Part Two

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Por SARAH BLOSSOM

Como assim? Eunão fiz nada!! - me levanto da cadeira

— Olha, há digitais em tudo, não há câmeras, você tem um motivo óbvio, sem testemunhas. Você acaba de se mudar e sua irmã morre misteriosamente, você acha que não tem motivos? - Ela me olha

— Okay, parece isso tudo mas não é eu juro! É tudo uma coincidência!

— Olha, vou te encaminhar para dois investigadores, você tem a chance de falar a verdade, ou pela manhã será presa. - ela sai da sala e me sento na cadeira.

Minha irmã caçula morreu, puta que pariu, não sei oque sinto agora mas a vontade de rir me invade novamente e então a faço, mas dessa vez em meio de lágrimas .

Os dois investigadores entram na sala de interrogatório, um era oque eu tinha visto mais cedo, dessa vez reparo mais em seus detalhes, alto, moreno, olhos castanhos, um bigode estranho mas que nele fica totalmente sexy, o outro é mais baixo, cabelo castanho e magro, nunca diria que esse cara é investigador, mas ele é gatinho.

— Boa noite - o mais baixo fala - Detetive Hossler e esse é o Detetive Michael, estaremos tomando conta do caso aqui na 99.

— Boa noite, tudo que eu tinha pra falar eu já falei, sem novidades - sou honesta novamente, esses policiais são um saco.

— Tudo bem, conseguimos uma semana para te tornar inocente - o tal do Michael se senta na cadeira

— Como? - ergo o olhar

— O Michael sente que você está sendo honesta, se não estiver ele me deve 100 pratas - Hossler sorri

— Você apostou 100 pratas em mim? nem eu apostaria e olha que sei que não cometi esse crime - rio

Ou cometi, não sei estou ficando louca

— Precisamos fazer algumas perguntas - Hossler começa a gravar nossa conversa. — Detetive Hossler e Michael, gravação iniciada as 04:57 da madrugada do dia 09 de novembro de 2010.

— Primeira pergunta - Diz Michael - Você é loira natural?

O olho confusa e por mais estranho que seja ele está bem sério.

— Oque isso muda na investigação? - pergunto.

— Nada, mas eu gosto de louras - ele continua sério.

— Não esquenta, o Michael te achou gata, mas ai eu lembro que você pode ser uma criminosa - ele pisca pra mim

— Eu não matei minha irmã - repito pela milésima vez só nessa madrugada.

— Porque estava rindo enquanto o corpo saia de dentro da sua casa? - Michael se aproxima - conte-me, Blossom. - ele sorri e eu sorrio de volta.

— Porque eu provavelmente sou uma adulta que não sabe lidar com as emoções devido a traumas e meu sistema nervoso deve estar cheio de falhas, Michael - pisco pra ele que ri fraquinho.

— Gostei da sua confiança loirinha - ele anota algo no caderninho

— Podem parar de flertar? eu estou aqui e isso é um caso de homicídio. - Hossler fala me fazendo olhar pra ele

— Eu nesse momento estou com adrenalina no meu corpo então não estou sentindo nada como luto ou o que quer que eu deveria estar sentindo - dou de ombros

— É normal, se você dormir vai acordar totalmente em choque - Hossler fala e Michael permanece me encarando

— Perdeu o cu na minha cara? - pergunto diretamente

Um crime em novembro - Bryce HallOnde histórias criam vida. Descubra agora