A última noite

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- Eu não consigo entender, me explica, como é que eu posso tocar você? 


- Da mesma maneira que eu posso tocar você. - Ele responde rindo um pouco olhando para a TV como quem não quer coisa alguma. 

Eu deixo o assunto meio de lado, quando a única coisa que sei pensar é em como isso é possível. 


- Sabe que amanhã quando você acordar eu não vou mais estar aqui não sabe? 


- Sei o suficiente para te pedir pra ficar, mas como sempre você há de ser teimoso e ir embora mesmo assim. 


- Não posso ficar mais do que uma última noite.


- Tudo bem, não vou mais insistir.. você venceu! Mas saiba que poderíamos aproveitar de formas melhores a nossa última noite juntos. - Juro que estava tentando esquecer que talvez seja de fato nossa última noite juntos, talvez nós possamos relembrar nosso primeiro encontro, ou ver nosso primeiro filme, não importa o que fosse mas eu queria aproveitar cada momento que eu pudesse. 


- Kessey Berti! Aos seus 16 e já pensando assim?? - ele ri depois. 


- O que?? Eu juro que estava pensando em um filme. - Eu o faço rir por um segundo junto comigo, e ver aqueles olhos azuis não se lamentarem mais, era um alívio, querendo ou não naquele estante eram só seus lindos olhos azuis expressando nada mais do que a felicidade genuína em pequenos segundos que nunca, apesar de real ou uma farsa, nunca sairiam da minha mente. 


- Não importa. Não importa o que vamos fazer hoje, só o que importa pra mim é que estejamos juntos e que você se sinta feliz. 

Então ele se vira lentamente e me agarra pela cintura, me beijando de forma leve, mas saborosa, brincando um pouco é claro, mas parando constantemente pra me olhar e sorrir comigo. 

- Você era tudo o que eu precisava.. - eu anuncio e sorrindo ele se desfaz em risos e me responde ao mesmo tom. 


- Ás vezes ainda me pergunto se isso é real. De verdade.. 


- Não, hoje nós iremos nos divertir ok? Se pararmos para chorar você sabe que eu venceria. - Eu dou risada junto com ele, e assim nossos risos jamais acabam. 


- Eu te amo - ele diz.


- Eu também te amo. - Eu digo não o dando tempo para mais nada, a não ser minha boca massageando seus gentis lábios, minhas mãos tocando seu pescoço e peitoral e meu pés brincando em suas pernas. 

Sem pausar e respirando apenas o suficiente pelo nariz somente para evitar a morte, posso sentir o ambiente ficar abafado, com o clima romântico entre nós dois, quando da cintura uma das mãos dele desce para minha bunda e a outra sobe para minhas costas, pescoço, nuca e finalmente meus cabelos, presos mais ainda volumosos. Ele para um pouco me olha esperando que eu reaja ou que meu silêncio concorde, e porém, bom, eu não digo nada. 


- obrigada. - eu peço.


- Pelo que? - ele diz.

Shawn Mendes Imagines - parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora