Capítulo 3 O alquimista da fênix

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O corpo caído era velho, grisalho de cabelos ralos e baixos. um bigode escovinha e um pijama de seda branco riquissímo de detalhes, um homem baixo e com uma expressão apavorante de medo em seu rosto revelava ter o pobre coitado morrido em grande agonia, ou pelo menos bastante assustado com seja lá o que tivesse acontecido

-Sabe mesmo quem ele é não é?

-Sei, Xenócrates Peverell um famoso alquimista, fazia um estudo secreto envolvendo animais mágicos lendário-disse Erick

-Deve saber também do que a pesquisa se tratava-disse uma voz vindo de trás deles, era Coope Willanson um outro auror que acompanhava a situação

-Sim, ele pesquisava a imortalidade a base de fênix. Ele queria saber como a fênix fazia para se queimar quando estava a beira da morte para retornar como um filhote logo em seguida. Depois queria isolar esse componente mágico e transferir para seres humanos, para que nós pudessemos fazer a mesma coisa e assim nos tornarmos imortais-disse Erick

-Por Merlin isso é uma violação das leis naturais-disse Eudoros

-Violar leis é o que Voldemort faz de melhor, desde os tempos dele

Erick observava o corpo sem ligar para o incomodo que trouxera para todos com o nome que acabara de dizer. Parecia buscar algum sinal ou pista da pesquisa deixada pelo auquimista, mas ainda parecia em dúvida se encontraria tal coisa. Nesse ponto Eudoros andava com as mãos no bolso desconsolado por todo o que tinha a sua frente a destruição era imensa e os mortos jogados pelo chão realmente era de assustar qualquer um dos presentes. A desolação no rosto do ministro era prova que capturar os comensais o mais rápido possível era questão de sobrevivência básica

-Acha que ele roubou alguma coisa?-perguntou o ministro tenso

-Difícil dizer, muita destruição, só podemos perceber que ele recuperou os poderes que tinha gasto ano passado, passou pelo escudo com imensa facilidade, como se estivesse rasgando um papel

-SENHOR, POR AQUI RÁPIDO, ACHAMOS UMA TESTEMUNHA COM VIDA-gritou um dos aurores que estavam a volta da situação

Todos rapidamente se voltaram para o local onde o homem gritava e foram correndo para encontrar a suposta testemunha que podia ser primordial para se descobrir o motivo de tamanha violência contra inocentes. O homem era baixo e gordo, seus poquíssimos cabelos pretos bem escuros estavam queimados, assim como seu rosto estava ainda mais branco tamanha a palidez que tinha, ainda possuia manchas pretas nas bochechas mostrando que tinha se queimado ou se ferido fortemente em uma situação de combate. Ele tinha um olhar perdido e vidrado falando coisas sem sentido e não importa o quanto falassem, não virava para olhar para ninguém e isso mostrava o tamanho do trauma que tinha passado

-Senhor, somos do ministério da magia e estamos aqui para ajudar no que for possível, soubemos que é uma testemunha do fato ocorrido nessa vila. Pode nos dizer o que sabe?-o ministro pergunta tentando esconder que também tinha medo

O homem no entando nada disse, continuava paralisado olhando para o nada com uma expressão de horror nos olhos como se tivesse visto o pior dos fantasmas. Os aurores o sacodiam, estalavam os dedos diante de seus olhos para tirar uma reação qualquer, mas nada parecia fazer efeito. É quando ele vê Erick se aproximando que algo muda e ele começa a balbuciar coisas que não eram entendidas, até que sua voz finalmente saiu com tal esforço que ele parecia estar vomitando arames farpados e cacos de vidro.

-Era tarde da noite, estava claro pelo forte brilho da lua, eu acordei para tomar um copo de água na cozinha-disse ele pausadamente-Então eu vi um grupo de homens  chegando na nossa vila

-Comensais da morte?-interrompeu o auror

-Sim-disse o homem quase em sussurros

-O senhor viu o rosto de algum deles?

O Retorno de Voldemort: Em busca dos cálices da eternidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora