See yøu søøn, Buckley.

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See you soon
🐈‍⬛🥞🌷

[5 dias depois - Buckley's pov]
Quinta feira - 3 p.m

Lições de casa. Hoje me deram uma folga do trabalho então, estou adiantando tarefas que os professores passam sem piedade. Mas vale nota, pelo menos tem um ponto bom em perder tempo da minha vida para fazer isso.

Matemática. Odeio. Não consigo aprender isso nem que me paguem. Mas por sorte, eu sempre dou um jeito de tirar pelo menos 6 ou 7.

Decido dar uma pausa, pois isso esgota. Fiz um sanduíche para mim e comi. Peguei meu suco de laranja, coloquei na minha garrafinha azul, a fecho e volto para meus estudos.

Depois de uns 30 minutos, eu finalmente terminei. É um inferno fazer tarefas de exatas, e os professores não ajudam muito. Só estudo pois preciso de uma faculdade boa.

Bom, eu aposto que você deve estar se perguntando sobre a nova vizinha. Algumas coisas dela já chegaram pois eu percebi uma certa movimentação na escada e, principalmente, pessoas jogando sem dó as caixas no apartamento de cima.

Eu realmente espero que ela não se importe com os pássaros fazendo barulho logo de manhã.

Ao que tudo indica, a garota também está no último ano do ensino médio. E como só tem uma escola e uma sala para o 3º, parece que iremos estudar juntas.

Sono. Isso é o que consome meu corpo nesse momento.

Deitei na minha cama e me cobri, porém, o sono conseguiu me abandonar. Merda. Estou em uma posição tão confortável!! Tenho mesmo que sair daqui??

Não. Eu não tenho. Foda-se! Amanhã eu limpo essa droga toda. Preciso de um cochilo.

Depois de tanto forçar, eu durmo.

[💭…]

Escuro. Tudo estava escuro.

Era desesperador aquela sensação.

Sozinha. Eu estava sozinha.

Tentei falar, mas foi em vão.

Gritar? Também.

Além de sozinha, sem voz alguma. Maravilha.

Eu ouvi passos. Estava se aproximando.

Eu pensei em correr, mas eu não conseguia. Meu corpo estava congelado.

– Não fiquei com medo, você sabe com quem está falando, não sabe? – Disse.

Era ela. Reconheci sua voz. Por que em um lugar tão escuro, Nancy Wheeler?

– Está muito escuro. – Finalmente consegui dizer algo.

– Oh, relaxe, eu estou aqui. – Segurou minha mão e começou a acariciá-la. Não esperava esse tipo de contato, sinceramente. Sua pele em contato com a minha era arrepiante, pois justamente onde seus dedos passavam, eram meus pontos fracos. Idiota. Parecia que ela sabia como me desregular.

De pouco em pouco, aquele lugar todo escuro ficava mais claro, o suficiente para ver a silhueta do corpo da mais baixa na minha frente. Estava olhando para meu rosto, provavelmente. Ela estava perto, e parecia que se aproximava mais quando eu tentava procurar seus olhos. Eu já conseguia sentir sua respiração no meu rosto.

– Não ache que eu sou apenas um sonho. Isso pode ser estranho mas, eu prometo que irei lhe ver logo, meu bem. – Pegou a sua outra mão e colocou na minha bochecha, fazendo uma carícia ali. 

Ela chegou mais perto e cheirou meu pescoço. Confesso, aquilo me arrepiou. Que droga.

– Você cheira a bolo, Robin. – Disse com uma voz rouca, próximo ao meu ouvido. Aquilo já estava me enlouquecendo.

Work of art | {robin+nancy}Onde histórias criam vida. Descubra agora