Por SARAH BLOSSOM
- Hoje é dia 16 de novembro de 2010, as 08:25 da manhã e este é o fim do caso de Hayley Blossom Sanchez, única suspeita Sarah Blossom Sanchez, 21 anos e culpada desse homicídio. - Diz Bryce enquanto segura minha mão
Bom, quem acabou de dizer isso foi Bryce Michael, um investigador da policia - e meu namorado gostoso - E eu sou a tal da Sarah Blossom e estou sendo presa.
Pra ser mais exata hoje é dia 16 de novembro e a uma semana atrás fui acusada de matar minha própria irmã.
Assustador, né?
Pra entender melhor vamos voltar para 9 de novembro para o pior - ou melhor - dia da minha vida!09 • 11 • 2010
03:42 AM- A CULPA É MINHA? VOCÊ QUE NÃO DEVERIA TER FEITO ISSO!! - grito batendo a porta do carro
- SARAH A VIDA É MINHA CARALHO! - ela grita de volta fazendo o mesmo movimento que eu
- VOCÊ TEM 17 ANOS, 17 OKAY? FICAR BÊBADA EM FESTAS DO OUTRO LADO DA CIDADE NÃO É APROPRIADO PARA UMA MENOR EM NOVA IORQUE! - agora eu grito novamente entrando em casa
- E VOCÊ NÃO DEVERIA VIM ATRÁS DE MIM COMO MINHA MÃE! - ela entra logo atrás de mim mas caminha em direção às escadas.
- Não sei em que mundo você vive, mas sua mãe faleceu! - grito a última parte e ela simplesmente para.
Caralho, Sarah.
Não falamos nada, ela me olha e consigo ver a decepção por trás dos teus olhos, balança a cabeça para um lado e pro outro e morde o lábio inferior.
Acho que isso não é algo que se diz para uma adolescente que perdeu a mãe a 4 meses.- Olha Hay, me perdoe eu.. - ela me interrompe.
- Vai se fuder - ela sobe as escadas sem deixar espaço para minhas palavras. Me viro de costas olhando para cozinha e suspiro pesado passando a mão pelos meus fios de cabelo.
- Amanhã ela nem vai lembrar disso - sussurro para mim mesma tentando me convencer que não sou uma irmã de merda. Me aproximo do balcão e vejo a pilha de lixo ao lado da bancada - Ótimo pai, obrigada por sumir por três dias.
Olho no relógio da parede 03:45, Hayley não está colaborando com meu horário de sono há dias.
Pego as sacolas e vou para calçada deixando tudo lá junto com as coisas da mãe de Hailey que o nosso pai resolveu que era hora de jogar fora.- Boa sorte Garis, tem lixo demais aqui - quando me viro para casa escuto um barulho na garagem - Esqueci de fechar essa bosta. A Hay vai me deixar louca.
Coloco as mãos no bolso procurando o controle para fechar a garagem e ando devagar até lá para espantar mais um gato que deve ter entrado. Mas antes, paro um pouco e observo a Lua
- Como consegue em? tão sozinha mas brilhando tanto - sussurro para a Lua que não diz nada, só permanece intacta.
- SOCORRO - alguém grita
- POR FAVOR ME AJUDE - é uma mulher
- SARAH, POR FAVOR, FOGO! - eu conheço essa voz
- SARAH CARALHO LIGA PROS BOMBEIROS -Essa
Mulher
É
Minha
IrmãCorro pra dentro de casa, fumaça e mais fumaça, fogo ardendo minha pele, não enxergo nada mas sinto a temperatura contra meu corpo. Os gritos diminuem, Não escuto mais nada.
Não sei onde ela está.- Sarah - A voz parece estar longe demais, algum sussurro talvez, não reconheço se é dela ou não. - Estou aqui fora..
Corro para fora de casa esbarrando em todas as coisad largadas pelo chão da casa. Não encontro ela, grito, grito sem parar mas nada, parece que tudo acabou, uma sensação corre no meu corpo.
Talvez tenha acabado.Não acho Hayley, a casa essa hora nem existir existe, e é óbvio que ela não está aqui, ela sabe que eu iria ficar lá até encontrá-la. Hayley está lá dentro, Hayley me mandou sair para morrer sozinha.
Ela deve estar morta
Minha irmã provavelmente está morta.09 • 11 • 2010
04:02Em minutos o Brooklyn todo está aqui. Policiais, bombeiros apagando o incêndio, pessoas curiosas filmando e tentando falar com a policia.
Estou dentro da ambulância.Eles estão procurando Hayley
Hayley saiu
corrigindo, o corpo dela saiu
Hayley esta morta.E eu não sinto nada, eu não sinto meu coração disparar, eu não choro, eu apenas estou com a respiração fraca o que piora quando começo a rir, e eu não sei o motivo acho que o "rir pra não chorar" está acontecendo.
Um policial está me olhando, olho de volta parando de rir, ele é um pouco mais alto que eu, está de óculos escuros - mesmo de noite - policiais são estranhos.
Paramédicos me examinaram e fizeram alguns curativos aqui mesmo, estou com aquelas coisas respiratórias para conseguir ficar sentada sem desmaiar.
- Senhorita Blossom? - Uma policial vem até mim
- Eu - Ela é ruiva, gosto de ruivas
- Preciso que venha comigo para delegacia - ela anota algo em seu caderninho.
- Porque? Eu quero ver ela. Não vou a nenhum lugar sem ver se ela realmente não está com vida. - olho pra ela e me levanto sentindo que minha pressão não está das melhores.
- É um procedimento padrão, sinto muito mas tem que vir comigo. - ela toca em meu ombro e percebo que não tenho opção. Lá vou eu, até a delegacia.
09 • 11 • 2010
04:36- Os bombeiros não encontraram nada que pudesse ligar o incêndio ao fogão ou vazamento de gás, havia algo que poderia ter causado o incêndio?
- Não, as coisas estavam fora da tomada para não gastarmos energia, não havia nada cozinhando e estávamos sem gás a uma semana - sou honesta - Meu pai não dava dinheiro a minha irmã, por isso vim a cidade, para cuidar dela.
- Vocês são irmãs da mesma família?
- Mães diferentes, meu pai nunca esteve em um relacionamento sério - ele é um escroto.
- Você teve algum desentendimento com a senhorita Blossom?
- Sim, na verdade estávamos brigadas, fui buscá-la em uma balada, ela estava alterada - sussurro, a última coisa que disse pra minha irmã foi que ela não tem a mãe aqui, eu quero vomitar.
Sou uma pessoa ruim.
- Humm, você pode me dizer o porque alguém poderia ter iniciado esse incêndio? - ela está anotando algo além desta gravação.
- Na verdade não, convivi com Hay quando ela era pequena, e até hoje mesmo morando no Canadá por alguns anos sempre soube que ela era muito amada - Ela me olha, está desconfiada
- Temos digitais suas, e de acordo com tudo o incêndio pode ter começado pela garagem, ainda não sabemos. Onde você estava quando a casa pegou fogo?
- Tinha levado o lixo, estava perto da garagem - falo e logo percebo, puta que pariu .
- Você está presa. - ela diz fechando o caderninho - Você está presa pelo homicídio de Hayley Blossom.
- Calma, oque? - me levanto da cadeira.

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Um crime em novembro - Bryce Hall
Mystery / ThrillerAdam Smith um adolescente de 17 anos que morava em um bairro vizinho ao Brooklyn resolve se vingar de um alucinado por carros Davon Blossom de 34 anos por ter passado uma noite com sua irmã de 16, foi até sua casa e viu sua garagem aberta, galões de...