Santo derramamento de sangue

art of love

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— 砂隠れの里, Sunagakure no Sato

Se esgueirava pelas grandes ruas desérticas na vila da areia em um jutsu de transformação, com seu chakra ocultado não havia o menor risco de ser reconhecida. Colocar seu meticuloso plano a perder por uma bobagem como aquela estava fora de cogitação. Não ela, não uma ninja de elite.

Logo após uma longa e árdua viagem, Sakura finalmente havia chegado até a grande aldeia, sendo prontamente recebida por um clima terrivelmente árido, muito diferente do costumeiro tropical de Konoha. Por este mesmo motivo, sempre evitava visitar as terras vizinhas a não ser que fosse estritamente necessário, eram quentes demais pro seu gosto. Felizmente para ela, não planejava estender muito sua estádia, apenas tempo o suficiente para repor seus mantimentos e repousar em uma estalagem.

Perambulando cegamente pelas sebentas estradas de barro avistou ao longe uma pequena loja de dangos escondida entre as muitas barracas do centro e se desviou de seu percurso. Um doce depois de uma cansativa e interminável jornada como tal cairia bem.

Ao chegar, se acomodou em um dos bancos de madeira já decrépitos e fez o pedido: Hanami Dango, sendo imediatamente atendida por uma gentil senhora com cabelos de algodão. Por mais que seu estômago clamasse por um adocicado Amitsu, o deixaria pra uma próxima vez. Uma próxima onde poderia degustá-lo sem preocupação.

Perceptiva como era, logo se pôs a avaliar o humilde local em volta se dando conta da presença de duas pessoas ao lado, estranhos aldeões. Apesar dos grandes chapéus de palha que contavam com borlas penduradas sobre seus rostos, ainda sentia uma certa familiaridade por parte dos desconhecidos. Como se de alguma forma, já houvesse os visto antes.

Talvez fosse sua mente pregando peças, mas aqueles kimonos esfarrapados nunca teriam sido tão vivos aos seus olhos como naquele momento.

— Bem, eu acho, não deveríamos voltar de todo o caso? — escutei ao longe parte da discussão, tentando inutilmente achar um sentido lógico a aquelas palavras.

— E de que serventia isso teria afinal? — rebate o outro em um tom arrogante

— Lá eles poderiam encontrar uma forma de lhe curar, seu ferimento pode infeccionar e com todo o respeito, seu corpo já não está em bom estado faz tempo. Só nos atrasaria.

— Hm, isto é ... que seja! — ele desiste se tomando por vencido.

Os olho frustrada esperando mais uma reação, era nítido que não teria mais episódios divertidos como aquele por ali.

— Com licença? — de repente os dois se viram bruscamente em minha direção e eu sinto meu rosto esquentar com o primeiro me chamando. — Senhorita?

— É, hum, sim? — solto sem graça por ter sido pega.

— Algum problema?

— Nenhum, por que a pergunta?

— Está nos encarando desde que chegou. Você tem algum problema? — o segundo reforça e eu me irrito.

— E estão gritando desde que cheguei, se querem privacidade vão a um hotel.

— Ora, senhorita ... ? — o outro continua.

— Sakura, me chame de Sakura.

Um sorriso de canto aparece.