LIBERTE-ME! - Livro único.

TRECHINHO DO PRÓXIMO LANÇAMENTO.

MAIS UM LIVRO NO FORNINHO.
O terceiro livro da série EU NÃO QUERO CASAR, traz pra você a história de Mirela e Jacob.
✓ Sexo casual.
✓ Encontros virtuais.
✓ Desencontros do amor.
✓ O famoso clichê gato e rato.
✓ E uma explosão de sentimentos contidos.
Vocês vão rir e se apaixonar pela explosiva baixinha e o seu Lúcifer Júnior.

🌸🌸

Corre, Mirela, corre! Você não pode fazer essa loucura com a sua vida. Digo para mim mesma, enquanto corro apressadamente desengonçada entre os tules e véus, atrapalhada pelo vento para bem longe, muito longe daquele altar. Esbaforida, eu paro e olho de um lado para o outro da rua em busca de um carro para sumir de vez desse lugar, mas todos estão devidamente travados. Inferno de gente precavida! Mas um sorriso vitorioso se abre em meu rosto lindamente maquiado quando vejo uma bicicleta estacionada em um poste, do outro lado da rua.
- Mirela Assunção, você vai me infartar, criatura! - Minha amiga de longas datas diz vindo logo atrás de mim.
- Nem vem Tuca Andrada, eu não vou voltar para aquela igreja! - rosno, apontando-lhe o meu indicador em riste.
- Você não pode fazer uma pessoa cheia de leite nos seios correr dessa maneira, sua maluca! Agora, volte para aquela igreja, para os braços do homem que te ama. - Ela ordena, puxando algumas respirações pesadas.

Louco, não é? Mais louco ainda é deixar nada mais e nada menos do que vocês zoiudos aí sem entender nadica de nada dessa confusão toda. Mas, para vocês entenderem o que está realmente acontecendo, eu preciso voltar ao começo de tudo.
Ok, eu vou contar, prometo, mas antes, eu preciso pegar daquela bicicleta emprestada e continuar com a minha fuga. Portanto, seguro as saias longas e cheias de tules do vestido branco e corro da maneira que pode para o outro lado. A merda toda é que eu bem que podia ter escolhido um vestido mais simples. Mas não, eu tinha que exagerar.
Por fim, monto na bicicleta aro 20 e começo a pedalar com dificuldade por causa do excesso de pano em cima de mim.
- Deixa de ser ridícula, Mirela! - Javier o papai do ano e também meu amigo de longas datas rosna correndo do meu lado. Reviro os olhos. Essa bicicleta bem que podia ser maior e esses panos todos bem que podiam sumir daqui para eu poder correr mais rápido. Penso me esforçando com o pequeno pedal, mas a danada parece não sair do lugar.

Droga! O destino não podia me trair dessa maneira.

Enfim, tudo começou na Red Moom. Lembra desse antro de perdição? A casa de show do glorioso Lúcifer... digo, do Gustavo Peterson? Tínhamos tudo tramado para finalmente unir Tuca ao Gustavo. Era um plano simples, prático e fácil de acontecer. O que não estava nos meus planos era por os meus olhos no Lúcifer Júnior, digo, jacob Willians. Caramba, ele tinha que exalar tanta sexualidade? Precisava ser gostoso e atraente ao extremo? Naquela fatídica noite dançamos até suar as nossas roupas e não era qualquer dança, era A DANÇA. Sabe, sexy, rica aqui e ali, toques ousados e etc. Terminamos essa festinha na minha cama e no dia seguinte, eu abri os meus olhos e dei de cara com aquela perdição nua na minha frente.
Eu babei e juro que você também barbaria também.
Um homem lindo, negro, alto, forte... muito forte, careca e ainda usando argolas? Ah, vai! Mas que puta sacanagem!
Enfim, ainda tivemos mais dois encontros esporádicos e muita conversa rolou nesse meio tempo. Mas foi uma conversa em especial que fez a droga toda acontecer.

- A droga do amor. Você já pensou na probabilidade de que esse sentimento nem existe de verdade? Pense bem. Se o amor realmente existisse, porque os homens traem as mulheres? Ou porque as mulheres insistem em machucar os homens? Ou ainda, porque os casais brigam tanto quando podiam se amar mais?  Vai por mim, o amor não é real. Ele é simplesmente uma ideia que ganhou uma proporção e muitas pobres garotas sonhadoras acreditaram nele e absorveram essa ideia. Mas não eu. Eu sou mais realista, pé no chão, cabeça colada no pescoço e não caio nessa. Portanto, homens, não sejam tolos de pensar que o meu coraçãozinho estará aberto para essa droga de amor, porque ele não estará. Contentem-se com o prazer na cama, com os orgasmos espetaculares e com os sons que a minha boquinha pode fazer, pois isso é tudo que terão de mim.
E falando em orgasmos...
- Espera, isso é sério? - Ele me interrompe.
- Isso é muito sério.
- Então, pra você o amor não existe? - Meneio a cabeça fazendo um não. - E se eu te provar que ele existe.
- Você não vai.
- Podemos apostar.
- O que?
- Uma aposta, Mirela.
- Que tipo de aposta?
- Você cria um perfil no Tinder.
- Aquele aplicativo de...
- Observe alguns caras, escolha que se encaixe no seu perfil. Converse com ele, se deixe levar e se após um encontro você disser pra mim, que não sentiu nada, você ganha a aposta.
- Um encontro, só um?
- Isso após um mês de conversa sincera. Não vale mentir, nem esconder o sente. Você terá que se abrir com o tal cara.
- Só isso?
- Só isso.
- E o que eu ganho de você perder a aposta? - Ele dá de ombros.
- Peça-me o que você quiser. - É claro que eu abri um sorriso grande e presunçoso. Aquela aposta estava no papo e eu sabia exatamente o que pedir.
- Feito.
- Ótimo! Pegue o seu celular.
- O que? Agora?
- Por que perder tempo? - Mexo os ombros com desdém.
- Então tá? Se está com pressa de perder, eu não faço questão de ganhar. - Pisco um olho, mas agora ele abre um sorriso presunçoso. - Mas, eu tenho uma contra proposta.
- Ah, é? Qual?
- Você também terá que baixar o Tinder, encontrar o seu perfil perfeito, conversar com ela por trinta dias e marcar um encontro. Pode ter certeza, que você não sentirá nada e que vai rolar nada depois. Assim provamos para ambos que essa droga de amor é balela e eu levo o meu prêmio. E aí?
- Ah não. É você que precisa provar algo aqui e não eu.
- Hum, está com medo de comprovar a minha tese?
- Não é medo, só não faz sentido...
- Então baixa. - insisto e ele bufa.
- Ok! - Ele puxa o celular, mexe no aparelho por alguns segundos e me mostra o aplicativo sendo baixado. Satisfeita eu faço o mesmo.

E acredite, tudo fodeu a partir daí.