Obra Prima

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Notas Iniciais:


Não sei nem como eu consegui pensar nesse plot mas OLHA VOU TE CONTAR essa foi, de longe, a fic que eu mais me diverti escrevendo esse ano. Chutando bem alto mesmo.

Ela 'tá bem divertida, fofinha e tem aquele draminha gostoso que todo mundo ama. Pra compensar todo o sofrimento que eu fiz vocês passarem com as minhas últimas ones kskskss

Espero MUITO que vocês gostem, me dediquei e coloquei muito carinho!

Enfim...boa leitura ;)


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Já era noite do lado de fora. Os talheres batiam e o sino sobre a porta retinia toda vez que um novo cliente entrava. Jazz tocava a som ambiente, as luzes vermelhas e laranjas do restaurante deixavam o lugar agradável. O ar tinha cheiro de perfumes fortes, madeira e comida.

As cortinas do palco ainda estavam fechadas. Atrás delas, Sasuke ajeitava o microfone e puxava a gola das mangas. Seus dedos formigavam, seu coração inquieto batendo com força como sempre acontecia antes de uma apresentação. A banda atrás de si se posicionava.

Se perguntou se ele estaria ali, se estaria sentado em uma das mesas como disse que estaria na noite anterior. Queria ver o brilho dos seus olhos azuis mais uma vez. Ver a admiração deles ao vê-lo cantar.

O jazz foi diminuindo até parar, as luzes abaixaram. Sasuke sorriu com as breves lembranças, respirando fundo quando a cortina começou a abrir. As conversas foram gradativamente parando e ele finalmente pôde ver o rosto da sua plateia. Os acordes de violão começaram, as luzes do palco acenderam sobre si.

Inconscientes, seus olhos procuraram pelos dele, mas estava muito escuro e eles não os encontraram em lugar algum.

Segurou com as duas mãos o microfone no suporte. Sua respiração regulou, seus olhos fecharam.

Se sentia tranquilo. O nervosismo sumindo de vez ao cantar as primeiras linhas.


Sua voz fraca passa por mim

Por favor chame meu nome mais uma vez

Eu estou de pé sobre o por do sol congelado

Mas andarei passo a passo em sua direção

Still with you (Ainda com você)


Abriu os olhos novamente, a música de salão começava tocando baixinho em sons leves de teclado e violão.

Talvez ele tenha perdido a hora preso no seu ateliê. Talvez tenha se esquecido.

Com os olhos mais uma vez fechados, soltou o microfone, gesticulado as mãos rente ao peito como se desse forma para que a música pudesse começar de verdade.

Suspirava muito entre as notas, a letra saia como um sussurro cansado.


Passo a noite escura sem uma única luz

Eu não deveria estar habituado com isso, mas me acostumei.

O baixo ruído deste ar-condicionado

Sem isso acho que entrarei em colapso

Nós rimos juntos, choramos juntos

Acho que essas emoções simples eram tudo pra mim

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