「SUGAR - Kim Hongjoong」

Único.

       Meus dias vêm sendo uma droga. Diariamente eu penso que não deveria existir, que deveria desaparecer e parar de causar problemas aos outros.

       Tenho problemas de autoestima, não consigo me encarar no espelho sem sentir desgosto da minha própria face. Não consigo me sentir bem ao encarar a minha própria figura.

       Não consigo me sentir confortável em minha própria casa, não consigo chamar isso de lar. Tenho vontade de correr para longe, me abrigar no ombro dos meus amigos e da minha psicóloga, mas não posso. Afinal, eu não conto para ninguém sobre o que sinto e ela só está fazendo seu trabalho.

       Por isso, acabo descontando minhas frustrações no açúcar. No tóxico e amável açúcar, aquele que as crianças tanto adoram. Balas de mel, morango, cereja, e meus favoritos, os pirulitos, quais eu posso morder o palito até sentir minha gengiva arranhar com os filetes de plástico poluente que deixei com meus dentes.

       Minha família - se é que posso chamar assim - vive me alertando: "Hongjoong, não deve consumir tanto açúcar assim. Vai estragar a sua saúde". O mais engraçado é que eles falam de uma forma que chega a parecer até que estão realmente preocupados comigo.

        Se estivessem, não se comportariam como se comportam.

        Se estivessem, meus pais não passariam todos os dias discutindo. Se estivessem, eles não colocariam minha autoestima para baixo com comentários desnecessários e depois perguntariam à mim "o que eu te fiz?". Porque, honestamente, quem deveria perguntar isso sou eu.

        Gosto de pensar que estou estragando minha saúde, pois significa que passarei menos tempo aqui. Mas, ao mesmo tempo, pensar que estou desejando morrer me assusta. Não são pensamentos normais para alguém da minha idade.

        Antes eu pensei que fosse apenas drama de adolescente, mas hoje em dia esses pensamentos vêm me preocupando. Os famosos "e se..." chegam contornando minha mente em qualquer situação. Na escola, em casa, em absolutamente qualquer lugar.

        Tenho uma vontade absurda de chegar na cara dos adultos que chamo de pais e gritar "PAREM COM ESSA MERDA" e jogar algumas verdades em suas caras, mas eu não tenho coragem. Minha voz trava, eu começo a tremer e o desespero toma conta de mim. Imediatamente, lágrimas começam a surgir de meus olhos e a única coisa que consigo fazer é correr para meu quarto e pegar uma bala em minha mochila.

        Diferente de outras pessoas da minha idade, eu não fumo, me drogo ou me embebedo. Eu como açúcar, o digiro como água, como um viciado e sua droga.

         A única coisa que me mantém vivo é o açúcar, a única coisa que afasta meus pensamentos pessimistas é o açúcar. Então, se querem que eu me afaste dele, por que vocês mesmos não tentam perceber o que me torna um viciado?

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Palavras: 459

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Sério, eu tô me sentindo muito leve depois disso aqui.
Desabafei em uma fanfic, como pode??
É real, eu tô bem no lugar do Hongjoong, só faltava pôr meu nome aí, mas eu coloquei ele pq é meu utt do Ateez né, pq não? Tinha que disfarçar um pouco.

Agora é sério, eu tava precisando disso. Eu tenho a mania de agir normalmente na frente dos outros, fazer comentários comuns e sei lá o que, nem parece que eu passo a tarde e a madrugada chorando. Preciso urgentemente de uma consulta com a minha psicóloga. Tudo só piora 🥲