Capítulo 13

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ILUSÃO | CAPÍTULO 13

ANTERIORMENTE: Iza é presa;
A perícia encontra as digitais dela na arma do crime; Thiago e Jean estão namorando; Bruno se choca com a notícia da prisão de Iza.

CENA 01. APARTAMENTO DA FAMÍLIA FERRAZ. INT. SALA DE REFEIÇÕES. DIA.

Todos estão à mesa tomando o café da manhã.
BRUNO - Eu vou para Angra.
MARTHA - Pelo amor de Deus, filho, vai fazer o que lá? Ver aquela mulher? Ou pior, ser enganado de novo por ela?
BRUNO - Eu preciso ouvir, preciso que ela me diga que  tudo o que vivemos foi uma mentira. Eu me entreguei de verdade a essa paixão, não é possível que isso só foi verdadeiro só da minha parte. Eu preciso ouvir com todas as letras que foi tudo um plano deles.
MARTHA - Bruno, eu sei que é difícil acreditar, mas tá na cara que ela te usou meu filho. Ela nunca te amou, o que ela queria mesmo era o nosso dinheiro, por mais que me dói te dizer isso, mas é a verdade.
BRUNO - Eu não sei mãe, eu não sei mas o que pensar... Só vou conseguir mesmo depois de falar com ela pessoalmente.
MARTHA - Por favor, não faz isso.
BRUNO - Eu tenho que ir.
Ele sai.
MARTHA - Anda Gilberto.
GILBERTO - O que você quer que eu faça?
MARTHA - Que seja pai, que vá atrás de seu filho e o impeça de fazer essa loucura. Pelo amor de Deus, acorda homem.
Ele se levanta para ir atrás de Bruno.
MARTHA - Rápido.
ESTELLA - Mamãe, não precisa falar desse jeito com o papai.
MARTHA - Eu tô nervosa filha, e também o seu pai é só sonso, sinto muito, mas é sonso... fazer o quê?
THIAGO - Para Estella - Mãe, eu queria falar com você.
ESTELLA - O que é?
THIAGO - Depois eu digo, a sós.
ESTELLA - Tá bom, deixa só eu terminar o café e vamos para o meu quarto.

CENA 02. APARTAMENTO DA FAMÍLIA FERRAZ. INT. QUARTO DE ESTELLA. DIA.

ESTELLA - O que foi meu amor?
THIAGO - É que eu...
ESTELLA - Que você?...
THIAGO - Eu tô ficando com uma pessoa.
ESTELLA - Essa mania de vocês dizendo ficar... tá, mas me diz como é que ela é. Ela é bonita?
Ao que sua mãe diz ela o coração dele para. Thiago nunca pensou em se assumir para sua a mãe daquela maneira, e quando ela pergunta se é uma menina ele não sabe o que dizer.
ESTELLA - Não vai me responder? Peraí deixa eu adivinhar... é a Manu, não é?
THIAGO - Não mãe, não é ela. É outra pessoa. 
Ele sai.

CENA 03. PRÉDIO. INT. GARAGEM. DIA.

Na garagem Gilberto para Bruno.
GILBERTO - Meu filho, vamos conversar.
BRUNO - Te mandaram me impedir, não é?
GILBERTO - Meu filho, entenda que não vai resolver nada você ir lá falar com ela, você tá muito abalado, não é bom ter essa conversa com os nervos à flor da pele, e também não vou te deixar sair de carro desse jeito.
BRUNO - O que eu faço pai?
GILBERTO - Nada. Não faça nada deixa que o tempo passe. O que você pode fazer agora para mudar essa situação? Nada.
BRUNO - Eu amava ela.
GILBERTO - Realmente, foi jogo sujo o que eles te fizeram filho. Você é um bom moço, tem o coração bom, não deixa que isso te abalar. Eu sei que esse amor parecia ser real e que você se entregou, mas você vai encontrar alguém que te ame de verdade.
BRUNO - O pior é que eu me apaixonei por ela de verdade e agora vejo que era tudo uma ilusão.
Ele abraça o filho.
GILBERTO - Eu tô aqui para te ajudar, conta comigo pra tudo.
BRUNO - Obrigado pai.

CENA 04. APARTAMENTO DA FAMÍLIA FERRAZ. INT. QUARTO DE MARTHA. DIA.

MAURO - Dona Marta, me dói o coração ver o Bruno desse jeito.
MARTHA - A mim também.
MAURO - Não precisava disso, não precisava ter metido essa moça. Era só matar ele e pronto.
MARTHA - Quem é você para dizer o que eu devo ou não fazer? O que eu fiz foi o certo, vai doer no início, mas vai ser bom para ele. Eu não podia permitir que meu filho ficasse junto daquela moça, ela não é mulher pra ele.
MAURO - Como a senhora vai saber o que é bom para o seu filho?
MARTHA - Eu sou mãe, eu sei. Às mães sempre sabem e se você tem amor a mim e ao seu emprego é melhor parar com esse assunto.
MAURO - Tá bem, eu só queria mesmo saber se eu posso aproveitar esse resto de domingo de folga.
MARTHA - Tudo bem.

CENA 05. APARTAMENTO DE MAURO E GUTO. INT. SALA. DIA.

GUTO - Em casa essa hora?
MAURO - Ela me deu a tão sonhada liberdade.
GUTO - Fiquei sabendo da confusão com a família dela, como é que tá o clima lá?
MAURO - Tá péssimo.
GUTO - Ainda bem que você veio para cá, é bom sair um pouco daquilo.

CENA 06. DELEGACIA. INT. CELA. DIA.

Iza lembra do seu jantar de noivado.
Flashback:
Mauro pega em uma copo sobre o balcão e com o copo empurra a faca que vai ao chão.
MAURO - Nossa, que desastrado. Se importa de pegar a faca? Eu to com a mão toda suja - mostra.
IZA - Imagina.
Ela pega a faca do chão.
MAURO - Coloca ali naquele outro balcão - aponta.
Ela põe.
MAURO - Desculpa te incomodar.
IZA - Que isso.
Fim do flashback.
IZA - Pensando - Se ela quis matar aquele Jorge e me incriminar, ou ele sabia de alguma coisa dela, ou tinha algo com ela, e eu com certeza era para me separar do Bruno.
CARCEREIRO - Seu pai está aí.
Sala de visita.
AGENOR - Filha, como é que você tá?
IZA - Péssima pai, agora presta atenção no que eu vou te dizer. Foi a dona Marta que armou isso pra mim.
AGENOR - Como assim filha? Tua sogra?
IZA - Esse Jorge que morreu, o que estão dizendo que eu que matei... ele e ela se conheciam. Pai, a arma do crime que usaram era uma faca que eu peguei no chão da casa dela, no dia do meu jantar de noivado.
AGENOR - Como assim?
IZA - Quando eu cheguei lá, ela me chamou na cozinha, lembra? Disse que o mordomo queria falar comigo. Assim que eu cheguei ele deixou a faca caiu no chão e eu a peguei.
AGENOR - Mas ele a usou?
IZA - Me pediu para que eu deixasse em um balcão limpo, ele não pegou de volta. Pai, não é possível, a faca é idêntica a que o perito me mostrou e ela tem minhas digitais.
AGENOR - Então é a mesma, foi uma armação.
IZA - Tenho certeza.
AGENOR - Ela é a mandante.
IZA - Você precisa me ajudar.
AGENOR - Eu vou filha, prometo que vou te tirar daqui. Essa mulher vai ser culpada e vai pagar por esse crime.

CENA 07. APARTAMENTO DE MAURO E GUTO. INT. SALA. DIA.

Mauro mexe no computador, Guto escondido observa.
Ele sai para tomar água.
GUTO - É agora ou nunca.
Ele encontra os áudios salvos.

CENA 08. CASA DE PRAIA DE LARISSA. INT. SALA. DIA.

Agenor conta o que Iza lhe disse para Larissa.
LARISSA - Então foi tudo uma armação dessa mulher.
AGENOR - Só pode ser.
LARISSA - Minha própria amiga... Ah, mas essa vagabunda vai se ver comigo.

CENA 09. CASA DE MERCEDES. INT. SALA. DIA.

MERCEDES - Irmã de Jorge - Nosso irmão está morto Geraldo, morto.
GERALDO - E na casa dela...
MERCEDES - Só pode ter sido ela, mas isso não vai ficar por isso mesmo. O menino tem o direito de saber, de enterrar o pai.

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