Sentadas em uma mesa, agora tudo calmo, eu e Sasly conversamos:
- Ok, agora me conte oque de fato aconteceu... não quero ser intrometida, mas adoraria te ajudar.
Ela já não me parece tão deprimida como antes, seus cabelos ruivos que outrora se encontravam desalinhados, já estavam sedosos e presos. Sua maquiagem que antes borrada, era retocada com rapidez e agilidade.
- Não precisa se preocupar, estou bem. Aliás, obrigada por me defender... aquele crápula tem que aceitar as consequências e se casar comigo agora. - Diz com certa alegria.
- Mas então... Você é S/N, não é? A Filha do Juíz da cidade? Se for estudar nesta escola, devemos ser grandes amigas! Soube que seu pai tem muito dinheiro...
- Não trato de assunto familiares assim, perdão. - Falo me sentindo constrangida.
Aquele garoto..Bakugou.. fez mesmo aquilo com você?Antes que pudéssemos chegar ao ápice da questão, várias garotas chegam abraçando e consolando Sasly, os gemidos de insatisfação e dó da amiga deram ainda mais ênfase ao momento.
Senti que o assunto não era bem vindo à aquele momento, então saio de fininho e as deixo só. Me sentindo aliviada de que ela estivesse bem.
Voltando pro campus onde ainda acontecia a festa, ví Bakugou embaixo da árvore sozinho e aparentemente mais calmo, "Não seria má idéia questioná-lo, não é?" pensei.
- Você realmente iludiu a Sasly? Sei que não a conheço, mas se fez isso.. foi muito cruel de sua parte.
(Nota da autora: Oi gente, beleza? Essa questão de iludir a personagem, é algo que é muito grave na época de 1922 mesmo. Uma menina que fosse prometida em casamento e não casar, era desastroso. Por isso todo esse drama hahshss. É só uma breve explicação pra quem não entendeu.)
Ele me olha com seus olhos vazios, e vai chegando mais perto.. e mais perto..
- Se ela te fez acreditar nisso, que seja. Você é tão burra quanto os outros. Agora, some daqui. - Ele fala quase como um sussuro e soca a árvore, fazendo com que ela crie rachaduras imediatamente.
- Se você está com a verdade, me desculpe... vou me retirar agora. - Digo baixinho.
Me coloco como uma menina sensata, e percebo que já fui longe demais em uma história que não é minha - esse é um dos grandes traços que hendei de meu pai inclusive. Vou me afastando devagar e reconhecendo que sua força é evidentemente maior que minha manipulação da água.
Ficar longe de problemas e viver o mais intensamente essa fase é oque me importa. Esse garoto claramente não vai ser da mesma turma que eu. Então não terei problemas (é oq espero).
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1922: Imagine BAKUGOU
FanfictionO Ano era 1922, a inauguração da nova escola de super heróis não traria apenas ensinamentos para os alunos.. mas também um amor envolto de um destino, no qual o final não é tão feliz assim. Embarque nos desencontros de S/N e Bakugou.