VINTE E TRÊS

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"Hey, Aluado?"  James Potter chamou enquanto andava pela casa dos Black-Lupin.

"Aqui!" Remus Lupin gritou, sua voz levemente rouca por causa da lua cheia de Novembro que havia sido na noite anterior.

James seguiu a voz até a sala de estar, onde Remus estava lendo um livro no sofá.

"Eu não sabia que você viria hoje." Remus disse suavemente enquanto sorria para o amigo. "O que foi?"

"Eu queria a sua permissão para fazer uma coisa..." James disse baixinho, secretamente cruzando os dedos na esperança de que isso melhorasse sua sorte.

"Pode perguntar...?" Remus franziu as sobrancelhas imaginando por que um adulto precisaria da permissão de seu amigo para fazer algo.

"Eu posso mandar isso para a Charlotte de Natal? Era da Addie, Lily e eu encontramos quando estavamos limpando o loft."

Remus estremeceu de leve ao pensar em sua falecida esposa, entretanto ele assentiu para James. "Tenho certeza de que ela vai adorar."

"Sério? Brilhante!" James esclamou, um grande sorriso preenchendo seu rosto enquanto ele encarava o amigo. "Você vai dar alguma coisa para a Lottie de Natal?"

Remus simplesmente encolheu os ombros. Ele queria sim dar para a filha algumas coisas de sua esposa, entretanto ele não tinha ideia de como fazer isso sem que Charlotte o afastasse.

"Eu acho que você deveria." James disse com firmeza. "Eu quero a Lottie de volta nas nossas vidas, o que significa que você tem que fazer mais progresso!"

"Eu vou." Remus disse esfregando a testa enquanto franzia o cenho. "Pontas, ela me odeia..."

"Não, Aluado. Você precisa tentar mais! Eu não vou deixar você desistir dela de novo." James disse raivosamente. "Agora eu tenho que ir, mas por favor tente... Eu vejo você em Hogwarts hoje a noite."




O dia de Natal chegou mais rápido do que Lottie esperava, entretanto a excitação das crianças mais novas soava pela casa como que se estivesse em um alto-falante.

Veja bem, todos os anos, algumas mulheres da região sempre se reuniam e davam um jeito de conseguir alguns presentes para as crianças do orfanato. Eles levavam biscoitos e brownies, assim como ursinhos de pelúcia e roupas doadas para o orfanato, colocando tudo em bolsas bem grandes e entregando para as crianças.

Charlotte  supôs que as mulheres haviam vindo mais cedo esse ano, porque a animação vinda do andar de baixo com certeza não era causada por Mary.

Ela rolou na cama, seu corpo estava afogado dentro de uma calça esportiva e um moletom, ainda assim ela estava congelando. Ela puxou o edredom para cima da cabeça, rezando para que seu corpo voltasse a dormir.

Infelizmente, seu corpo simplesmente se recusava.

Ela deixou um suspiro frustrado escapar, entretanto ela tinha um olhar curioso no rospo enquanto observava quatro corujas voarem pela janela.

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