Uma sequência de fatalidades e bênçãos moldam a vida. Para quase todas as pessoas, há motivos para se queixar e para se alegrar.
Com Karina e ____________, assim como com todo mundo, era assim. Deveria ser.
_________________ vinha de família rica, nunca conheceu a fome, os perrengues e os infortúnios de uma vida desafortunada. Ela carregava no sobrenome todo o prestígio de seus parentes. Este, para _____________, era o motivo para se alegrar.
Há quem pense que não cabe amor numa casa tão cheia de dinheiro — e estão errados. __________________ também tinha apoio emocional e percebia o esforço que ambos pais faziam para estarem presentes em seus dias. Outro motivo para felicidade.
Seu problema mora dentro de si: doía, a ensurdecia e talvez a tiraria a vida.
Ninguém entendia por que alguém tão doce sofria tanto. Não havia o que entender.
O destino age de formas misteriosas. E, assim como _________________, Karina sabia que não há culpados absolutos nas tragédias.
Karina tentava olhar para a vida com ternura, mas, diferente de _____________, ela não tinha um ninho fraterno que a confortasse; não tinha bens e múltiplos dígitos no banco; não fazia a diferença na vida de ninguém. Quando se ama a vida, mas a vida não lhe ama de volta, adoecemos.
Karina sentia-se assim desde miúda. Sem alguém para a fazer ficar, ela não enxergava um futuro. A morena não precisava ser altruísta por alguém, pois não havia quem se importasse com sua vida. Nem sua vida, nem sua morte pesariam.
________________ lutava para continuar aqui, custe o que custasse. Já Karina tinha outros planos — e estes incluíam salvar alguém que merecesse estar no mundo.
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Como pulsam os corações | Karina (aespa)
RomanceAmiloidose cardíaca. Esse é o nome do maior (e único) problema na vida de _________________. Uma doença rara, que a acomete desde o nascimento. Uma mancha numa família perfeita. Seu tempo está se esgotando, e tudo de que precisa é um coração novo...