Prólogo (parte 1)

49 1 0
                                    

Uma sequência de fatalidades e bênçãos moldam a vida. Para quase todas as pessoas, há motivos para se queixar e para se alegrar.

Com Karina e ____________, assim como com todo mundo, era assim. Deveria ser.

_________________ vinha de família rica, nunca conheceu a fome, os perrengues e os infortúnios de uma vida desafortunada. Ela carregava no sobrenome todo o prestígio de seus parentes. Este, para _____________, era o motivo para se alegrar.

Há quem pense que não cabe amor numa casa tão cheia de dinheiro — e estão errados. __________________ também tinha apoio emocional e percebia o esforço que ambos pais faziam para estarem presentes em seus dias. Outro motivo para felicidade.

Seu problema mora dentro de si: doía, a ensurdecia e talvez a tiraria a vida.

Ninguém entendia por que alguém tão doce sofria tanto. Não havia o que entender.

O destino age de formas misteriosas. E, assim como _________________, Karina sabia que não há culpados absolutos nas tragédias.

Karina tentava olhar para a vida com ternura, mas, diferente de _____________, ela não tinha um ninho fraterno que a confortasse; não tinha bens e múltiplos dígitos no banco; não fazia a diferença na vida de ninguém. Quando se ama a vida, mas a vida não lhe ama de volta, adoecemos.

Karina sentia-se assim desde miúda. Sem alguém para a fazer ficar, ela não enxergava um futuro. A morena não precisava ser altruísta por alguém, pois não havia quem se importasse com sua vida. Nem sua vida, nem sua morte pesariam.

________________ lutava para continuar aqui, custe o que custasse. Já Karina tinha outros planos — e estes incluíam salvar alguém que merecesse estar no mundo. 

Como pulsam os corações | Karina (aespa)Onde histórias criam vida. Descubra agora