deja vu ; c

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"Déjà vu é um galicismo que descreve a reação psicológica da transmissão de ideias de que já se esteve naquele lugar antes, já se viu aquelas pessoas, ou outro elemento externo."
ah, sim. Talvez seja tudo um grande déjà vu.
A sensação de ter visto, mas não ter. A sensação de estar vivendo novamente, o que já viveu. Talvez eu não tenha poderes. É tudo uma ficção, certo? Isso não realmente existe... certo? Talvez eu esteja pensando demais. 

Me levantei. Por ser finalmente sábado, não tinha muita coisa para fazer.
Até pensei em chamar dahyun para ir tomar alguma coisa, mas ela já tinha planos com outra garota...
imagino quem seja.
Tinha vergonha o suficiente para corar até com o pensamento de chamar mina para sair.
Sei que deveria, afinal, ela não tinha obrigação de me chamar para algo.

Dei passos longos até o banheiro, precisava sair da cama alguma hora. Lavei meu rosto com preguiça, bocejando a cada cinco minutos. 

"A garota não veio, pode me encontrar no Cafe Rosy?" 

Era uma mensagem de dahyun.
Não esperava que ela levasse um bolo algum dia, ela é tão bonita. 

"Claro, tô indo" 

Apenas respondi, sem nem hesitar.
Me vesti rapidamente, com roupas que estavam na minha cabeceira. Estava com preguiça de me arrumar, então peguei umas que minha mãe havia deixado ali, limpas. 
Saí de casa com certa pressa, mas em minutos já estava lá.

Procurei dahyun por todos os lados, mas parece que eu quem havia levado um bolo. 

"Onde você tá?" 
Déjà vu.

Myoui Mina estava aqui.

Como ...? 

"Mina trabalha aí com os pais :D"
"Era tudo um plano meu e da Hirai" 

Hirai...? MOMO!
Não acredito que a melhor amiga de Mina também estava com dahyun nessa.
Senti meu rosto queimar, com certeza estava semelhante à um tomate. 

— Chae... young? — Uma voz doce se fez presente.  — Olhei para trás, enquanto cobria meu rosto. Era Mina.

— Mina. 

Sorri. Estava claramente feliz por vê-la. Retirei minhas mãos do rosto, então olhei para ela. Estava tão bonita com a roupa de garçonete. 

— Não sabia que trabalhava aqui. — Disse, receosa.
Talvez ela não queria que alguém soubesse. 

— Ah... bom, não é muita gente que sabe. — Ela disse, enquanto sorria. — Vem, sente-se. 

Mina me acompanhou até uma mesa que possuía dois lugares. Sentou em minha frente, apoiando seu cotovelo na mesa. 

— Aqui é bem bonito. — Comentei, olhando em volta. De fato, era bonito. Mas deve ser porque o lugar era repleto de fotos de Mina. — O nome também é bem fofo. 

— Ah, s-sim! — A voz dela falhou. — Meus pais colocaram esse nome por conta de uma música que escrevi. — Em seguida, corou. Ela parecia ter uma insegurança com isso. 

— Você escreve músicas? 
Não deveria, mas perguntei. Escrever músicas, para mim, era uma forma de arte muito expressiva. Sentimentos, sejam bom ou ruins, eram passados para um papel e cantados, da própria forma. 

— S-Sim, eu adoro escrever. — Ela disse, cada vez mais hesitante.
Me pergunto se estava deixando ela desconfortável. 
Se bem que... me lembro de ter visto algum título escrito "Rosy" em seu caderno. Era uma música sobre duas garotas, porém não consigo me lembrar o contexto direito. 

— Me desculpe pelas perguntas, não sei se você se sente confortável falando sobre. — Disse, desviando completamente meu olhar dela. 

— Eu gosto de falar sobre música. — Retrucou. — Eu não costumo falar sobre isso com alguém, então quando falo eu me empolgo muito. 

Depois disso, eu apenas disse que estava tudo bem. Além do mais, a voz dela deixava tudo incrível. Gostaria de ouví-la cantando algum dia

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