Super

Dor

Há dias atrás, Damon havia concordado em deixar Lizzie ajudá-lo, porém, apesar de tudo, ele ainda sabia muito pouco sobre ela. Decidiu que antes de começarem a procurar por Sarah, ele deveria conhecê-la melhor, com o fim de saber qual seria o melhor jeito de ela o ajudar.

Lizzie então começou dizendo novamente seu nome, em seguida disse onde trabalhava, e acrescentou que sabia quem James era. Damon, confuso, perguntou como. Lizzie respondeu que ela trabalhava na Dock's Warehouses, mas não conhecia Sarah pois ela havia preenchido justamente o lugar dela na empresa, e só havia conhecido James a algumas semanas. Damon não entendeu como ela sabia que falavam do mesmo James. Lizzie relatou que um homem de terno sempre entrava na empresa querendo ver o chefe, e sempre tinha "James" escrito na gola. Quando Lizzie perguntou ao seu chefe quem aquele homem era, ele apenas relatou que não poderia dizê-la, pela sua própria segurança. Lizzie soube imediatamente que o homem participava de atividades ilegais. Lizzie também disse que pensou em se demitir ao saber daquilo, não podendo ajudar em algo errado,mas não podia, pois precisava do dinheiro para cuidar de sua mãe que estava internada com uma doença grave.

"Entendo...lamento pela sua mãe."

"Obrigada. Os médicos estão com esperanças altas, dizem que ela deve melhorar em breve."

"Fico feliz em saber disso." Disse Damon.

"Mas então...você conhece James?"

"Como acabei de falar, não o conheço pessoalmente, porém sei quem ele é. Mas só fui descobrir que era traficante quando você me contou."

"Entendo. Bem, acho que isso poderá nos dar uma vantagem. Já sabemos com quem ele faz negócios."

"Mas não deveríamos ir até a polícia primeiro? Se eles puderem resolver tudo isso sem termos que intervir, será melhor."

"Sim, eu também acho. Irei na delegacia daqui a pouco, vou informar tudo que sabemos a eles, espero poderem nos ajudar."

"Tudo bem, faça isso. Olha, tenho que ir, vou visitar minha mãe. Mais tarde eu passo aqui para saber como foi."

"Tudo bem, até mais."

Damon e Lizzie se despediram, e logo após Lizzie sair, Damon foi até a delegacia para ver se alguém o ajudava com aquela situação.

"Oi, com licença."

"Pois não?" Disse o detetive, elegante, de terno.

"Queria fazer uma ocorrência."

"Sim, é claro. Venha comigo por gentileza."

Damon seguiu o detetive até a sala de entrevista onde o contou todo o caso.

"Bem, o senhor tem alguma prova dessas alegações?"

"Provas concretas não tenho, mas conheço Sarah e ela nunca iria voltar pra esse homem depois de tudo que aconteceu. Além do mais, tenho o bilhete que ele deixou."

"Entendo... Olha senhor, eu sinto lhe dizer isso mas, ao meu ver, sua mulher te deixou, ela não foi seqüestrada."

"Como o senhor ousa dizer isso?! Mas e esse bilhete?! Isso prova que ela não foi de bom grado!"

"Não meu senhor, esse bilhete realmente é curioso, mas ele não prova nada. Não é prova de um sequestro, e com base nas suas alegações não fundamentadas, não há nada que eu possa fazer. Me desculpe."

"O que?! Ta, tudo bem, não preciso de vocês, eu mesmo vou achá-la!" Disse Damon enquanto saia enfurecido da delegacia.

Enquanto isso, Lizzie, em seu caminho ao hospital, estava pensando no que havia se metido. Ele simpatizou com a história de Damon e quis ajudar puramente porque se sente culpada de estar de certa forma dando assistência a James por meio da Dock's, mas ela também sabia que aquilo era um assunto sério e que corria perigo. Apesar de tudo, ela sabia que havia tomado a decisão certa ao dizer a Damon que queria ajudá-lo.