Capítulo 2.1

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Olá meninas!
 Vemos ver como vai terminar essa saga, entre o nosso CEO ranzinza e nossa de bebê-sirene?
Bora lá?
😂

Lucca

Mesmo a contragosto, eu tive que aceitar, pois ele tinha razão. Com o volume dos berros a níveis estratosféricos e sem outra opção que impedisse que ficássemos surdos, abri a janela e, dessa forma, como se estivéssemos com uma sirene ligada, percorremos as ruas da cidade, de volta à delegacia, na esperança de que eles tivessem o nome, telefone ou qualquer coisa que pudesse nos ajudar a encontrar a garota que, por mais maluca que fosse, era a única, naquele momento, capaz de desligá-la.

— É ela? — perguntei, sem acreditar no que via — É ela que está sentada lá, sozinha naquele banco?

— Parece que sim — respondeu Archie, encostando o veículo. — Não acredito que estamos com tanta sorte.

— O que será que ela está fazendo ali, sozinha? — perguntei, sem entender. — Por que não foi para casa?

— Não faço a menor ideia, talvez, por falta de dinheiro. — respondeu.

— Bem, com esses gritos, só me resta agradecer por ela ser dura.

Antes mesmo que o carro estivesse totalmente parado, ela já estava correndo em nossa direção, pois os berros da criança eram facilmente ouvidos em todo o quarteirão.

— O que fizeram com ela? — gritou, colocando a cabeça pela janela, antes que eu abrisse a porta.

Ecaaaaaaa — berrou a garotinha ao vê-la, levando os braços em sua direção, fazendo que eu cobrisse meus ouvidos, pois cada vez que eu pensava que ela já tinha alcançado seu máximo, ela conseguia se superar. — Ecaaaaaaaaaaaaa.

— Merda! — Abri a porta do carro, disposto a fugir. — Como uma boquinha tão pequena pode gritar tão alto? Até parece que tem um megafone na garganta.

— Cale-se, seu idiota — Ela chiou baixo, me fuzilando com o olhar — Você não pode usar esse tipo de vocabulário na frente dela.

— Perdeu o juízo? — encarei-a sem acreditar no que tinha acabado de ouvir, ela tinha me chamado de idiota? Era isso? — Como ousa se dirigir a mim nesse tom?

— Ah, vá para o inferno — vociferou entredentes, estendendo o braço. — Dê-me ela aqui, antes que eu o chame de coisa pior.

Ela pediu a criança, porém, não esperou que eu a entregasse, empurrando-me do seu caminho, avançou para dentro do veículo. Soltando o cinto, a tomou e a levou sobre o seu peito, se afastando em seguida, ninando-a. Enquanto ela seguia com seus gritos de "ecaaaaaaa", se aferrava em seu corpo, abraçando-a como se fosse um carrapato. Ao se afastarem, pouco a pouco, os berros foram se acalmando, até que somente o amado silêncio foi ouvido. Archie dirigiu-me um olhar de alívio e, em seguida, riu. No entanto, eu estava assustado demais para acompanhá-lo.

— Acho melhor ela ficar comigo esse resto de madrugada — ela disse, ao voltar com a garotinha já dormindo, novamente, tranquila em seus braços — Amanhã eu a levo para a escolinha e você pode vir buscá-la, junto com uma babá, no horário da saída.

— Como assim? — chiei, baixinho. — Ela é minha responsabilidade, não posso deixá-la aqui.

— Mas, nessas condições, também não poderá levá-la — retrucou, irritada, com o mesmo tom baixo, para não a acordar. — Você sequer tem com quem deixá-la, ou já conseguiu uma babá?

— Eu já disse que isso é problema meu — respondi, sentindo minha irritação se elevar, eu não tinha nervos à prova de crianças e, muito menos, de garotas malucas. Meus nervos de gelo funcionavam muito bem com CEOs arrogantes, mas percebi que gritos infantis o rachavam com facilidade. — Quando chegar lá, eu resolvo.

Um CEO Bilionário Em Apuros: (Degustação, Livro Completo na Amazon.)Onde histórias criam vida. Descubra agora