𝑾𝒉𝒆𝒓𝒆'𝒔 𝒎𝒚 𝒍𝒐𝒗𝒆 || 𝑱𝒂𝒚 𝑯𝒂𝒍𝒔𝒕𝒆𝒂𝒅

#14

Jay

Depois da minha discussão com a Jessy ficou claro pra mim que não adiantava insistir em algo que não teria mais futuro, eu tenho certeza dos meus sentimentos por ela e tenho certeza de tudo o que eu quero, mas se ela não parece disposta a lutar por isso, então quer dizer que eu sou o trouxa apaixonado da história que não é correspondido na mesma intensidade.

Sai do apartamento dela determinado a esquecê-la ou fazer de tudo pra tentar isso, sei que não será fácil mas talvez essa criança que a Erin carrega possa me dar um novo sentido pra vida.

Entro no Molly's depois de ter enviado uma mensagem a Will perguntando onde ele estava, assim que sento ao seu lado no balcão ele já me olha parecendo saber o que aconteceu, sério as vezes parece que ele consegue enxergar até a minha alma.

_E que mal humor é esse hein?

_Não enche Will.

_Tô vendo que a conversa com ela não foi assim tão boa.

_Não houve conversa, só discussão.

_Você precisa...

_Nem vem com essa merda de que eu preciso fazer isso ou aquilo, eu tentei, ela não quer, o que eu posso fazer?‐ ele me olha como se eu fosse um idiota, odeio isso- Cansei de correr atrás dela, cansei de ser sempre a pessoa a ceder, cansei dos seus conselhos, e por favor pare de me olhar assim antes que eu te bata.

_Se você quer que as coisas sejam assim então tudo bem, só não vem chorar pra mim depois.

_Vai se ferrar

_É...- ele se levanta e deixa uma nota em cima do balcão- Talvez você não a mereça mesmo.

Fico o encarando até ele sair pela porta e ir embora, imbecil...

_Ei Ottis me vê uma dose de whisky por favor.

Ele me olha estranho e resmunga algo em russo mas logo aparece com minha bebida, viro de uma vez e já peço uma segunda dose e uma cerveja também.

_Jay eu gosto muito de você cara, mas se for fazer confusão aqui de novo ao invés de chamar seu irmão eu vou ligar pro seu chefe dessa vez.

_Não se preocupe Ottis, aquilo não vai acontecer novamente.

_Tô confiando em você hein.

Ele coloca mais uma dose e põe a cerveja já aberta em minha frente, mais uma vez viro a dose de whisky de uma vez e começo a bebericar minha cerveja, observo o lugar que está movimentado essa noite, cheio de pessoas conhecidas da área e alguns turistas, algumas garotas me olham e sorriam, mas a única coisa que eu consigo pensar é que não é o sorriso que eu queria.

_Uma dose de gin por favor. - o cara que acaba de sentar ao meu lado pede.

Sabe o tipo de cara engomadinho? Ele usa um terno que deve custar mais do que eu ganho em um mês, abotoaduras, um rolex no pulso, o cara claramente não se encaixa nesse lugar.

_Noite difícil?- ele pergunta apontando pros copos vazios a minha frente.

_Você nem imagina.

_Mulheres?

_Não, na verdade uma mulher em específico.

_Sempre tem uma que marca a gente, não é?

_Meu pai costumava dizer que quando uma mulher te marca essa é a mulher da sua vida.

_Ele parece ser uma pessoa sábia.

_Nem todo sábio é inteligente.

_Vou me lembrar disso, sou Ford, Bradley Ford- ele me estende a mão e o cumprimento.