Enquanto explorava o ártico, o alfa, Kim Seokjin, deparou-se com uma das civilizações de costumes mais curiosos do mundo. E durante uma noite, pôde desfrutar de toda a hospitalidade daquele povo.
[Jinkook]▪[Three shot]▪[Semi-pwp] ▪ [Menção Minjoon]
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Estou tentando terminar essa fic depois de mais de um ano sem escrever nada, então tenham paciência comigo. Não foi betado, mas eu escrevi com muito carinho.
[...]
Seokjin tinha um sorriso no rosto quando se afastou do iceberg. Estava voltando para a Coréia e mais importante que isso: Jungkook estava indo junto.
Seokjin estava na cabine do barco enquanto Jungkook estava no convés dando um último adeus a sua antiga casa. O mapa em que havia planejado a viagem estava pregado na parede. Precisariam de carvão e comida, apesar do estoque generoso com que foram presenteados, além de roupas para Jungkook. O ômega era glorioso em todas aquelas peles, mas não era nada prático. Logo ficaria quente e Jungkook acabaria desmaiando de calor dentro daquelas roupas.
Jungkook voltou para a cabine e Seokjin viu as marcas das lágrimas em seu rosto. Seokjin travou o timão e foi até Jungkook.
— Você está bem?
— Estou. — Jungkook suspirou alto. — É que eu vivi aqui por tantos anos... eles são a minha família. E agora estou indo embora e provavelmente nunca mais verei nenhum deles.
— Eu sinto muito. — Seokjin abraçou Jungkook e beijou a testa do ômega. — Eu sei que não vai ser a mesma coisa, mas você vai ganhar uma nova família. Vou te apresentar para todos os meus amigos, meus pais vão ficar doidos quando te conhecerem.
— Por que? — Jungkook o olhou curioso.
— Porque você é o primeiro ômega que eu vou apresentar a eles. Eles já estavam convencidos de que eu ia morrer sozinho. — Jungkook deu uma risadinha.
— Então eu te salvei de ficar para titio? — Seokjin sorriu de lado. — Acho que devo ser um ômega muito especial então.
— Oh, você é especial sim. — Seokjin murmurou antes de tomar os lábios do ômega.
[...]
Duas semanas depois...
Jungkook acordou sozinho na pequena cama, segundo as contas de Seokjin eles estavam a dois dias de sua primeira parada. Jungkook saiu do pequeno quarto abaixo do convés. O vento frio se infiltrou sob a blusa que usava, que por sinal tinha sido roubada de Seokjin, era uma mania nova. O desejo de se cercar do cheiro alfa. Jungkook encontrou o alfa na cabine. Ele escrevia alguma coisa no diário de bordo. Jungkook tinha descoberto naquelas poucas semanas que gostava muito daquilo. O rosto concentrado do alfa enquanto escrevia era ainda mais bonito. O punho encostado no queixo, as sobrancelhas subindo e descendo conforme o papel era marcado com a tinta. Jungkook mal havia feito barulho quando entrou na cabine, e estava aproveitando disso para admirar o alfa. Ele perdeu a noção de quanto tempo passou ali, estava completamente distraído com a beleza alfa.
— Está gostando do que vê? — Seokjin falou, Jungkook deu um pequeno pulo, havia sido pego no flagra.
— É uma visão muito boa. — Jungkook respondeu, sem se recuperar totalmente. — Ficaria melhor sem a camisa. — Jungkook disse brincalhão.
— Às suas ordens. — Seokjin respondeu, tirando a camisa. Jungkook riu baixinho. — Vem aqui, vem. — O alfa disse enquanto batia nas próprias pernas em um convite.
Jungkook andou até lá e se sentou no colo do alfa, de frente para ele. Seokjin olhou o ômega de cima a baixo. Jimin sempre dizia que quando Namjoon vestia suas roupas algo acontecia com seu lobo. Agora ele entendia. Jungkook era simplesmente tentador vestido daquela forma, as mangas cobrindo as mãos, o colarinho aberto mostrando o pescoço, as pernas leitosas completamente nuas. Seokjin levou as mãos até o atual foco de sua atenção. Os músculos rígidos sob as pernas, os pelos se arrepiando devagar. Ele adorava tudo em Jungkook, mas sua forma física era algo incomum entre os ômegas e Seokjin amava aquilo. A maioria dos ômegas eram muito magros, afinal, era o que pregava a moda. Mas não Jungkook, ele era musculoso e esguio.
Jungkook se debruçou sobre o alfa colando suas testas. Ele fechou os olhos e Seokjin o acompanhou. Seokjin sorriu, eles tinham formado aquela conexão boa. Ele se sentia inegavelmente apaixonado. Ele tinha pego Jungkook o observando, mas o ômega não tinha visto todas as vezes que estava sendo observado. Seokjin também havia criado algumas manias, começando por acordar antes de Jungkook para vê-lo dormir ou mais precisamente ouvir o coração dele bater. Toda e qualquer prova de que o ômega estava vivo e bem lhe trazia um tipo estranho de felicidade.
[...]
Já era noite, Seokjin e Jungkook, por sugestão do ômega, estavam deitados no convés do barco. Jungkook tinha dito que Seokjin era insensível com as estrelas, apenas as usava e nunca parava para ver sua beleza.
O ômega estava perdido nas estrelas, o céu escuro contra os pontos de luz que pareciam infinitos. Ele enxergava as constelações, sentindo o impacto de seu mundo e de Seokjin. O alfa lhe dizia os nomes de todas aquelas formas no céu, os inuítes tinham nomes diferentes para elas. Por um minuto se perguntou como seria sua vida quando chegassem, por quanto tempo as coisas que já conhecia ganhariam novos nomes.
Jungkook não conseguiu evitar se sentir um tanto apreensivo, ele estava dando um salto de fé. Não sabia como seria recebido pelo círculo de amigos de Seokjin. O medo de não ser aceito cruzava sua mente todo o tempo. Ele sabia que o alfa faria tudo ao seu alcance para lhe fazer feliz, mas tinha medo de não conseguir fazer o mesmo, tinha medo de o isolar e não queria isso.
Em seu pouco tempo de convivência descobriu que Seokjin era uma alma livre. Ele lhe contou sobre todos os países que conhecia, ele também lhe disse que conhecia quase todos acessíveis pelo mar. Ele tinha medo de que seu relacionamento retirasse a autonomia do alfa de alguma forma, já que seu vínculo tornaria difícil deixá-lo em casa e continuar suas expedições. Eles ainda não tinham entrado nesse tópico, mas parecia óbvio que ficaria em casa enquanto Seokjin viajava, era assim com seus pais, a viagem que os matou era uma exceção.
Seokjin desviou sua atenção do céu para Jungkook, o ômega parecia a quilômetros de distância, e o sorriso que tanto amava não repuxava os lábios do ômega.
— Qual o problema? — Seokjin perguntou sem obter qualquer resposta. — Jungkook? — O ômega tomou um pequeno susto.
— Você disse algo? — o rapaz ainda não sorria, mas ao menos tinha voltado à realidade.
— Eu perguntei se tem algum problema, você ficou distante.
— Não é nada. — o ômega respondeu com um meio sorriso, que ainda não era o suficiente para satisfazer o alfa.
— Tudo bem se não quiser me dizer, mas quando estiver pronto você vai ter toda a minha atenção. — Jungkook finalmente deu o sorriso que o alfa amava, até porque adorava aquilo, o carinho do alfa, sua preocupação, a paciência, e Jungkook sabia que demandava bastante paciência.
— Eu sei. — O ômega se aproximou do rosto do outro, Seokjin fechou os olhos à espera do beijo que não veio, ao invés disso recebeu suaves beijos em suas pálpebras e têmporas.
[...]
Bom foi isso. O próximo capitulo está quase finalizado, mas ainda vai demandar um pouco de tempo
