Capítulo III

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Era tarde da noite, o senhor General Spencer havia finalizado seu turno por hoje no seu escritório no batalhão do exército real. Ao chegar, tirou sua boina e a pendurou, tirou sua farda e a guardou e depois tirou seus sapatos e os deixou no lado da porta de sua casa.

Sua filha estava no sofá da sala, estudando para as provas de sua faculdade de arquitetura, com a sua mãe. O conde Spencer é líder da família Spencer, uma das casas mais nobres e conhecida da Inglaterra e reconhecida por Sua Majestade a Rainha. Muitos chefes da família receberam o título de "Conde" e de outros títulos de nobreza.

"Minhas duas mulheres estão reunidas", disse o Conde Spencer.

"Meu esposo, há algo que quero lhe contar."

"Hoje foi um dia cansativo. Tenho que enviar o nome dos novos ingressantes da academia real para o ministro da defesa."

"Meu pai, fui chamada por uma empresa de Londres para apresentar um projeto de minha autoria como arquiteta. Vai ser a primeira vez que vou criar um projeto.", disse a filha dos Spencer.

"Estou feliz por você, minha filha. Esposa, o que você ia me contar agora pouco?"

"Hoje a tarde um ladrão quase roubou a minha bolsa. Felizmente um jovem rapaz a resgatou e a devolveu para mim."

"A segurança da cidade a cada dia piora. Mas como esse jovem rapaz era? Ainda se lembra de como era as características físicas dele?", perguntou o senhor Spencer.

"Ele era alto, cabelo curto e preto, pele branca e tinha uma marca marrom em seu pescoço, seus olhos são cinza, usava um terno preto com calça preta. Ele tinha ombros largos e corria rápido e, além do mais, passava a impressão de um menino de interior, já que parecia bem perdido na cidade. Também ouvi dizer que uma família de fazendeiros está abrindo mais um ponto de sua empresa na cidade e pelo o que eu soube por terceiros, a empresa pertence aos Stuarts, uma das famílias rurais mais ricas de Londres.", ela explicou.

"Você disse 'Stuart' ?"

"Sim!", ela respondeu. "Algum problema?"

"Há uma loja deles perto do batalhão do exército. Talvez eu deva visita-los amanhã. Aliás, o jantar está pronto? Estou com muita fome. Vamos comer juntos e em família!"

O dia se passou. Para muitos, mais um dia qualquer, mas para Charles, era um dia péssimo, pois ele sabia que não iria ingressar na academia real de nenhuma forma por causa do preconceito que sofreu pelo Conde Spencer por ser apenas um jovem do campo. Já era de manhã, Charles ainda estava deitado em sua cama. De nada o fazia o levantar, pois aquelas palavras que ele ouviu no dia anterior não saía de sua mente.

"Charles", seu pai bate na porta.

"Já estou indo."

"Por que ainda está na cama?", perguntou o senhor Christian.

"Não sei o motivo. Perdoe-me, meu pai"

"Isso não é normal. Você não aparenta estar doente e nem mesmo doente você acordava tarde do dia."

"É a primeira vez que isso acontece. Eu prometo a você."

"Por que você está assim?", ele questiona.

"Assim como? Há algo diferente em mim?", ele pergunta.

"Você não está olhando para mim e está sempre a olhar para baixo. Charles, olhe nos meus olhos, por favor.", seu pai ordena. Charles olhou para ele. "Me diga a verdade, o que está havendo com você?"

"..."

"Não vai me responder?", ele cruza os braços.

"Perdoe-me, pai..."

O brilho da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora