Insuficiência (+13)

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                            Olha só quem apareceu...

Ela estava sensível,e aquilo me trazia um sentimento enorme de culpa,nosso amor era perfeito,mas as circunstâncias eram fatais.Durante todo aquele período em que passamos na casa sendo apenas nós dois,nossa privacidade,nosso lar,em sinceridade havia sido o gatilho perfeito para me conduzir ao então pedido de casamento.Eu sabia que mesmo que fosse segundos, minutos,horas dias ou até mesmo semanas ao lado dela,de certa forma seria incrível,mas passar tanto tempo ao seu lado...foi como avistar tudo aquilo que jamais tive.Este período me fez desejar ainda mais o matrimônio, nossa oficialização,a nossa vida.

      Mas agora as coisas estavam mais sérias,havia em jogo nosso casamento,a minha emancipação em relação a Akatsuki,e a nossa casa.Defintivamente não sabia oque estava a nos esperar,visto que;O endereço  da organização havia sofrido uma alteração,a discordância dentro da akatsuki havia aumentado e muito,sem falar da Karin que segundo Itachi estava acomodada na propriedade...mas eu também não sabia oque ela era capaz de fazer,mas sabia que jamais permitiria que ela estragasse nosso casamento.Não possuía olhos para ela,e nem se quer desejo,S/n era o meu principal objetivo,e meu sonho se tratava de uma vida tranquila e prazerosa,e lutaria até o fim para a conquista disto.Karin não era uma mulher ruim,era uma mulher de um coração muito puro,mas que infelizmente havia se apaixonado por mim,e seu amor cego estragava toda a sua composição,a colocando no mais baixo que alguém poderia chegar.
...

       Eram problemas empilhados em mais problemas...poder manifestar meus desejos em forma de arte na Akatsuki era mais que perfeito,poder colocar em prática técnicas que aprimorava por meses era como uma exposição de mérito,mas acordar com S/n ao meu lado, receber beijos de bom dia,a ver sorridente,e ainda por cima poder ter a dádiva de apreciar seu toque era incomparável.Pela primeira vez em minha vida,agora estava entre duas coisas que amava,de um a habilidade de destruir tudo,e de outro a pessoa que estava me ensinando a construir...era algo muito complexo para se pensar.

                                  ...........

       Apesar de tudo,S/n tomou o café,comeu pouco,mas comeu.Ela estava tão triste...me sentia extremamente culpado por aquilo,de certa forma ela sabia que uma hora outra teríamos que voltar e isso não era segredo algum,mas tinha a sensação de que ela por algum motivo achava que enfim viveríamos ali ,e o retorno era desnecessário.A expressão que seu rosto demonstrava partia meu coração,mas por um lado isso me fazia reunir ainda mais forças para lidar com as situações,me fazia ter coragem o suficiente para planejar a maneira pela qual desejava minha emancipação à Akatsuki.
...
Após o café,S/n subiu para nosso quarto em silêncio sem mudar sua expressão,e sem me dirigir sua fala.Eu poderia até mesmo agir de modo mais direto com ela,dizer que ficar daquele modo não mudaria nada,mas sabia que ela não estava daquele modo porque queria.Ver outras pessoas vivendo um amor verdeiro,e uma vida tranquila enquanto seu relacionamento se tratava de algo completamente reprimido e cheio de regras definitivamente não era algo de muita alegria e orgulho.

         Quando alguns minutos se passaram, sozinho na cozinha,e ainda a mesa,a olhar para os pratos onde existiam algumas torradas,e a cadeira pela qual a mesma estava minutos antes, refletia sobre nossa situação.Um suspiro pesado cortava minha garganta,e um peso sufocava meu coração.
Eu queria fazer muito em uma situação onde pouco já era de mais, queria entregar tudo,quando na verdade não tinha nada.
Não costumava ser emotivo,nem se quer alguém que fosse tão aberto a sentimentos,mas confesso que naquele momento segurei minhas lágrimas.Eu tinha o amor da minha vida,o amor da minha vida que infelizmente não poderia fazer parte da minha vida.

S/n não era minha,nunca foi e jamais poderia ser...eu havia me apaixonado por alguém na qual já estava predestinado,ela era de outra pessoa.Como daria a ela felicidade,quando tão pouco a mesma possuía liberdade.
...

IMAGINE DEIDARA ARROGÂNCIA.                        +18Onde histórias criam vida. Descubra agora