Capítulo 14 - (Último Capítulo)

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ILUSÃO | CAPÍTULO 14 
FINAL

ANTERIORMENTE: Martha proíbe Bruno de falar com Iza; Thiago tenta dizer a sua mãe que é gay, mas ela atrapalha a conversa; Gilberto convence Bruno a desistir de procurar Iza; Guto encontra os áudios que Mauro salvou; Larissa descobre que foi tudo uma armação de Martha para incriminar sua filha; Mercedes diz que precisa contar a verdade a Bruno.

CENA 01. CASA DE MERCEDES. INT. SALA. DIA.

Ela consegue o número de Bruno e resolve ligar para ele.
MERCEDES - Bruno.
BRUNO - Sim, quem é?
MERCEDES - Você não me conhece, mas precisamos conversar.
BRUNO - Olha, não tô no clima para pegadinha.
MERCEDES - Eu sei quem matou o Jorge, não foi a moça. 
BRUNO - Que brincadeira é essa?
MERCEDES - Não é brincadeira, você precisa saber a verdade. Vou mandar meu endereço por mensagem, se quiser conversar comigo, me procure.
Desliga.
MERCEDES - Ele não quis me ouvir por telefone, mas também , né… não posso forçar ninguém, se ele realmente quiser saber a verdade, vai me procurar.

CENA 02. COLÉGIO OPÇÃO. INT. DIA.

Jean espera Thiago no portão.
JEAN - Tava te esperando.
THIAGO - Demorei?
JEAN - Um pouco. Mas é que eu tava com saudades de te ver, pessoalmente.
THIAGO - A gente podia ir sei lá… comer alguma coisa depois da aula. O que cê acha?
JEAN - Vou adorar, aproveitamos para namorar um pouco.
THIAGO - Vamos entrar?
JEAN - Vamos.
Eles entram na escola, os alunos começam a olhar para eles.
THIAGO - Parece que eles já sabem.
JEAN - Algum problema?
THIAGO - Não, nenhum. Quer dizer… olha como eles nos olham, parece que estamos sendo julgados.
JEAN - Me dá sua mão.
THIAGO - Aqui?
JEAN - Qual é o problema? Não quer dar uma resposta?
Ele dá a mão e caminham até o meio do pátio.
THIAGO - Isso foi demais.
Eles se beijam. Ao fundo uns alunos aplaudem e outros os insultam, mas eles não ligam.

CENA 03. APARTAMENTO DE GUTO E MAURO. INTERIOR. SALA. DIA.

Guto ouve os áudio que copiou de Mauro.
MARTHA - Áudio - Isso vai ser um golpe de mestre. Ninguém deverá suspeitar que fui eu que encomendei a morte de Jorge. O que todos vão acreditar é que foi um crime passional, cometido pela Izadora, amante dele.
GUTO - Estarrecido - Meu Deus… o que eu faço com isso?

Anoitece.

CENA 04. APARTAMENTO DA FAMÍLIA FERRAZ. INT. SALA. NOITE.

Todos estão reunidos na sala. A campainha toca sem parar.
MARTHA - Meu Deus, quem será a essa hora?
Mauro abre.
LARISSA - Eu vim falar com você, sua cachorra.
MARTHA - Como você entrou aqui?
LARISSA - Como eu entrei ou deixei de entrar, não interessa. O que interessa é o que eu tenho pra falar.
MARTHA - Então, já que entrou... fala, mas fala logo e vai embora daqui.
LARISSA - Daqui eu só saio depois de dizer tudo o que tenho pra falar.
MARTHA - Sou todo a ouvidos. Vamos, diga!
LARISSA -  Eu sei o que você fez com minha filha, acusou ela de ter matado aquele um lá. Mas quem mandou matar ele foi você não é? O porque eu não sei, mas mandou.
BRUNO - Do que ela tá falando, mãe?
MARTHA - E eu lá sei. Essa mulher é louca, desclassificada.
LARISSA - Minha filha me contou que reconheceu a arma do crime. Ela viu aquela faca aqui, na sua casa.
MARTHA - Se a faca é minha porque a digital que tá lá é da mão dela?
LARISSA - Porque você fez ela pegar nessa maldita faca aqui, no dia do noivado dela. Ele - aponta para Mauro - tá de prova.
MARTHA - Então responda Mauro.
MAURO - Eu não sei do que essa senhora está falando.
MARTHA - Vai embora da minha casa Larissa, ou vou ser obrigada a chamar a polícia.
LARISSA - Eu vou, mas não antes de fazer isso.
Ela dá um tapa na cara de Martha.
MARTHA - Tira essa louca daqui.
LARISSA -  Não encosta em mim! E você Bruno, se realmente ama minha filha acredite nela. Sua mãe tá mentindo.

1  Dia depois.

CENA 05. CASA DE MERCEDES. INT. SALA. DIA.

MERCEDES - Olhando para Bruno - É impressionante a semelhança entre você e seu pai.
BRUNO - Meu pai?
Ela mostra um retrato de Jorge quando jovem.
MERCEDES - Sua mãe e ele tiveram um caso de anos. 
BRUNO - Não, não é possível.
MERCEDES - Eu sei que é um choque. Meu irmão passou a chantagear sua mãe recentemente, ameaçando revelar o caso para o marido dela, e é por isso que eu te chamei aqui.
BRUNO - Você acha?
MERCEDES - Acho. Eu posso garantir que meu irmão nunca sequer conheceu aquela garota que estão acusando de ter matado, ele. Eu e Jorge tínhamos uma sintonia, contávamos tudo um para o outro. Se ele foi capaz de me contar sobre você, porque não diria sobre ela?
BRUNO - Eu… eu… preciso pensar.
Ele sai para fora.
MERCEDES - Querido, onde você vai? 
BRUNO -Preciso saber de minha mãe essa história.
Ele liga para Martha, o telefone não atende. Ele grava uma mensagem.
BRUNO - Mensagem gravada - Mãe, eu já sei a verdade. Foi você quem matou o Jorge, não é? E… e ele é meu pai.
BRUNO - Eu vou indo.
MERCEDES - Calma.
BRUNO - Preciso resolver isso.

CENA 06. PONTE RIO-NITEROI. INT. CARRO.

Está chovendo forte, Bruno está emocionalmente abalado.
BRUNO - Porque meu Deus? Porque?
Ele acelera rapidamente, a água atrapalha a visão e quando ele vê seu carro entra debaixo de um caminhão.
1 Hora depois.

CENA 07. APARTAMENTO DA FAMÍLIA FERRAZ. INT. SALA. DIA.

MAURO - Dona Martha, tem um telefonema para a senhora.
MARTHA - Sim.
MÉDICO- Eu sinto muito, mas seu filho, Bruno, morreu.
FIM.

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