Capítulo 4: Cobranças

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"LEONARD"

Acordo com o raiar do sol, não posso me dar ao luxo de dormir muito, tenho uma máfia para comandar, hoje meu dia está lotado, tenho reuniões, organização de envios de mercadorias e algumas cobranças. Por mais que eu viva quase que dentro de uma fortaleza, não consigo relaxar para dormir. Desde que me lembre é assim, durmo tarde e acordo cedo. Vamos lá começar o dia ... Me levanto, faço minha higiene pessoal, tomo um banho, me arrumo e desço para tomar um café rápido.

Subo na minha moto e sigo para o escritório. Chego lá meu braço direito já está com tudo meio caminho andado, confiro as mercadorias, quantidade, valores dentre outras coisas. Libero. Pego os arquivos do devedor e do ladrão, a reunião é com o tal do meu futuro sogro, está querendo antecipar o casamento. Sigo para a maldita reunião, decido falar com ele logo e descontar minha raiva nesses imbecis.

Após várias justificativas infundadas me irrito, já chega desse homem por aqui.

— Bom senhor Hill, não tenho intenção alguma em antecipar esse casamento, tenho prioridades que não abrirei mão. Irei sim me casar com sua filha como foi acordado, mas ainda não é o momento.

— Senhor Miller, minha filha se preocupa que sua reputação possa prejudicar o futuro casamento de vocês, então se casem logo e se comporte, assim sua fama acaba e vocês me dão meus netos.

— Como lhe disse, isso não vai acontecer. Tenho um planejamento e vou segui-lo. Agora preciso ir, tenho assuntos de negócios a tratar. Mande lembranças a minha futura noiva.

— Mas...

Saio da sala de reuniões enfurecido. Mania que todos tem de achar que porque sou novo podem mandar em mim.

— Que merda, já não queria me casar, ainda querem antecipar. Porr*. Preciso me distrair após as cobranças vou para a boate.

Subo novamente na minha moto e sigo para o galpão onde os devedores já estão. Abro as portas já em um baque, retiro o terno ficando só de camisa e calça, não quero sujá-lo de sangue.

— Olá, então achou que poderia se esconder e não me pagar?

— Me desculpe senhor Miller irei lhe pagar, só preciso de mais tempo.

— Sabe, o que mais me intriga? Não é a tentativa de fuga em si, é você ser abusado o suficiente de ainda entrar no depósito e tentar me roubar. Quero a minha mercadoria. Aonde está?

— Não fui eu senhor.

— Não é o que fiquei sabendo.

Vou até a mesa onde tem alguns acessórios de tortura, escolho um alicate de corte.

— Vamos tentar refrescar sua memória que tal?

Com o alicate em mãos, corto o dedo mindinho da mão direita dele.

— AHHHHHHH. Para senhor Miller, por favor.

— Claro, é só me dizer onde está o que me pertence que eu paro.

— Eu não peguei nada, apenas fugi porque não consegui o valor total para lhe pagar e não queria morrer.

— E quanto conseguiu juntar? Um terço? Metade? Fala Porr*

Dou um soco no rosto dele.

— Vai fala seu merda.

— Consegui quase tudo.

— E aonde está?

Agora escolho um martelo e dou um golpe no joelho do homem.

— AHHHHHH

— Vai me dizer ou prefere ficar sem mexer os dois joelhos?

— Tudo bem, está em um armário no correio.

— Está vendo... Não foi difícil falar, precisava de tudo isso? Olha minha roupa, está toda suja. Verifiquem se a informação é verdadeira. Tenho pressa.

— Sim senhor. Dizem os capangas.

Se passa cerca de 10 minutos os homens de Léo ligam avisando ter encontrado o dinheiro.

— Encontramos.

— Senhor Miller eu não lhe roubei.

— Eu sei. O ladrão está na sala ao lado.

Léo engatilha a arma e lhe dá um tiro no homem.

— Vamos para o próximo.

Vou até a outra sala, mais uma vez torturo o homem até descobrir a informação que quero. Mando, localizam a minha mercadoria, resgatam e mato o ladrão.

— Por hoje chega, preciso relaxar.

Essa é minha rotina, sempre assim, algumas reuniões, torturas, as vezes algumas missões mais perigosas, quando meu tio Javier pede, viajo em sua representação, deveria ser Bryan a viajar, mas ele vive fugindo de suas obrigações, sai todos os dias e volta bêbado, não conseguindo se levantar para ir ao galpão. Meu tio é bem temido e Bryan tem a fama de ser festeiro, diz ele que precisa aproveitar a vida antes de ser enforcado no casamento.

Pois bem, temos casamentos por contrato desde que nos lembramos, Bryan com Andreia herdeira da máfia Italiana, um acordo entre as mães de ambos, a mãe de Bryan era amiga da mãe de Andreia e se prometeram os filhos, antes mesmo delas engravidarem, meu tio era contra mais com a morte da minha tia ele acabou selando o acordo com Andrew Lee.

Já no meu caso, pouco antes de meus pais serem assassinados, sim eles foram assassinados dentro de casa, por isso não consigo dormir direito, não confio minha vida em ninguém, nem em meus homens, mesmo que eu não me recorde de nada, eu era muito pequeno, meu tio disse que se vingou, mas nunca me disse quem o fez, disse ser melhor assim, para minha própria proteção, quando fizemos 10 anos, eu e Bryan recebemos nossos contratos de casamento.

Minha futura noiva é Jessica Hill, herdeira da Máfia Russa, uma garota mimada que tem tudo que quer em suas mãos e agora, mas essa, ela invocou que quer se casar logo, eu até sei que minha fama, é de pegador, sou solteiro e aproveito sim, traço tudo quanto é mulher, o objetivo de meu tio em entregar o contrato quando ainda tínhamos 10 anos, foi justamente nos deixar cientes que jamais poderíamos nos apaixonar.

Tomo um banho, ali mesmo no galpão, sempre tenho roupas em meu escritório aqui, pois sempre saio coberto de sangue, meu braço direito, Alejandro sempre mandam lavar minhas roupas e repõe o guarda-roupa aqui. Visto uma camisa preta com uma jaqueta de couro por cima e calça jeans. Subo na moto mais uma vez sigo para a boate Seddución.

Trio da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora