5. || Margarida

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Aviso: Referência a Proteção

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"Eu gosto muito de você, seja minha namorada!", Brunim grita mostrando o buquê de margaridas, as bochechas vermelhas observando a moça abaixar o machado de ferro e olhar surpresa para o buquê. Os batimentos cardíacos acelerados, apenas o olhar curioso de S/N fazia o loiro entrar em choque por tal paixão. Brunim tinha caído no amor, ele estava preso, sufocado pelos sentimentos que tinha pela construtora. Desde o primeiro momento, Brunim sabia que foram feitos um para o outro, sem dúvidas, ambos gostavam das mesmas coisas, os gostos eram iguais. Mas apenas Brunim estava avançando, aprofundando mais no amor ilusório.

S/N olha para o ruivo ao lado, Apuh estava chocado também, ele nunca imaginaria que Brunim gostasse de S/N, o loiro era sempre distante deles, quase como se não estivesse ali. A moça volta a atenção ao loiro e suspira alto colocando a mão direita na testa. Ela não queria machucar os sentimentos do amigo, mas também não queria dá-lhe esperança que algo ocorrerá com ambos.

"Cotoco... você é uma pessoa incrível, engraçada e muito fofo...mas eu...não estou pronta para um relacionamento agora. Eu vejo você como um amigo, um dos meus melhores, onde eu posso confessar meus sentimentos e angústia e não ser julgada. Desculpa, cotoquis, eu não posso aceitar seus sentimentos.", S/N explica segurando delicadamente nos ombros do loiro, as ações tentando acalmar os nervos do redstoner. Brunim franzi a testa encarando a moça, os olhos azuis movendo-se para encarar o ruivo piscando algumas vezes, tentando raciocinar o ocorrido.

Apuh sempre estava ao lado da moça, não importava o que acontecesse. Brunim não gostava daquilo, era horrível demais assistir o ruivo passar a maior parte do tempo com a moça. Ele também queria fazer isso, construir, explorar, trollar. Brunim queria fazer tudo o que Apuh fazia com S/N. A inveja e ciúmes corroendo a mente do loiro, as mãos segurando com força o buquê. Se Apuh não estivesse ali, S/N estaria com ele.

Brunim sorri de forma inocente e acena com a cabeça abaixando o buquê. O loiro vira e caminha lentamente para a Vila Steampunk, os olhos enchendo-se de lágrimas, os lábios trêmulos, a respiração ofegante saindo pelo nariz. Brunim joga o buquê no chão e esfrega os olhos, tentando afastar a vontade de chorar.

Brunim não podia acreditar que o ruivo estivesse manipulando S/N apenas para bel-prazer. Sim, Apuh deve está fazendo S/N de besta, não tinha motivos algum do ruivo estar tão perto dela e nem ao menos expressar seus reais sentimentos. O ruivo sente agia com futilidade quando estava perto da moça. Mas bem, isso era o ponto de vista de Brunim.

Pelo contrário, Apuh sempre se importava com S/N. O ruivo não tinha tais sentimentos românticos ou eróticos pela moça. Uma amizade entre duas pessoas de idades diferentes, mas que tinham coisas em comum. Mesmo que S/N achasse o ruivo resmungão, ela ainda gostava da sua preocupação por ela e Lg, e entre os outros amigos.

Brunim respira fundo abaixando as mãos, ele não podia deixar Apuh manipular a moça daquela forma. S/N é alguém puro demais para ser machucada, uma flor de margarida. Brunim irá salva-la de tal destino e assim, a moça ficará grata ao perceber as intenções do amigo ruivo.

Sim, S/N irá saber o quando Brunim se importava com ela, ele era o único que tinha chance de protegê-la da maldade. "Não se preocupe, S/N...eu vou salvar você dele, e então podemos nos beijar.", O loiro sussurra esfregando as mãos nas bochechas, a sanidade mental decaindo a cada passo. Brunim esperaria o momento certo, quando estiver sozinho com Apuh novamente.

O loiro segura o machado com força atrás das costas, os olhos azuis encarando Apuh subindo as escadas do buraco, o ruivo coloca a enxada no chão e levanta, o ruivo levanta a camiseta do grêmio e limpa o suor do rosto. Brunim levanta os olhos observando cada movimento de Apuh.

"Brunim! Quer ver o buraco que estou cavando?", Apuh pergunta ofegante, o ruivo pega a garrafa de água e desenrosca a tampa. Brunim nega com a cabeça, os olhos azuis mostrando raiva e ciúmes, o loiro segura com mais força o cabo do machado, os dedos ficando brancos por conta da força.

"Apuh…eu…quero ver sim", Brunim sorri e se inclina, Apuh franzi a testa e se afasta olhando desconfiado para o loiro. O ruivo joga a garrafa no baú aberto e aponta para a escada, o loiro se aproxima da escada e desce com cuidado, a lâmina do machado brilhando por conta do Sol. Apuh desce as escadas, os olhos olhando atentamente para o machado, Brunim olha para a bedrock no chão. "Você pode entregar esse machado para Lg? Ele me emprestou para cortar algumas árvores".

"Posso, deixa ali no baú", Apuh se agacha no chão, toca na bedrock e rir baixo, o ruivo não podia acreditar que passou dias cavando aquele buraco. Brunim olha para a lâmina e depois para o ruivo, as imagens de Apuh e S/N rindo juntos passando como filme na cabeça do loiro.

Brunim levanta o machado e abaixa com força, a lâmina crava no osso do braço, o sangue escorre da ferida grande. Apuh solta um chiado de dor e olha por cima do ombro para o loiro, o ruivo tenta se afastar, mas não consegue, o corpo estava cansado demais para se mover. Brunim levanta novamente o machado e abaixa, a lâmina cortando a pele e o músculo, partindo ao meio o braço. O loiro sente uma flecha acertar o ombro, Brunim olha por cima do ombro, os olhos se arregalam.

"Larga o machado, Brunim! Ou você será o próximo a perder o braço!", Lg grita puxando a corda do arco, os olhos arroxeados movendo-se rapidamente através do ruivo no chão e o loiro segurando o machado. O sangue escorrendo da lâmina e pingando no chão.

Brunim vira e joga o machado no chão, o loiro levanta as mãos, os olhos mostrando arrependimento e tristeza.

Lg segura a corda com força e olha para o ruivo encostando na parede deformada do buraco, Apuh ofega e fecha os olhos segurando com força o cotoco do braço. O moreno abaixa o arco encarando o ruivo, Lg suspira voltando a atenção ao loiro de cabeça baixa. “Saia da vila agora, Brunim…" Apuh ordena abrindo os olhos lentamente, a pele empalidecendo por conta do sangramento. Lg passa por Brunim e ajoelha-se no chão, ao lado de Apuh.

O loiro abaixa a cabeça indo em direção às escadas. Lg coloca o arco no chão e rasga um pedaço do moletom, o moreno pega o pedaço e enrola no cotoco. Apuh solta um gemido de dor e fecha os olhos, as lágrimas escorrendo pelo rosto vermelho.

Destino || Nait x S/N ||Onde histórias criam vida. Descubra agora