Espero que gostem, li mais de uma vez para ajustar, mas pode ter ficado um errinho, se ficou desculpas e no geral espero que gostem.
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Finalmente estava me sentindo segura dentro de casa. Me joguei no sofá com o novo molho de chaves nas mãos e um monte de caixas em meu campo de visão.
Tive que me mudar as pressas por conta de um surto do meu ex, o pior é que eu não fazia ideia do que podia ter levado a esse surto já que terminamos a mais de dois anos. Começou de maneira boba, uma mensagem aqui, outra ali, não dava bola, até que ele começou a me ligar nas horas mais inoportunas, troquei de telefone, mas ainda estava tranquila, porém as coisas mudaram quando ele começou a ficar do outro lado da minha rua vigiando o dia todo minha janela, minha sorte era trabalhar em casa, então não tinha contato direto com ele, mas aquilo estava me assustando para caralho. A gota d'água foi um dia em que sai para ir fazer compras de casa e no meio do caminho ele simplesmente surgiu na minha frente falando que ainda me amava e que o meu destino era ficar com ele, estava na cara que ele não estava em seu estado normal, enrolei um pouco para ele não acabar fazendo uma loucura comigo e o convenci de ir embora. Naquele mesmo dia após deixar as compras em casa fui para delegacia da região e abri o boletim, era mais fácil prevenir do que esperar pelo pior.
Na mesma semana comecei a procurar apartamentos para alugar, fazia um tempo que queria me mudar e aquele era o motivo perfeito.
E agora estou aqui com um monte de caixa para desfazer e uma nova vida para começar.— Está tudo bem sim, mãe. Não tive mais notícias dele, bloqueei em tudo.
— Isso mesmo filha e se precisar que a mamãe vá ficar com você um tempo eu vou.
— Não precisa gata, agora está tudo bem. Estou em um prédio bom, com porteiro 24 horas e serviço de câmera interna, se ele passar na calçada eu vou saber.
— Por favor meu amor, se cuida.
— Eu vou mãe.Queria transparecer para ela que estava tudo bem e no geral realmente estava, mas ainda tinha um sentimento bem mínimo dentro de mim que me deixava com uma pulguinha atrás da orelha, e se ele estivesse me esperando na rua? E se ele do nada batesse na minha porta? Era muito "e se" e nenhum fundamento a não ser a ansiedade que corria frenética pelas minhas veias. Respirei fundo e fui organizar minhas coisas para esfriar a cabeça.
Mais se dois meses se passaram desde que eu me mudei e ele havia sumido, eu não vou mentir, estava feliz para caramba. Estava voltando da feira, com o sol do verão brasileiro torrando minha cabeça, muitas sacolas e zero mobilidade, pelo menos meu prédio era no final da rua.
Meu corpo inteiro gelou quando eu vi o Volvo branco virar a esquina, senti minha vista embaçar e ouvi de longe o som de algo se quebrando, senti uma dor aguda em minha mão e braço, mas estava congelada demais para me mover e olhar o que havia acontecido, só consegui voltar a mim quando o carro seguiu seu caminho sem fazer menção nenhuma de vir para meu lado, eu achava que estava bem, mas agora sabia que não estava.— Moça, você está sangrando.
Meu corpo teve um espasmo de susto, virei o rosto rápido fixando o olhar no homem atrás de mim. Ele parecia preocupado, só então olhei para baixo e notei que um dos potes de compota havia estourado em mim, devo ter apertado com muita força por conta do medo.
— Que desastrada, pode deixar eu já estou chegando em casa, consigo me virar com isso.
— Não vou te deixar sair por aí com esse peso e sangrando assim, me dá as sacolas eu te ajudo — ele tirava do bolso um pano branco se aproximando para enrolar em meu braço.
— Não quero sua ajuda, eu estou bem — comecei a andar quase correndo, mas o misto de sentimentos de poucos momentos atrás não me deixava correr sem ficar com muita falta de ar e tonta.
— Calma moça, eu não sei o que aconteceu, mas eu não vou te fazer mal e nem te deixar assim no meio da rua, eu sou policial — ele tirou o distintivo do bolso ponto-o na minha visão, senti um alívio instantâneo.
— Desculpa, é que homem né?
— Entendo. Vamos, me dá essas sacolas e enrola isso no seu braço, pelo que estou vendo não foi nada muito grave.
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Artigo 150
Chick-LitApós se mudar por conta de um namorado possessivo, Lívia conhece Eduardo, seu vizinho policial que está pronto para fazer sua segurança. +18 Age gap (26x36) femme sub male dom pode conter gatilho dirty talk