Feliz aniversário (1/2)

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   Vestido justo no corpo e uma cadeira no meio do quarto.

Vitor queria fazer uma surpresa de aniversário para o namorado e não pensou em presente melhor do que um lapdance bem provocante. O que ele não esperava, no entanto, era que o dito cujo aparecesse em sua porta trajando o vestido curto que tinha ganho no último natal — mas que sempre teve receio de usar.

Apesar de o aniversário ser seu, David achou que não faria mal tentar impressionar o namorado. Acordou cedo, tomou um banho longo, entrou no vestido apertado, que quase deixava seus peitos escapulirem pelo decote, e foi à casa dele.

Não demorou muito para que visse o sorriso orgulhoso de Vitor se metamorfosear em um safado, mesclando-se ao olhar sacana que alternava entre secar as pernas expostas e salivar pelos seus seios pouco discretos. Ele sussurrou um feliz aniversário no pé de seu ouvido, arrepiando os cabelos loiros de sua nuca, enquanto passava as mãos pelos ombros desnudos que clamavam por beijos e mordidas. David sorriu tímido, porque o baixinho à sua frente também estava deslumbrante ao ponto de deixá-lo encabulado. Usava um vestido azul com uma renda sutil na barra, o decote cavado mostrando o caminho perfeito entre o peitoral pouco musculoso. Combinava bem com seus cabelos pretos amarrados em um coque pequeno. Uma obra de arte.

O encontro no portão não durou mais do que alguns minutos, uma vez que Vitor ficou tão desnorteado com a raridade que era o loiro usando vestido que logo lascou-lhe um beijo apressado de bom dia e o puxou para dentro de casa, doidinho para ficarem mais à vontade. Assim que entraram em seu quarto, descartou rapidamente a ideia de dançar, pulando para a parte em que rebolava no colo do namorado.
David, por sua vez, achava bom demais sentir a bunda alheia entre seus dedos, seu aperto controlando as reboladas de Vitor para que fossem as mais lentas possíveis. Gostava de fazer devagarinho, sem pressa. Seu namorado, arreganhado e gemendo manhoso pela força com que apalpava as bandas macias, estava a um suspiro de arrancar a própria roupa. Só não o fez porque não queria acabar com a graça tão rápido, seu loirinho pareceu gostar tanto de sua roupa…

Mas, levado pelo tesão crescente, não conseguiu não distribuir selares pelo pescoço arrepiado de David nem quando este levou uma das mãos para debaixo de seu vestido azul. Na verdade, apenas adicionou chupões fracos. O garoto abaixo de si aproveitou para gemer, demonstrando o quanto gostou de sua atitude. Para compensar, tocou mais da pele quente conforme o elástico da calcinha lhe permitia. A afastou um pouco para o lado, sentindo um sorriso maroto se formar nos lábios do moreno em suas coxas, que certamente aprovou a ousadia.

Sendo o aniversariante do dia, para David era uma honra ter como presente o poder de tocar o corpo de Vitor daquela maneira. Por isso, não poupou esforços para desvendá-lo mais a fundo. Molhou seus dedos no prazer que escorria abundante de seu namorado, ouvindo mais um gemido manhoso e recebendo a primeira mordida do que seria o melhor aniversário de toda a sua vida.

Com o passar dos minutos, por mais que estivesse gostoso, o moreno sentiu os músculos das pernas queimarem com o esforço que a posição atual exigia. Resolveu deitar, mesmo com David resmungando ao ter que se levantar. Mas o loiro definitivamente não se opôs mais quando Vitor abriu as pernas e o chamou para deitar consigo com um olhar pidão. Dali de cima, admirava o namorado como se seus olhos estivessem enfeitiçados, mirando nada além do garoto entre seus braços.

Ao tentar se posicionar melhor, porém, lembrou o motivo de não usar vestidos curtos e colados como aquele. Tirando o fato de ser o tipo de traje oposto à sua expressão de gênero  comum, era porque ficava impossível se movimentar feito gente. Por Deus, mal mexia as pernas! Não demorou para levantar-se de novo da cama e, quando Vitor piscou, David estava usando somente uma cueca preta. Sem o vestido era possível observar melhor suas curvas, o que moreno adorou. David ficara lindo na peça, admitia, mas quanto menos roupas no corpo, melhor.

O vestido cor de vinho foi chutado para longe e logo a boca de Vitor ocupou-se em um beijo de língua afoito. As mãos do loiro, por sua vez, estavam divididas entre apertar as coxas magras e descer o zíper lateral do vestido alheio, abrindo-o por completo. Vitor suspirou aliviado quando pôde flexionar mais os seus joelhos, para acolher David melhor.

A calcinha encharcada ainda estava de lado, facilitando a passagem para os dedos longos. David entrou e saiu, engolindo através de beijos os gemidos sempre manhosos de seu namorado. Tão sensível, pensou, embora não se encontrasse numa situação muito diferente. Vitor acariciava os cabelos curtos de sua nuca, não sendo grandes o suficiente para puxar. Precisando descontar seu tesão em algo, começou a arranhar as costas até então imaculadas. Os seios de David foram espremidos contra seu tórax quando o loiro decidiu investir mais forte, mais fundo, inclinando ainda mais sobre si.

— Mais rápido — Vitor teve a ousadia de choramingar.

— Amor… — David gemeu, dando o seu melhor. Mas apenas seus dedos não bastavam para o que o moreno pedia, sabia disso.

— Eu quero ele, benzinho…

David entendeu o recado, retirando seus dedos melados de dentro dele e rumando ao guarda-roupa. A casa não era sua, mas a conhecia como a palma da mão. Desviou da cadeira no meio do quarto, sem entender o que ela fazia ali, e abriu a terceira gaveta do móvel, achando uma caixa preta no fundo. Retirou um consolo de tamanho considerável de lá, o preferido de Vitor. Voltou a passos rápidos para a cama, deixando o objeto de lado ao que se sentava sobre as coxas do namorado.

Beijou-o devagar, enquanto acariciava seus mamilos durinhos com as mãos banhadas daquilo que não lembrava o nome devido à mente inundada de prazer. Contornou as cicatrizes da mastectomia, sentindo o moreno vibrar abaixo de si. Logo desceu pelo abdômen e firmou as palmas na cintura fina. Apertou forte ali, tirando um suspiro satisfeito do outro. Foi reabrindo devagar as pernas de Vitor, não demorando a fazer com a boca o mesmo caminho que havia feito com as mãos.

Chegou às coxas e se deleitou com a pele cheirosa. Beijou, chupou, marcou; subiu com a língua para o clitóris que pedia atenção, inchado. Os gemidos de Vitor já não eram mais tão contidos, ele não poupava esforços em dizer o nome do namorado daquele jeito único. Tremeu quando sentiu a língua aveludada percorrer a extensão de seus lábios molhados, pedindo baixinho por mais. E recebeu. David pegou o objeto esquecido na cama e o ligou, fazendo o som da vibração reverberar pelo quarto repentinamente silencioso. Vitor prendia a respiração em expectativa pelo que estava por vir.

Não tardou em sentir algo grande e largo ser introduzido em si. Não aguentou, gemeu como um pornô. Quase gritou quando entrou tudo, porque David foi rápido em tirar e meter com força novamente. E ainda vibrava. Cruzes, como vibrava!

Foi ao céu e voltou quando sentiu a língua do loiro voltar a maltratar seu ponto sensível sem parar de fodê-lo com o consolo. Suas pernas tremiam, desesperado para gozar como tantas vezes já esteve, mas que parecia a primeira de todas elas. Suas coxas se fecharam em reflexo ao espasmo que sentiu, quase sufocando o namorado no processo. Mas este já estava acostumado, e até gostava a falta de ar que sentia sempre que tinha a cabeça enfiada na buceta sedenta de Vitor. Adorava, na verdade.

Porém foi rápido em afastar as pernas dele, porque embora gostasse da posição, ainda precisava respirar. Aumentou a velocidade da vibração e continuou a estocar; era tudo o que Vitor precisava para enfim gozar, surpreendentemente se desfazendo em um gemido mudo.

David desligou o objeto e quis rir, mas estava ocupado demais ofegante diante da cena à sua frente: o peito alheio subindo e descendo frenético e os fios de cabelo grudados na testa suada, que sustentava um sorriso ladino metade satisfeito metade sacana ao dizer:

— Bem, tô começando a achar que o aniversário é meu — riu frouxo — gozei antes de você…

— Não seja por isso, amor. Agora é a sua vez de me chupar todinho.

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*não há data para a continuação!

obrigado a quem lê e favorita <3

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⏰ Última atualização: Feb 05, 2023 ⏰

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Vestidos justos, mãos ágeisOnde histórias criam vida. Descubra agora