Talvez uma pista...?

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P.o.v. Alana Jackson.

— Então, tudo leva a entender que a garota mascarada na verdade fugiu pra outro país! — Disse para robôzinha rosa que estava em pé sobre a mesa ao meu lado. Eu estava pensando em como convencer o tal de Josh de que eu não sou a garota mascarada sem dizer "Eu não sou a garota mascarada". O problema é que eu não consigo criar uma teoria que seja boa o bastante pra convencer ele de que é real. Pra piorar, eu ainda não consegui pensar em nada para escrever no relatório que tenho que entregar na sexta para o professor Yoshida...

— Sinto muito, Lana... acho que ele não vai acreditar nessa versão... — Disse como se estivesse triste por mim. Suspirei amassando a folha de papel onde tinha escrito essa teoria e joguei o papel junto de outras bolinhas de papel que estavam enchendo a lixeira do laboratório da Lena. Emburrei apoiando minha cara nas minhas mãos me sentindo desanimada.

— Não tem como pesquisar algo para me ajudar? — Perguntei com um fio de esperança que estava lutando para continuar vivo.

— Eu poderia, mas como estou protegendo o projeto espião, eu não posso realizar a pesquisa nesse momento. — Bufei batendo a cabeça na mesa esperando que aquilo me trouxesse alguma ideia, e como se pode imaginar, não funcionou e me deixou com uma leve dor de cabeça.

Chega logo, Lena!!!

Quando saímos da aula hoje mais cedo, ela foi buscar o espião, desta vez sozinha; e combinamos de que eu iria vir para o laboratório para esperar ela. Ontem as coisas começaram a ficar meio estranhas, não sei se penso isso por estar um pouco estressada, porém, Hiro começou a puxar assunto ontem à noite. Nós dois jogamos de novo, e tudo o que ele fazia era perguntas do que eu penso sobre o roubo na S.F.I.T. , tanto que ele quase não estava jogando. E para piorar, novos comerciais da Dália começaram a surgir, pela qualidade deles eu acho que foram feitos às pressas. Conhecendo os meus pais, eles estão fazendo isso para desviar a atenção daquele vídeo meu que foi postado na internet e assim fazer com que as pessoas esqueçam que eu existo. Eu ficaria aliviada se isso funcionar; eu dei uma olhada na internet e mais comentários maldosos estão surgindo, e até na cafeteria da Cass, as pessoas ficaram comentando o assunto quando me viram entrar no Café, o que me incomodou muito.

Escutei a porta se abrindo e me virei para trás empolgada acreditando que fosse Lena chegando, para meu desanimo, era apenas Glória com uma jarra de suco e uma bandeja com bolinhos.

— Como anda o cérebro de...wow... não parece estar nada bem! Menina, que cara de morta é essa? — A mulher gordinha arqueou a sobrancelha e perguntou com a voz estridente de sempre. Resmunguei palavras que nem eu mesma entendi e soltei meu corpo na cadeira deixando meu rosto caído sobre a mesa.

— Alana está passando por dificuldades para pensar em uma teoria de... — olhei para Lola na hora fazendo um sinal de não com as mãos de forma que apenas ela visse. — De um assunto relacionado a algo que ela fez... — Ela disse sem saber se era isso que eu queria que ela dissesse. Esfreguei a testa vendo a mulher colocar a bandeja ao meu lado junto da jarra de suco.

— Como é? — A mulher perguntou confusa coçando a cabeça se entender nada.

— Esquece, deixa que eu me viro... — tentei parecer menos desanimada mais ela notou e puxou uma cadeira se sentando com um pouquinho de dificuldade por ser cheinha, logo após isso, ela pegou um copo enchendo com um suco vermelho, e me entregou com um sorriso simpático.

— Ora, querida, eu já estive na sua idade, não tente fingir que não há nada de errado. — ela ajeitou minhas tranças as pondo para trás. Coloquei o copo a minha frente sem vontade de beber. — Conta pra Glória aqui, quem sabe eu tenha algum conselho pra você querida. — Ela pisca colocando algumas mexas soltas do meu cabelo atrás da minha orelha. Como eu vou explicar uma coisa dessas sem revelar o que está acontecendo?

Operação big hero 7Onde histórias criam vida. Descubra agora