Seu Crime Foi Me Amar - Romance Gay

Capítulo Três: O Portador Do Poder

Luan

A noite tava linda, eu, do alto do camarote acompanhava o baíle curtindo umas cervejas. A Raíssa tava do meu lado, vestindo um short que mais parecia uma calcinha de tão curto e uma blusa que ela chama de cropped vermelha.

Tavinho e alguns outros parças estavam curtindo lá comigo. A música estrondando no maior volume enquanto a comunidade dançava até se acabar lá em baixo. Por um instante esqueci que ainda tinha problemas pra resolver, queria era aproveitar minha vida enquanto tenho uma. Só se vive uma vez.

Eu já tava bebendo havia um tempo e o alcôol ainda não tinha subido pra minha cabeça. Acendi um cigarro de maconha e fiquei fumando junto com o Tavinho ali mesmo. Raíssa reclamou comigo mas eu não dei atenção, só queria ficar loucão a ponto de ir pra cama com qualquer pessoa alí.

Observei bem aquele pessoal todo aproveitando o baíle, e vi quando o Bebeto chegou com um pivete, passando pela multidão inteira até chegar na parte de baixo do camarote. Eu reconheci o moleque na hora, e logo me bateu uma sensação de felicidade e satisfação por não precisar voltar até a lanchonete pra falar com ele. O garoto dançava sozinho enquanto Bebeto azarava uma mina. Então ele olhou para onde eu estava, sorri pra ele e ele não entendeu nada, apenas se virou pra continuar acompanhando a festa.

- Raíssa... - dei um toque nela, gritando pra ela ouvir. O som tava muito alto.

- Que foi, porra ? - ela perguntou gritando.

- Ele tá aqui! O moleque da lanchonete tá aqui. Veio com o Bebeto. - mostrei pra ela onde ele estava. Raíssa olhou pra mim como se quisesse rir.

Ela se afastou de mim e foi onde o André tava. Ela falou alguma coisa no ouvido dele e apontou pro moleque. André deu um toque no Dudu, foi até lá falar com o Bebeto e o moleque. Dudu apontou pra parte de cima - onde eu estava - e os dois concordaram. Eles subiram junto com o Dudu, e eu fiquei nervoso, mase contive.

- Bebeto. - cumprimentei ele, apertando sua mão e dando um abraço.

- Fala aí, Marco. - ele disse. - Esse aqui é o meu amigo, Lino.

- E aí, tudo tranquilo ? - perguntei, tentando puxar assunto com ele.

- Melhor impossível. - ele respondeu e sorriu. Olhei pra boca dele e disfarcei.

Cheguei perto do ouvido dele e falei.

- Aproveita, a noite é uma criança.

- Eu vim exatamente pra isso. - ele falou, dando um sorriso de canto.

- Pega a bebida que quiser, hoje é por minha conta.

- Você paga bebida pra qualquer estranho que conhece ? - ele sorriu de novo, e pegou minha bebida. Tomou um gole e me devolveu. - Gostei disso. O que é ?

- Beijinho. Uma bebida nova aí. - respondi. - Quer uma ?

- Pode ser.

- Aí, Dudu. Pega mais uma dessa lá pra mim.

Continuei perto do garoto acompanhando o baíle. Ele dançava o tempo todo mexendo seu corpo pro lado e pro outro. E eu só conseguia imaginar ele deitado na minha cama, nós dois fudendo pra valer enquanto tocava uma música romântica qualquer. O Lino não era como os outros que conheci, que davam um show de dança, ele era maus tímido nisso. Dançava se segurando um pouco pra não exagerar e mesmo assim era legal de se ver.

Raíssa bateu no meu braço e ficou mandando eu avançar e dar logo um beijo no moleque. Eu fiz que não, e nisso o Dudu voltou com a bebida e eu entreguei pra ele.

- Valeu. - ele tirou o celular do bolso e tirou uma foto dele com a bebida e postou no instagram.

- Você adora esses bagulho de influenciador, né ? - perguntei, por ele ter postado e marcado algumas pessoas.