O BÔNUS PERDIDO.

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{ esse bônus foi escrito em 2017 e postado apenas na rede verde vizinha como um agradecimento aos leitores. a ortografia não foi corrigida e a escrita pode ter mudado de acordo com o tempo, então relevem.}

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Querido leitor ou leitora, deixe-me te fazer uma pergunta simples: você já perdeu completamente a sua mente?

Presumo que o que falarei agora, seja descartado em grande maioria. Afinal, quem levaria a sério?

Respire e leia com calma. Olhos atentos. Um suspiro, um sussurro. Qualquer barulho é um alerta.

Não se esconda, não cubra os pés; nem adianta fugir, sabe que vão te encontrar. Aliás, já estão aí. Se eles querem você, uma luz acesa ou um cobertor aconchegante não os impedirá. Acha mesmo que seu edredom vai te proteger dos espíritos que se escondem no seu quarto?

E o que me diz dos que rondam por sua casa, chamam sua atenção com pequenos estalos e se divertem com o seu medo?

Todos estamos acompanhados, mesmo que sozinhos. Não quer incomodar quem quer que esteja ao seu lado, e, eu certifico que, quem quer que seja, não quer isso também. 

Cuidado.

Eles ficam aí. Te observando. Te fitando rir distraído, te olhando enquanto dorme. Esperando uma oportunidade para tocar em você, para tornar seus sonhos pesadelos; para pesar sobre você e te puxar o mais perto possível da escuridão. Mas calma, não olhe para o lado. Nem para trás.

Eles podem se sentir intimidados. Talvez, não eles, mas um só. Sua companhia pode estar perto de você para se sentir menos solitária. Seu medo pode alimentá-la, seus tremores fazê-la forte.

E aí? Sente algo diferente? Um vento frio, um suave soprar em sua pele? Talvez um barulho estranho?
Uma vez, me disseram que a lua guarda grandes segredos em sua noite escura. Mistérios que poucos estão cientes. Que quase ninguém quer descobrir.

Sentir que alguém te olha ou te vigia às espreitas pode ser uma sensação aflitiva. O medo é inconsciente. Imprevisível. Simplesmente uma das maiores armadilhas que seu cérebro pode criar para si mesmo. Seu cérebro é sucinto de confusões, mesmo uma sombra qualquer pode trazer o medo mais irracional. Mas digo: sua intuição nunca mente.

Ainda mais quando um eclipse está por vir.

[...]

Uma fraca brisa soprava gélida por entre os galhos das árvores, trazendo em si uivos fracos e gotículas de água fria que tocavam minha pele em um arrepio, vez ou outra.

A tarde toda tinha se passado em chuva. O asfalto molhado refletia a luz do Sol que aos poucos ia se esvaindo, enquanto a lua começava a tomar conta de sua borda. Um eclipse solar.

Cada passo meu causava pequenos estalos de folhas secas e gravetos se quebrando ao chão. O dia sumia; o céu escurecia aos poucos e eu estava lá, suspirando de cinco em cinco segundos, ouvindo resmungos atrás de mim e seguindo as costas alheias que traçavam um caminho à frente.

— Quer calar a boca, Eunha? — foi a vez de Kihyun resmungar, bufando.

— "Quer calar a boca, Eunha?" — a garota imitou numa voz infantil, mas em um tom baixo, logo atrás de mim.

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⏰ Última atualização: Sep 13, 2022 ⏰

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