Prólogo

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Naquele reino onde naturalmente as pessoas eram separadas ao nascer todas buscavam por algo, filhos da lua pelas cores e os filhos do sol pelos sentimentos. Todos caminhavam até o encontro de sua alma gêmea desde o nascimento, mas nem todos estão destinados a encontrá-la ou ficar com ela.

A manhã nascerá mais uma vez acinzentada para todos os filhos da lua, ou melhor, para todos aqueles que ainda não haviam encontrado sua alma gêmea. Mas aquela manhã acinzentada era diferente para a pequena família que vivia próximo aos subúrbios da cidade. Aquela pequena e feliz família estava sendo agraciada com um novo presente formado pelo amor entre duas pessoas, amor esse que agora os fazia enxergar juntos a beleza do lugar em que viviam com suas muitas cores.

Toda a tempestade que acontecia fora do pequeno quarto de hospital e que fazia as janelas sacudirem como frágeis pedaços de papel trazendo o som constante e irritante aos ouvidos de todos que estavam presentes naquele local não impedirá que os pais daquela pequena garota ficassem com as bochechas doloridas devido ao sorriso permanente em seus rostos.

A pequena e bela S/N nascerá com os olhos acizentados como todos os filhos da lua talvez ela se sentisse solitária em algum momento pela falta de algo que nunca tiverá, mas seus pais fizeram um juramento em silêncio que a manteriam feliz a cada dia da vida deles.

Em uma outra parte da cidade, uma onde não poderíamos encontrar os filhos da lua vagando tranquilamente, um casal abençoado pelo sol recebiam seu filho uma pequena criança de cabelos negros e olhos azul-âmbar. A criança nascerá em um hospital mais confortável e dormia tranquilamente nos braços de sua mãe sendo protegido pelo amor de todos aos seu redor.

Apesar de possuir o poder de enxergar o belíssimo mundo pelos seus olhos azul-âmbar o filho do sol não possuía as emoções, afinal elas não eram algo que poderia ser apenas visto.

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