Xe

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"Sexualidade não é o que acreditamos, não é o que nos disseram

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"Sexualidade não é o que acreditamos, não é o que nos disseram. Não há uma, mas muitas sexualidades" - Albert Rams (psicólogo).

Tailândia,Bangkok

Pete Saengtham

Era manhã nublada e com uma brisa gélida percorrendo meu corpo, ainda sonolento, caminhei até as persianas para fechá-las e com os olhos parcialmente fechados, segui até o banheiro, como habitualmente.

Ao tropeçar no vaso sanitário, praguejei algo mentalmente.

Ao lembrar do desastre da noite anterior, enviei uma mensagem para o meu melhor amigo, pedindo, ou melhor, implorando que ele fosse até meu apartamento para me ajudar, omitindo o fato de ter fugido de outra foda.

- Pete, você está aí?

Ao ouvir a voz do alfa que deixei na mão ontem, empalideci um pouco mais, em dúvida de abrir a porta, ou não, mas como eu explicaria o motivo de sair correndo do seu quarto? Em hipótese alguma queria que ele me visse novamente.

- Anjo?! - Ele insistiu, batendo na porta.

- Estou com dor de barriga, vou demorar aqui. - Inventei a primeira desculpa que veio à mente, tentando aumentar a voz ao máximo que consegui. - Depois nos vemos.

- Fala sério! - O tom do moreno era divertido. - Quer que eu compre algo na farmácia pra você?

- 'Tô' bem. - Bem mal, pensei. - Pode ir embora.

- Nossa, não precisa expulsar. - Seu tom era falsamente magoado, me fazendo rir sem querer. - Qualquer coisa, só ligar que eu volto correndo, literalmente.

Assim que ouvi a porta do quarto bater, sem nada melhor em mente, fui pra debaixo do chuveiro e só saí de lá, quando ouvi a voz da meu amigo no cômodo seguinte:

- Vim assim que li sua mensagem, Pete, qual o problema? - Porsche indagou, batendo na porta do banheiro. - Jackson, que acabou de sair, disse que você está com dor de barriga. - Continuava a bater na porta. - Pete?

- Promete não rir quando eu sair daqui?

- Sua voz está esquisita, ou é impressão minha? - Ele não parava de rir.

Uma pergunta para responder uma pergunta, bem estilo Porsche de ser.

Porsche Pachara era um ômega de 18 anos, estúpido, mas também era meu único amigo, eu tinha que aturar.

Ainda constrangido comigo mesmo e a recente má sorte, me enrolei com um roupão e depois de demorados dois minutos, saí do banheiro.

- Aconteceu de novo... - Fui falando, enquanto me aproximava dele. - Novamente eu não consegui chegar naquela parte e eu sinto que meu primeiro cio está chegando. - Arqueei as sobrancelhas para ele e revirei os olhos ao ver o idiota rindo, rindo de mim.

𝗹𝗲𝘀𝘀𝗼𝗻𝘀 || 𝘃𝗲𝗴𝗮𝘀𝗽𝗲𝘁𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora