O furão

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Pov Autora

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Okane entrou em casa com um sorriso gigante, digno de uma criança quando ganha o que queria no Natal. Ele abraçava algo dentro do moletom, e estava praticamente vibrando. 

- Aonde você estava?

O garoto moreno se virou lentamente, com os olhos arregalados. Parecia uma criança sendo pega fazendo arte. 

- Ah...oi amor.

Luka tinha os braços cruzados e uma expressão nada amigável.

- Aonde ? 

Okane desvia os olhos, depois pigarrea e oferece uma expressão culpada. 

- Eu...estou te traindo!?

Luka arqueou uma sombrancelha.

- Tenta de novo. 

O moreno suspira e abre o casaco, onde um pequeno furão se aconchegava confortávelmente. 

- Eu roubei o furão do vizinho. 

O loiro passa a mão no rosto irritado. 

- Oscar. 

- Ele nunca vai amar esse furão como eu amo.

- Você vai devolver.

Okane arregalou os olhos e abraçou o bichinho. 

- Nãoooo. 

- Oscar.

- Por favor, olha só pra ele, o Otto me ama.

"Deus, ele já até nomeou" 

Luka suspirou, tentando ficar calmo. 

- Bebê, você não pode roubar o animal de estimação dos outros.

- Mas...

Os olhos do moreno já estavam cheios de lágrimas, enquanto abraçava o animalzinho protetoramente. 

- Não, Oscar. Você precisa devolver e pronto.

Um soluço esganiçado quase fez o Colucci amolecer. Quase. 

- Luka...

- Não! Devolva. 

Okane balançou a cabeça, enterrando o rosto do pelo do animal. 

- Otto. 

O bichinho fez um barulho adorável. Luka suspirou novamente, e arrastou o namorado pela barra do moletom, puxando-o para fora. 

- Vamos. 

Luka tocou a campainha, um garotinho de doze anos abriu a porta.

- Sim !? - Os olhos do garotinho se iluminaram ao ver o bichinho. - BERNARD. 

- É...meu namorado achou ele na porta lá de casa. - Mentiu Luka. 

O menino pulava de felicidade, estendendo as mãos para pegar seu precioso animal de estimação. Luka deu um olhar sério ao namorado, que com muito pesar, devolveu o bichinho. 

- Obrigado moço.

Okane conteve um fungar. 

- De nada. 

Quando o menino entrou em casa, abraçando o bichinho, o moreno se virou para o Colucci, um beicinho tremendo em sua direção.

- Pelo amor de Deus, você roubou o bichinho de uma criança de doze anos. 

- Mas eu amava ele. 

"Deus, dai-me paciência" 

- Vamos bebezão. 

Luka sabia que teria que aturar uma criança de dezenove anos carente, e chorosa o seguindo o tempo todo, querendo atenção. 

"As coisas que você faz por amor" pensou enquanto revirava os olhos, e abraçava o moreno. 

Quando ele terminou o colégio, e foi morar com o namorado, ninguém lhe disse, que era o mesmo que ter um filho. 

* * * 

Luka tentou a todo custo, convencer Okane a comprar um furão para o próprio. Mas ele se recusava, por que segundo ele "Nenhum vai ser como o Otto"

O Colucci queria estrangula-lo por isso. Por que ele se recusava a ter um, mas ficava todo deprimido quando via o pirralha e o bicho brincando. 

Então para o bem de sua própria saúde mental, Luka armou um plano. Ele esperou o período de um mês, para dar fim a aquele suplicio.

Mas valeu a pena.

- Luka, o que é ? - Pergunta Okane, pilha vigésima terceira vez. 

- Eu já falei, é surpresa, cãozinho.

- Mas eu quero sabeeeer.

O loiro revira os olhos, e entra no quarto, guiando o namorado. 

- Chegamos.

- Oba, oba. Posso tirar?

O Colucci fica atrás do moreno, um braço o segurando pela cintura, para que o garoto parece quieto. Ele levou as mãos atrás da cabeça de Okane, e puxou a venda. 

- Abre os olhos. 

Quando o fez, Okane soltou um suspiro surpreso.

- Ottoooo.

Ele correu e se jogou na cama, abraçando o animalzinho. 

- Yah. 

O moreno enche o pequeno animal de beijinhos, enquanto o apertava em seus braços. Mas o furão parecia não se importar. 

- Obrigado, obrigado amor. 

- Claro bebê, tudo por você.

Luka ofereceu um sorriso brilhante em direção ao namorado, que retribui. 

Agora vocês devem estar se preguntando, porque demorar um mês para comprar o furão de uma criança de doze anos? 

Luka não comprou. Ele rodou por todos os Pet shopping's da cidade, até achar um furão idêntico ao do menino da casa da frente. 

E ali estava. 

- Otto, eu senti tanta a sua falta.

"Deus...ele é tão adorável. Parece uma criança" 

Com sorte, e a lerdeza de Okane, ele demoraria a perceber, e até lá, já estaria apegado demais ao bichinho. 

* * *

A autora está obcecada por furões 😁

Otto Onde histórias criam vida. Descubra agora