𝐀𝐋𝐔𝐆𝐀-𝐒𝐄 𝐔𝐌𝐀 𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐀'ᵇᵉᵃᵘᶜʰᵃᵐᵖ

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Há que ponto eu cheguei, colocando anúncio em um jornal!

Na semana passada nunca que eu pensaria em procurar uma namorada dessa forma, porém circunstâncias extremas fizeram com que eu me metesse nessa bocada.

De início eu iria colocar qualquer coisa no anúncio, como "homem solteiro procura namorada" e o número de contato. Porém, meu amigo Noah resolver intervir e colocou os adjetivos bonita e gostosa como créditos.

- É só isso que vai por ?! - Noah perguntou quando eu terminei.

- Sim , não posso ser tão exigente , se não nenhuma garota irá aparecer - disse. Meu amigo assentiu, e um sorriso se formou em meus lábios. Aquela era uma situação em que eu não esperava estar.

Tudo começou quando eu recebi uma ligação da minha mãe. Eu morava no Brasil e minha família em Nova York. Nós nos falávamos poucas vezes, e eu sabia que aquela ligação era importante.

A notícia era que meu irmão Harry iria se casar com sua namorada , Alissa.

Aquela notícia me pegou de surpresa, afinal, eu sempre achei que aquele namoro não duraria. Alissa era inteligente demais para namorar com meu irmão.

Alissa e eu fomos colegas, estudamos juntos por cinco anos. E somente com dezessete anos eu percebi que estava apaixonado por ela.

Meu irmão nunca deu indícios de gostar de Alissa, ele era mais velho que eu dois anos, e muito mulherengo.

Reuni toda a minha coragem para me declarar para ela, contudo, Harry foi mais rápido e me tirou a garota dos meus sonhos inventando um boato de que eu era gay.

Tentei diversas vezes desmentir Harry e dizer que era tudo invenção, mas ninguém acreditou. Afinal eu nunca havia ficado com ninguém antes. Alissa foi a única garota que eu me interessei.

Uma semana depois e essa "fama" de gay se espalhou, todos da vizinhança acreditavam que Joshua Beauchamp era "o gay". A situação ficou cada vez mais impossível. Não aguentava mais meu irmão e muito menos ser ridicularizado daquele jeito.

Quando me formei, decidi me mudar para o Brasil. Minha mãe era Brasileira e se formou na universidade de São Paulo.

Conversei com meus pais e disse que queria ir para essa universidade. Ganhei o apoio da minha mãe e o dinheiro do meu pai.

Depois de um ano não consegui entrar na universidade, dividia o aluguel com meu amigo Noah que conheci no cursinho e trabalhava meio período como assistente em um escritório. Eu esperava voltar para Nova York formado e com uma linda namorada. Contudo, eu não tinha um diploma e muito menos uma linda namorada, ou seja, lascei-me.

[...]

- Esse telefone não para de tocar. Mandou bem, Kyle! - Noah disse. Ele estava mais animado que eu.