Capítulo 2

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— Eu estou te dizendo, Robin! Ele ficou muito sem graça com a brincadeira e eu não soube o que fazer... Eu estou errado por fugir de uma situação que poderia gerar ainda mais constrangimento? — Meu medo de comentar algo sem sentido naquela mesa ou até mesmo me declarar foi o que me fez correr daquela pizzaria e pensar em não ir para o colégio, por pelo menos o resto da minha existência.

— Deixa de ser frouxo, Steve! Não foi você que aconselhou para que Vickie e eu ficássemos juntas? Como pode dar um conselho desses e fazer ao contrário quando se trata de você? — A Robin sabia muito bem como me desarmar até por telefone e deveria saber melhor do que eu, que não era uma situação fácil e tinham mais pessoas na mesa. O momento era delicado e perguntei o que deveria fazer agora, após esse ocorrido — Você vai agir normalmente, oras! Agora que vocês conversaram, pode acontecer outros eventos que possam despertar ainda mais o interesse dele por você. Quem sabe assim a relação de vocês melhora, né?

Relação. De onde minha amiga tira essas coisas? Eu não tinha relação nenhuma com o Edward! A única coisa que prendia a nós dois eram os garotos. Deixei isso claro para minha amiga e sua resposta foi deixar as coisas fluírem, pois, o destino se encarregará de fazer a sua parte.

O tempo foi passando relativamente rápido. O último ano do colégio estava sendo difícil e trabalhar ao mesmo tempo, me desgastava por completo.

Quando dei por mim, já era outubro e a escola anunciava o baile de formatura. Com quem eu iria ao baile? A primeira pessoa que me veio à mente foi a Robin, mas no segundo seguinte, percebi que era ridículo pensar nela, já que tanto minha amiga quanto sua namorada também se formariam. Ou seja, elas iriam juntas, como um casal.

A Nancy não viria, pois estava se preparando para entrar na faculdade de jornalismo. Na cidade eu não era nada popular, por isso, certamente ficaria sem um par.

Com tantas provas e trabalhos para entregar, a Robin está de férias na locadora e os garotos também com a cara nos livros estudando, foi impossível perceber os dias passarem.

Havia chegado o dia do baile e eu nem iria, se não fosse por duas informações preciosas. A primeira era de que Edward Munson conseguiu se formar como prometeu a todos naquele refeitório e a outra novidade que minha adorada melhor amiga trouxe, foi de que ele iria ao baile a pedido do Dustin, mas que também não tinha par.

Como alguém como ele não tinha par para o baile? A resposta amarga veio de Robin, alegando que além de mais velho, era metaleiro e por si só, essa classificação já o enquadrava como um vagabundo, como insistiam dizer os mais velhos. Outro ponto é que as pessoas do colégio, que sequer sabiam o que RPG significa, espalhavam que a Hellfire era na verdade uma seita satânica.

Eu sabia que isso não era verdade, mas era difícil colocar isso na cabeça das pessoas, principalmente quando havia programas sensacionalistas na TV que davam margem a essas fofocas. A cidade daria ouvidos a mim ou a noticiário de tv? A resposta era clara demais para o meu gosto.

Cheguei no baile vestindo um terno marrom e sapatos sociais. Minha mãe decidiu que meus cabelos penteados para trás com Brilhantina* eram mais bonitos que o tradicional mullet. Esperava que ela estivesse certa dessa vez.

Eu havia passado primeiro na casa do Dustin porque ele tinha insistindo bastante para passar por uma inspeção sua, o que segundo ele, era para saber se eu estava vestido adequadamente e não iria fingir ir ao baile, o que certamente eu faria se meu coração não insistisse em ver como o Edward estaria naquele baile.

Dustin gostou muito de como me vesti para a ocasião e me pediu que não deixasse o seu amigo Eddie sozinho, pois sabia o quão deslocado ele estaria em um local onde ninguém simpatizava consigo.

The Final Countdown (Steddie)Onde histórias criam vida. Descubra agora