Capítulo 6

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Eu noto a claridade do nascer do dia começar pouco a pouco entre as frestas da janela, não tinha dormindo ainda até aquele momento mais logo peguei no sono..

Não sei quanto tempo passou mas escuto o despertador tocar, parecia que eu tinha dormido poucos minutos e já era despertada para me preparar para o trabalho. Hoje iria ser um dia longo pois trabalhar exausta era horrível . Me preparo com uma roupa formal e cabelos soltos, passei uma maquiagem sutil como sempre mais foi inútil , as olheiras leves estavam evidentes abaixo dos meus olhos.

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Chego a empresa , bocejo e tento disfarçar a ação. Subi até a cobertura e entro na sala da presidência por sorte ele não tinha chegado, não sei com que cara iria olha-lo depois do sonho dessa noite. Mesmo ele não sabendo, eu sabia e isso me deixava desconfortável.

— Lilly...— a voz grossa me chama logo atrá fazendo assustar-me.

Quando viro o rosto Henry está ali me olhando intrigado e eu corei, colocando em minha cabeça que ele estava percebendo algo, o que seria impossível.

— Você está bem ?— ele.pegunta confuso.

— Eu ? Muito bem. Estou maravilhosamente bem .— falo nervosa indo até minha mesa .

— Você parece não ter dormido bem !— ele me observa.

—Por que diz isso ?— pergunto assustada.

Ele estava falando como se soubesse de algo e eu ficava ainda mais nervosa, além de corada ao extremo.

— Está com semblante cansado , olheiras. — ele me olha intrigado — Você está corada ?—

— Eu ?— passo a mão no rosto ainda nervosa — Não, não estou. O que devo fazer agora ? Sobre o trabalho...

Ele ficou tão confuso quanto eu, me olha de canto e balança a cabeça em forma de negação

— Você realmente é estranha as vezes.— ele repete o que já tinha falado uma vez.

Eu desviei o olhar para o notebook aberto a minha frente e comecei a digitar um documento que eu reparei que a antiga assistente deixou pendente. Ele vai até a sua mesa agora em silêncio e fixa nos seus afazeres também, não podia negar que vez ou outra eu o olhava digitar rapidamente em seu computador. Apreciando a imagem homem a frente, com sua barba rala e cabelos lisos castanhos, bem penteados.

— Você está me encarando Lilly?— ele pergunta mesmo sem olhar.

Como pode ele notar quando eu ele nem estava me olhando, o seu olhar estava no computador a frente ou então quando eu pisquei ele olhou, seria a única explicação.

— Não estou Henry.— olho para o notebook.

— Você está.— ele afirma com convicção .

O silêncio toda conta novamente da sala e poucos minutos depois ele fica de pé fechando o botões do terno , sai da sala apressado e bate a porta me fazendo pular na cadeira, ele era bem imprevisível.

Foquei no que estava fazendo afim se tirar aquelas coisas que ficavam assombrando minha cabeça depois daquele sonho. Então cerca de trinta minutos depois ele entra abruptamente na sala visivelmente irritado e um dos rapazes do RH vinha o acompanhando nervoso.

— Senhor, foi apenas um erro de digitação. Posso afirmar que até a noite ele está assinado novamente. — ele tentava explicar

— Erro de digitação? Isso aqui é uma empresa do nível de ter erro de digitação?— ele grita com o homem.

Nesse pouco tempo que estava ali , nunca o vi nem perto do nervosismo que ele estava naquele momento. Observo tudo em silêncio.

— Saia daqui e traga esse contrato assinado até as cinco horas ou está demitido. — ele informa bastante alterado.

Deixei que o menino saísse da sala bastante humilhado, eu sabia que estava muito feliz pelo novo emprego mas eu me conhecia, eu tinha limites e não iria passar por isso como aquele pobre coitado fez.

Não desviei mais o olhar, continuei olhando para o computador terminando a lista com números relevantes para o caso de alguma remarcação e para que os serviços que presto a ele sejam ainda mais rápido.

— Onde está o contrato que pedi ontem ? — Ele me olhava fixamente.

— Senhor não chegou nada ainda no meu...— tento falar.

— Vocês são um bando de incompetentes. Estou cercado por pessoas in.com.pe.ten.tes . — ele faz questão de separar sílaba por sílaba.

Naquele momento eu não pensei duas vezes , deixei o notebook comprado por seu cartão encima da mesa. Fico de pé e ele me observa agora em silêncio. Sai da sua frente nesse momento e me dirijo até a porta nesse momento .

— Onde você pensa que vai ?— ele grita .

— Se estou sendo incompetente não tenho por que continuar com o senhor. Eu fico em um lugar onde valorizam o meu trabalho. — abro a porta.

— Lilly, volte aqui ...imediatamente. — ele parecia estar vindo até a porta.

Eu ignoro, saindo de lá sem olhar nem ao menos para o lado. Abro o elevador e ele estava vindo no corredor olhando em minha direção.

— Lilly...— tenta mais uma vez

A porta do elevador fechou, eu iria imediatamente no RH pedir minha demição mas estava tão atordoada que queria apenas sair de lá nesse momento. Depois eu voltaria afim de fazer isso.

Saiu da empresa apressada e viu até o meu carro. Eu sabia a profissional que eu era, acostumada a lidar com cálculos e algoritmos, estava agora olhando agenda de empresário e ainda sendo chamada de incompetente. Sei que era um sonho estar ali mas não iria permitir qualquer tipo de humilhação. .

Chego em casa, jogo a bolsa completamente irritada com aquele chefe grosseiro. Respiro fundo tentando manter a calma, não era o único trabalho na face da terra e iria atrás de qualquer outra coisa, aquilo deveria servir para ele saber que não podia tratar todo mundo daquela forma. O rapaz anterior a mim abaixou a cabeça e se retirou, eu não conseguiria jamais estar no meu local de trabalho e uma pessoa , nem por ser dono me fazer de chacota quando eu estava organizando aquela bagunça deixava pela antiga assistente, mas não levaria o nome de incompetente por aquilo que não era culpa minha.

Precisava de um banho e avisei aos meus amigos que logo após iríamos ao lugar onde estavamos um dia antes de começar semprego. Precisava  beber e relaxar agora.

Sou sua, assistente pessoal.Onde histórias criam vida. Descubra agora