Capítulo 7

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Estava pronta para uma noite com os amigos, do contrário da última vez que saímos essa eu iria aproveitar de verdade. Eu estava desempregada , o chefe me ofendeu de cara forma e eu também não fiquei quieta então não tinha dúvida nenhuma que estava fora da empresa o que me restava seria aproveitar pois voltaria a mandar currículos no dia seguinte.

Olho o meu reflexo no espelho e gostava bastante o que via. Um vestido preto bem colado ao corpo, jaqueta de couro da mesma cor e nos pés uma sandália dourada de tiras que davam voltas em meu tornozelo formando um lindo detalhe.

Deixei os cabelos soltos com cachos, batom vermelho e uma bolsa preta com correntes douradas e eu estava pronta para a noite. Chris me manda mensagem avisando que já estava chegando, meu amigo avisa que sua irmão não poderia ir dessa vez pois teria prova muito cedo no dia seguinte.

Quando ele chega me manda mensagem e eu a leio saindo imediatamente para o seu encontro. Entro no carro e o meu amigo me olha já sentada parecia abismado.

— Nossa , assim ficarei me sentindo o cara com uma mulher dessa ao meu lado. — ele brinca.

Ele deu partida e chegamos a boate onde ele fez reservas. Sempre no começo da noite todos estavam recatados, mas seria questão de tempo pois que o álcool subisse a cabeça teria pessoas rebolando até o chão. E não demorou muito para isso acontecer, já num horário um pouco mais tarde , depois de muitas doses de vodka já estava muito animada dançando alegremente junto a amigo .

A música era alta e as vezes para conseguir falar alguma coisa tinha que chegar nem perto do ouvido e falar num tom alto para que fosse possível ter algum diálogo se queríamos conversar algo seja com qualquer pessoa.

Então eu sinto uma mão em meu ombro e viro para olhar quem estava se atrevendo a isso.

— Quem...— olho para o homem.

Henry estava logo atrás de mim, com o semblante de poucos amigos e parece ter bebido assim como eu. Ele olha para Chris depois volta o olhar para mim .

— Você tem trabalho amanhã, melhor ir para casa.— ele ousou dizer isso.

— Não, eu não tenho trabalho.— afirmo irritada.

— Siiim, você tem Lilly!!!— ele fala mais alto.

— Eu fui demitida.— grito.

— Você não foi !!— ele estava ficando mais bravo.

Eu não fui ? Como assim ? Eu tinha dado as costas ao grande e exigente chefe na maior cara de pau e não tinha sido demitida. .

— Então agora eu estou sendo, me de licença.

— Dou as costas voltando a dança e

— Você não está. Venha.— ele segura meu braço.

— Me larga ! Que merda.— grito.

Meu amigo vai para cima de Henry e ele não fica atrás se Armando para uma briga também. Eu entro em meio aos dois e tento impedir.

— Para !!— grito .

— Eu cuido dela.— Chris grita.

Eu odiava o fato de ter pessoas me tratando como criança, eu sempre fui dona de mim e ninguém nem mesmo meu amigo poderia afirmar que estava cuidando de mim , como se eu fosse incapaz.

— Ninguém está cuidando de mim Ah vão a merda!— sai do meio dos dois.

Caminho para fora da boate pisando firme irritada. Me perguntando o que deu em Henry para fazer aquilo. Já estava caminhando pela calçada quando Henry desce do carro e com ao meu encontro.

– Me deixe te levar para casa !— ele pede.

— Não, não quero.— ignoro seu pedido

Dei apenas dois passos até começar a me sentir muito tonta. Não que não estivesse antes mas agora é bem pior. Eu não comi nada antes de vir e acabei bebendo de barriga vazia o que evidentemente não daria em nada bom. Cambaleio para o lado tentando me equilibrar. ‐Henry corre até mim me segurando pelos ombros.

— Deixa eu te ajudar Lilly.— ele pede mais uma vez.

— Não, eu não...preciso. — continuo irredutível.

— Ahhh que mulher teimosa, então tá...— ele vem até mim.

Ele me pega pelas penas colocando em seus ombros. Começo a bater em suas costas mais sem sucesso nenhum porque meus tapas com certeza o máximo que conseguiria fazer ele sentir era cócegas.

— Eu vou lhe denunciar.— grito com dificuldade.

— Está bem, tenho muitos advogados.— ele zomba.

— Você se acha. — desisto ficando quieta.

— Se você pensa assim. — ele ignora.

Ele me coloca no banco de trás do carro e senta ao meu lado, o motorista dele da a partida e o carro segue para algum lugar indeterminado ou era que eu não estava conseguindo distinguir por conta do álcool.

Eu acabo dormindo no caminho, quando sinto o frear do carro abro os olhos atordoada e eu estava encostada no ombro de Henry que me olhava atento.

—Por que me trouxe para cá ?— ela fica assustada.

— Para você não ficar sozinha passando mal desse jeito.

Desço do carro com um pouco de dificuldade e nego tocar na mão dele. Sinto então uma ânsia muito forte, passo a mão no peito e sem conseguir segurar mais, vomitando ali na sua garagem. Ele estava logo atrás e me ajuda tirando os cabelos do rosto.

—Sim claro, você está muito bem.— ele pirraça.

Eu paro tento arrumar os cabelos , olho para ele e seu semblante era preocupado .

— Eu não vou dormir com você .— faço com o dedo um sinal de negativa.

Ele junta as sobrancelhas completamente confuso e me ajuda a caminhar para dentro da sua casa.

— É óbvio que você não irá dormir comigo. — ele afirma com convicção.

Eu olho para ele com sua mão em minha cintura ajudando a andar para p local planejado. Seu rosto lindo, sua barba bem feita não consegui disfarçar o olhar.

—Seu rosto está como no sonho que tive.— solto a informação, consequência do álcool.

— Que sonho ?— ele pergunta curioso querendo fazer com que eu revele.

— Um sonho quente, você me beijava e me apertava conta a parede...— falo lembrando da cena.

Os olhos dele eram brasa naquele momento, senti engolir a seco e passar a língua sobre os lábios num sinal de nervosismo.

— Vai dormir, amanhã você vai para casa. — ele me deixa na cama de hóspedes e sai rapidamente.

Não entendi a sua reação depois que contei sobre o sonho, na verdade eu não estava entendendo era absolutamente nada e cai na cama do jeito que estava. Apagando completamente.

Sou sua, assistente pessoal.Onde histórias criam vida. Descubra agora