Vermelho vibrante - Haruchiyo Sanzu

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Eu amo as manhãs no Japão. Mesmo quando estou em um carro com três caras armados e totalmente desconhecidos. Aliás, também não sei pra onde estão me levando.

— Vão me levar pro hotel? Eu tô com fome.

Ran- Cala a porra da boca! — diz já sem paciência.

— Mas você tá bravo, Ran?

Ran- Abusada. Vou meter um tiro na sua cara.

— Olha que eu puxo seu pé e levo sua alma pro inferno comigo.

Rindou- Não é de dúvidar mesmo.

— Calem a boca vocês três.

Sanzu ao volante fala. Tem apenas 15 minutos que estamos dentro do carro e eu não paro de falar. Meu olhar fixou em sua mão. Era grande, tinha vários anéis. Ele usava uma camisa social branca, um colete rosa, e uma calça social também na cor rosa. Ele gosta mesmo dessa cor...

— Você combina com rosa.

Sanzu- E você combina com boca fechada.

— Credo! Seu grosso, tava te elogiando!

Rindou- Eu achei que ela seria mais calada.

Ran- Claro Rindou, uma assassina conhecida não deveria falar tanto.

Ran da um tapa na nuca do irmão que o olha bravo.

— Eu achei que o pessoal da Bonten era menos... — faço uma pausa na fala pra olhar os três. — Gostoso?

Rindou- Você é retardada garota?

— Quase isso.

[...]

Eles me levaram até uma sala no interior do hotel.

E lá estava o líder.

— Manjiro. — cumprimento.

Mikey- Que bom saber que a imperatriz do inferno me conhece. — responde sem tirar os olhos do papel em sua mão.

— Pode me chamar só de Naomi.

Mikey- Então... — ele levanta os olhos e me encara.

— Muito tentandor, mas não obrigada. — respondo rápido.

Mikey- Você não sabe o que eu ia dizer.

— E o que você ia dizer?

Mikey- Que tenho uma proposta.

— Muito tentandor, mas não obrigada. — repito com indiferença.

Mikey- Deixa eu falar filha da puta. Entre na Bonten.

— E o que eu ganho?

Mikey- A questão não é essa, a questão é o que você não perde. — solto uma pequena risada.

— Isso é uma ameaça?