Você sou eu e eu sou você • JJK + PJM

vida longa ao rei, aquele desgraçado!

"Diga aos seus amigos que eu sou louco e te deixo doido
Que sou tão observador, perseguidor, um psicopata
Diga a eles que me odeia e que saiu comigo só para dar risada
(...)
Seu maníaco"
(Maniac - Conan Grey)

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Era uma vez, um reino não tão distante e muito próspero, onde as flores de cerejeira pintavam as ruas e as crianças empinavam suas pipas nas praças ao som do canto dos pássaros. Onde o crime era combatido com mão de ferro e mesmo todas as maldades não eram capazes de diminuir a paz que havia em cada esquina daquele lugar.

Não, não era um conto de fadas, não haviam princesas presas em castelos, dragões, cavaleiros de armadura e nem mesmo varinhas de condão que solucionavam todos os problemas.

Havia congestionamento no trânsito, shoppings centers, celebridades do cinema e da música fugindo de seus fãs histéricos e um punhado de coisas que só tornava a palavra "reino" um mero termo político.

E esse reino quase perfeito, era governado por nada mais nada menos que… um completo imbecil, acéfalo, ignorante, ridículo, fútil e outras dezenas de palavras que não podiam ser ditas em voz alta.

Pelo menos não diante de uma coletiva de imprensa, então conter todos os palavrões estava no alto de sua lista de prioridades.

— General Park, já limpamos a saída leste, o carro está à espera do seu sinal para se posicionar. — A voz que soou no ouvido do homem era apenas um chamado lhe lembrando de que ele não podia acertar o nariz perfeito e empinado do homem à sua frente, por mais que desejasse tanto.

Ele levou o pulso até a boca, apertando o pequeno botão no relógio que lhe permitia comunicar o restante de sua equipe.

— Positivo, tenente Kim! — disse o general Park, que por sinal era alvo das risadinhas e piscadelas de muitas garotas que provavelmente foram até ali sem nem ao menos saber do que se tratava aquela coletiva.

Estava quase acabando. Era isso que Park Jimin dizia a si mesmo enquanto se mantinha sério. Mais alguns minutos daquela baboseira inútil e ele poderia voltar ao palácio e se trancar em seu quarto, onde não teria mais que ouvir aquela voz irritante. Pelo menos até o dia seguinte.

— Eu posso garantir que os recursos empregados na área de pesquisa tecnológica nos darão um retorno significativo a longo prazo. Esse investimento foi muito discutido pelo gabinete administrativo e eu, com a aprovação de todos o conselho, fico feliz em afirmar que o projeto para ampliação do programa de formação de novos cientistas está em andamento, sob minha supervisão, obviamente — falou o homem, com imponência — Sobre o medo de que esse investimento afete o nosso desempenho na guerra e traga algum prejuízo referente aos conflitos, não é necessário. Nossos soldados estão muito bem armados e munidos com as melhores táticas de batalha naval, terrestre e aérea. Nossos generais e capitães são os melhores e confio plenamente em todas as decisões tomadas durante os conflitos diretos e indiretos.

E aquele com boa lábia e um sorriso sedutor, era Jeon Jungkook, ou como Jimin era obrigado a chamá-lo, sua Majestade. Jovem, bonito e poderoso. Ele até parecia um sábio administrador falando daquela forma, quase conseguia convencer Jimin se não fosse pelo fato de o Park conhecê-lo desde o jardim de infância.

Na verdade era só um playboyzinho mulherengo que negligenciava suas responsabilidades como ninguém. Mas quem confia um reino inteiro nas mãos de um cara de vinte e poucos anos está pedindo para dar uma merda muito grande.

O general Park fez um esforço tremendo para não revirar os olhos tão forte a ponto de eles virarem do avesso. 

"Obviamente...mi mi mi. Insuportável!", Jimin pensou, correndo os olhos pelo salão lotado de repórteres em busca de qualquer sinal de ameaça.