Eu nunca dei valor a "família" e desconhecia essa palavra até eu passar por vários lares adotivos. Passei por tantos lares para chegar no qual eu vivo hoje e espero que eu tenha outro para ir, porque preciso me livrar de toda a angústia,dor,pavores e principalmente da culpa que se alastrou nesse corpo,que já está pobre por dentro.meu ser só consegui sentir amor por objetos. Talvez eu tenha bloqueando esse sentimento de amor au próximo...
A minha família biológica, era apenas eu penelopy ,minha mãe e a minha irmã mais velha giovana.a nossa casa era de um tamanho bom, nem grande,e nem pequena tinha uma sala,uma cozinha, dois quartos,um banheiro e até um quintal grande com uma piscina de cimento . Não tínhamos luz e nem água...pegávamos água com os vizinhos e usávamos velas durante as noites.A minha mãe se prostituia umas três vezes por semana,eu sei por que ela levava os homens para nossa casa, mandava eu e giovana ficar debaixo da cama, para podermos pegar o dinheiro das carteiras deles, quando eles jogavam as suas calças no chão.só tinha uma cama e ela ficava no quarto da minha mãe, (lógico) por que se não,não ia dar para colocar o plano em prática.com quase todo o dinheiro a minha mãe comprava pinga e bebia até cair bêbada.
O tempo foi passando e giovana começou a se prostituir também. com mais o menos 12 anos, os clientes da minha mãe passou a ser dela também. Claro que a minha mãe não sabia, na verdade eu já havia contado para ela, então deixa eu me corrigir "claro que minha mãe não queria saber ".A primeira vez que eu vi a minha irmã com um homem! eu ainda tinha cinco anos ,cheguei em casa no finalzinho da tarde porque sabia que a minha mãe estaria desmaiada de tanto que bebeu . passei pela porta em completo silêncio ,feixe ela bem devagar e soltei um ar de alívio...comecei a escutar barulhos estranhos vindo do nosso quarto, não fiquei assustada por que sabia que seria a giovana não a mãe.
Como o nosso quarto não tinha porta a mãe colocou dois pregos na parede e colocou um lençol, como se fosse uma porta.eu me aproximei do lençol e coloquei ele para o lado. tomei um enorme susto ,quando eu vi minha irmã lá de pé fazendo gemidos baixos, e o homem que estava com ela fazia um movimento bem devagar para frente e para trás...O reconheci rapidamente por ser um dos clientes que a minha mãe mais atendia.eles nem notaram a minha presença coloquei o lençol no lugar e fiquei por um tempo do lado da porta,escutando os barulhos pegajosos que estavam a no máximo noventa centímetros de mim...

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PROCURO O FINAL FELIZ
Ficção GeralPenelopy tem muita dificuldade de interagir com as pessoas por causa dos seus traumas na infância, seu corpo está vivendo no presente mas sua mente está presa ao seu eu do passado. Depois que penelopy comete um assassinato, começa a mudar e finalme...