pouco estranha, falar sobre seus sentimentos é estranho, mas estranhamente bom.

..... continua....

Argent no Apocalipse; andarilhaOnde histórias criam vida. Descubra agora