Epílogo

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- Harry, eu acho que vou morrer.

Havia passado nove dias desde que oficializaram o namoro. Louis estava nervoso. Ele nem lembrava da última vez que conheceu os pais de alguém que estava se relacionando, era muito tempo atrás. A agitação para conhecer a família de Harry era baseada no medo da mãe de seu namorado não gostar de si, fazendo com que o filho mudasse de ideia sobre namorar com ele.

- Quem deveria estar com medo sou eu, Louis! Eu conheço só duas das suas irmãs, ainda faltam quatro! E se eu trocar o nome das gêmeas? Elas vão me odiar.

- Elas não odeiam ninguém, no máximo vão fingir para te botar medo.

- Elas são adolescentes, é impossível elas não odiarem pelo menos uma pessoa. - Harry retrucou.

- Certo, você tem um ponto. Falando sério, promete que não vai me largar se a sua mãe me odiar?

- Prometer eu não posso. - O mais velho levantou a cabeça do sofá e olhou para o outro incrédulo. - ela não vai te odiar, ela já te adora.

- Ela nem me conhece, amor.

- Ela me fez falar de você enquanto me entupia de cheesecake, a culpa não é minha.

- Certo, vou fingir que acredito que você não falou de mim por livre e espontânea vontade.

Antes que Harry pudesse responder, o som de algo - ou alguém - caindo chamou a atenção do casal. Segundos depois, o choro de James é ouvido. O homem cacheado, que estava de pé, foi quase correndo ao encontro da criança, que estava sentada em uma das pedras que haviam em meio ao gramado com o joelho ralado.

- Ei, ei, ei! O que houve, bebê? - Harry agachou-se do lado do menino, que agora só fungava sentido.

- Eu tava bincando com o Cliffy e topecei, meu joelho tá doendo. - Ele falou enquanto tinha um biquinho em seus lábios e o nariz vermelho.

Louis apareceu na porta da casa e disse para os dois entrarem, então James ergueu os braços e Harry pegou-o no colo, sentindo a cabeça dele em seu ombro. Uma hora depois, o menino estava correndo novamente, agora com Ernest e Doris.

Johannah e Anne haviam virado melhores amigas de infância em menos de quinze minutos e ambas haviam adorado seus respectivos genros, mesmo que houvessem combinado de fingir o contrário para rirem de suas caras de desespero.

A cena, para quem via de fora, era engraçada. Louis gaguejava e gesticulava muito, Harry estava com as bochechas vermelhas e mexia mais que o normal no cabelo enquanto as duas mulheres fingiam-se de sérias.

No fim da tarde, tudo ficou bem. Todos se despediram com beijinhos na bochecha e abraços, as mães falando para os filhos como tinham adorado o novo namorado. A noite, quando estavam deitados para dormir, que perceberam o que elas haviam feito e ficaram rindo algum tempo por causa do nervosismo desnecessário que passaram.

- Caramba, Louis! Você tá borrando tudo!

- Eu 'tô tentando, mas você não para de se mexer!

Eles estavam entediados. No começo das férias de verão, metade de junho, eles já haviam feito tudo que vinha a cabeça. Então, naquela noite de terça-feira, Harry decidiu pintar as unhas e Louis se ofereceu para ajudar, mas percebeu que isso não era um de seus talentos.

- Você precisa colocar mais esmalte no pincel, tá tirando tudo quando passa na borda do frasco.

- Mas foi assim que você me mostrou...
- Amor, faz assim. - O mais novo pegou o pincel do esmalte e colocou a quantidade certa do líquido, em seguida passando do jeito certo em uma de suas unhas. - Viu? Não é difícil!

I'll bring your coffee | l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora