Primeiro Beijo

702 33 1
                                    

POV BIANCA|•

Matheus só falava da Dudinha, já não aguentava mais e por isso tava evitando sair com ele.

Fui na cozinha pegar água e na volta sentei no sofá pra gente assistir um filme, já que estava proibido assistir no quarto .

Alguma coisa na cozinha caiu e fez barulho a Duda correu e sentou do meu lado mas só tinha um espacinho entre eu e o braço do sofá então ela ficou muito perto, praticamente em cima de mim.

Duda: E agora?

Bianca: Vou ver o que é

Duda: Não, tá doida. Fica aqui

Ela segurava meu braço esquerdo com duas mãos, estava tão perto que eu conseguia sentir o calor do seu corpo.

Eu pensei... Porque não? Uma boa hora pra por meu plano em prática.

Olhei em seus olhos, depois sua boca, depois os olhos... Segurei seu queixo e a beijei

A boca macia me fez sentir um frio na barriga principalmente quando minha língua tocou a dela.

Aquilo era perfeito até ela parar o beijo e me encarar de um jeito estranho

Duda: Porque você fez isso?

Bianca: Porque sim, você quis

Duda: estou perto de você porque fiquei com medo! Não com esse tipo de intenção

Bianca: Eu não disse isso

Ela se levantou e saiu andando sem olhar pra trás e foi ai que eu pensei que fracassei miseravelmente.

Ia ter que conviver com a pior madrasta do mundo pra sempre

Nos dias que se seguiram Maria Eduarda evitou me olhar, falar comigo e voltou ao início sempre com conversas baixas com a mãe pelos cantos.

Eu já tinha aceitado que meu plano falhou a menos que eu contasse pra mãe dela, uma última tentativa.

Sai da cozinha olhando pro celular e bati com tudo em alguém.

Duda: Não olha por onde anda não?

Michele: Ahh como vai olhar enfiada no celular, já está na hora de arrumar um emprego.

Não sei se respondia ou seguia meu caminho... Mas até que não era uma ideia ruim. Conseguir um emprego, morar sozinha...

Meu pai só me deixaria sair de casa se estivesse trabalhando, quer dizer... Eu nunca pensei nisso antes

Duda: Mãe... Isso não se fala

Ouvi ela falar baixo

Michele: Falo sim, já tá na hora de se preocupar com sua vida e suas próprias despesas.

Será que estava cansada de lutar contra aquilo? Tudo que consegui fazer foi virar as costas e sair...

Não tinha jeito.
Não conseguia mais viver ali...
Talvez um dia empurrasse a minha madrasta da escada.

Por enquanto sentia um nó na garganta e estava me sufocando.

Sentei no chão encostada a minha cama e liberei as lágrimas que estavam presas.

A porta do quarto se abriu e como a vadia master nunca bate achei que era ela... Mas era Duda

Duda: Vim te devolver seu relógio, tinha até esquecido.

Não queria olhar pra ela, certamente meu rosto estava vermelho.

Ela se abaixou do meu lado

Duda: Você... Está chorando?

Bianca: Eu... Não estou

Mas a minha voz falhou

Duda: Quer conversar?

Bianca: Quero sumir

Duda: Não diz isso... Assim você faz eu me sentir a pior pessoa do mundo

Bianca: Não, isso aí sou eu... Só posso ter feito algo muito ruim na minha vida passada

Duda: Sinto muito por você está se sentindo assim

Bianca: Se sente mesmo porque não fala para sua mãe pra vocês irem embora?

Duda: Isso é absurdo Bianca, não posso pedir pra minha mãe ir embora da casa que agora é dela também .

Um tapa doeria menos.

Era eu que teria que sair ou iria enlouquecer

Bianca: Sai daqui

Duda: Não fala assim comigo

Bianca: Um dia... Se você passar o que eu estou passando... Não, eu não desejo isso nem aos meus inimigos

Duda: Esta exagerando

Ela se levantou e saiu.






Um plano imperfeito Onde histórias criam vida. Descubra agora