capítulo 1

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-claire,ande rápido! Vamos nos atrasar para o jantar querida!-indagou tom,a espera de sua amada esposa. Claire,ainda no quarto,ajeitava o ultimo detalhe do vestido vermelho longo que usara. Este era em forma de sereia,com um corte nas costas em forma de u e um penteado semi-preso,muito adequado para a ocasião. Passou um retoque do batom vinho nos lábios,observou mais uma vez seu reflexo no espelho,e se lembrara,como todos os dias,do rosto singelo de Ryan,e julgou ser relevante,jamais poder pensar ou imagina-lo,mesmo que quão prazeroso houvesse sido. Acomodou seus pés pequenos e macios de numero 36 nos saltos 14,abriu a porta lentamente,e desceu os degraus com uma graciosidade impressionante.
-oh querida,esta divina!-a voz de tom soou rouca,bem adequada a sua idade experiente e devastada. Alego ele ter em torno de 45 anos.
-e você maravilhoso querido!-disse claire,sentindo uma repulsividade controlar sua mente. Tom sorrira,pensando ser o homem mais feliz da face deste mundo. Havia três coisas das quais ele precisava em sua vida: primeiramente claire,sua esposa adorada,em segundo seu dinheiro harmonioso e que atraia muita sorte ao casal,e terceiro,que ainda não havia se completado;um filho varão,do qual se chamaria orgulhosamente de Tomás,um nome parecido ao seu,tom.
Claire balançava suas mãos, agitando sua pulseira com miniaturas de elefantes de puro ouro. "Estou tão anciosa para esse jantar... Quem sera Jim?" -os pensamentos angustiantes dela as repelia,e sentia um grande aperto em seu peito,e um desespero do qual, jamais havia provado.
-vamos amor?-disse tom,interrompendo seu debate espiritual. Ela assentiu com a cabeça, e pareceu levar um susto,porém breve se recompôs tentando disfarçar sua recaída. Caminharam juntamente até a porta,e desta feita entraram numa limousine preta,sendo dirigida por um de seus choffer's. O automóvel havia dado partida,quando claire se lembrou subitamente daquele dia. O dia em que pegara o trem para paris,e deixara tudo para trás,visando a sua felicidade ser amplamente o dinheiro e sua carreira,esquecendo do seu grande romance com Ryan;um jovem muito bonito,que a esta altura devera estar namorando,ou ate casado-se precipitou ela.
-claire?você esta muito estranha hoje!-a voz de tom havia sugado seus pensamentos,e era como se ela houvesse esquecido toda dor que sentira por um breve momento. Eu sempre estou estranha.você nunca percebeu?-murmura ela,negando com a cabeça. Ele dá de ombros,e se acomoda no banco detrás,observando uma forte neblina chegar em são Paulo. Eles estavam hospedados em um hotel em são Lourenço,por persistência de um jantar do senhor Jim way,um milionário renomado de Brasília. Hoje haveria uma grande comemoração,pela nova empresa aberta em seu nome;a Ryan media. Ryan,este nome era tao familiar para claire,que sentira um arrepio penetrar em seus fios e em sua pele,causando uma grande bonança em seu interior. Ela observou o marido,já desgastado,e sorriu para ele,que retribuira,disfarçando uma ira cômica por hoje não poder estar ao lado de Ryan Bueno. Realmente,ela havia se sentido mal em relação a esses últimos dias.era como se tom fosse o culpado por ter abandonado seu grande amor;por tê-lo deixado a míngua,sem uma única noticia; desta feita,a moça apoiou sua cabeça na janela fumê, e desenhou alguns círculos pela umidade que formara. derrepente ouve silencio,e o automóvel fora estacionado. A porta breve se abriu;
-senhorita...-disse Cícero,o choffer fiel,dando passagem para a senhora. Ela se levantou graciosamente,descendo do carro,segura à calda do vestido. Logo descera tom;irreverente,e sorridente,como de costume,fazendo de seus hábitos luxuosos sua enorme rotina. Claire atou seus braços ao de seu noivo imediatamente,e entraram na mansão, ultrapassando o jardim.
A moça não ria;não demonstrava felicidade pelo convite,e muito menos acenava para os demais executivos;tom notara,e com um ríspido aceno para o snr° ministro,encolheu-se em uma estribeira de mudas,e repeliu a mulher:
-sorria,acene,cumprimente,por favor,não me faça passar vergonha claire!-ele disfarçou o olhar firme e seguro que lançava sobre ela,e sorriu.-agora vamos.faça como lhe disse,não me desobedeça.você nunca passou sem acenar para alguem,não se lembra quem te deu tudo oque realmente precisava para ter uma vida de luxo e glamour? A moça assentiu,engolindo a seco,e retornaram a caminhar,entrando na casa de Jim,a passos curtos e demorados. Finalmente,haviam conseguido permanecer próximo ao senhor Jim;
-sua noiva é muito bonita tom,esta de parabéns.-comentou Jim,observando um leve sorriso se formar no rosto daquela jovem. Tom regulou a gravata,e fixou suas mãos na cintura fina da esposa.
-obrigada Jim,ela é o meu troféu. Sabe,quero construir uma familia,ter um homenzinho,que possa sucessivamente cuidar de meus negócios. Claire havia ficado pálida,e não saberá ao certo se estava em estado de repugnação,ou de desespero. A palavra familia a conturbava muito,desde que abandonou a sua em Roma.
-vou ao toalete meu bem.-ela disse,sem interromper a conversa. Tom assentiu,puxando-a para si,e deu-lhe um Celinho repulsivo; as câmeras captaram desde o rosto de claire,ao momento da união dos lábios distintamente novos do casal. Ela sorriu e acenou,caminhando discretamente o mais rápido que pudia ao banheiro. Retocou sua maquiagem,passou novamente o batom, e engoliu a seco,lembrando do beijo que a poucos haverá sentido de seu marido. Ah quanto tempo não o-beijava;não sentia a rispidez de seus lábios alcançarem os meus. Meu deus,como eu estará enojada!como eu pude ceder e beija-lo? Derrepente duas leves batidas na porta,a distraíram deste pensamento benevolente e ela a abriu;era uma jovem loira,de olhos castanhos claros,mais pareciam dourados. Ela vestira um blaser preto e uma saia justa,mostrando estruturamente seu corpo esguio e perfeito. Ambas se comprimentaram com um sorriso,quando a jovem loira apanhou o celular,digitou o numero de ryan Bueno,e ligou; claire já havia terminado de se arrumar,colocou a bolsa em seus ombros,e sorriu para a jovem que com um gesto,pediu para que parasse. A moça,permaneceu na porta,esperando que aquela ligação acabasse,para seu querido marido não sentir sua falta.
-tudo bem amor,pode deixar.eu vou sim te ver.que pena que não participara do jantar hoje,adoraria te ver.-disse a mulher,e claire acabou por revirar seus olhos.a jovem logo continuou.-beijo ryan,e desligou. Ao ouvir a pronuncia Ryan, a senhorita noiva sentira seu rosto empalidecer e um ar sufocavel a prendeu. Sentiu sua garganta secar,e fechou os olhos. Sera o meu Ryan? Oh não, meu Ryan esta perto de mim? A jovem loira,ao se dar conta do estado de uma moça agora com o semblante amarelo,se aproximou e tentou acalma-la. Claire se negou,alegou que o vestido estará apertado,e a jovem se ausentou daquela expressão preucupada em seu rosto.
-meu nome é Kátia. Prazer. A senhorita,não fez menção de dizer nada,apenas assentiu e emprestou o batom vinho que Kátia tanto havia feito a esperar.
-obrigada. Claire sorriu,e saiu do banheiro as pressas,sentindo seu sangue bombear forte em seu corpo,e seu coração acelerar,experimentando um ar sulfocante e doloroso,que poderia ser a condenação de sua verdade.

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