Cap. I

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Ok, então é isso. Estou na escola, todos pararam para ver o tão aguardado anúncio de nosso novo presidente. A rebelião acabou. Nós perdemos. Meu distrito ajudou a Capital. Odeio ele. Muitos dizem que pela nossa ajuda, não sofreremos, seremos o distrito privilegiado. Distrito 1 LUXO.

Estou na minha sala de aula, uma televisão foi colocada em cada turma para podermos ver a Capital fazer seu comunicado oficial. A tv já está ligada e nos distraímos vendo uma série de sucesso da Capital. Comédia.

A Música começa e o símbolo aparece. Um frio no estômago me acerta em cheio. Estou muito nervosa. Larret minha melhor amiga segura minha mão e posso sentir que ela está tremendo.

Snow aparece. Ele é jovem, tomou o poder na revolução, uns dizem que tomou matando o antigo, outros dizem que mandou mata-lo. Seja o que for, tenho medo desse homem.

_Os distritos de rebelaram. Isso trouxe a população de Panem somente sofrimento e dor. Para que isso nunca mais se repita em uma reunião com todos os líderes da Capital foi decretado que todos os anos os 12 distritos restantes de Panem deverão oferecer como tributo uma menina e um menino com idades entre 12 e 18 anos. Eles serão levados para uma arena onde lutarão até que só haja um sobrevivente. O ganhador terá glória e levará riqueza ao seu distrito. O sorteio dos nomes será feito semana que vem. Agradeço á atenção e que a sorte esteja sempre ao seu favor.

Então é isso? Um jogo que levará 23 adolescentes para a morte? Não seria mais fácil simplesmente mata-los? É doentio nós termos que matar uns aos outros. Olho em volta e vejo todos aqueles rostos tão conhecidos apavorados novamente. Temos uma semana para nos acostumarmos com a ideia, se isso for possível.

Ninguém consegue falar uma palavra. Já não bastaram todas as mortes ocorridas na rebelião? Pelo menos isso é um tapa na cara de todos do distrito 1 que acharam que sói porque ajudaram a Capital contra os distritos seríamos privilegiados.

Penso no que aconteceria se meu nome fosse chamado. Não sou alta, mas tenho ótimas habilidades com espadas. Desde pequena meu pai me ensinou a manuseá-la. Herança de família, sempre passando de geração em geração. Meus pais são médicos, donos de um posto médico de alta tecnologia. Mas não por isso são esnobes. Inclusive foram contra a aliança com a Capital. Talvez porque vissem pelo que as pessoas passassem.

Quando me sinto mais calma para falar vejo que na tv há somente o logo. Até minha professora está em choque. Larret está com a mão dura e gelada em mim. Ela aperta com tanta força que me machuca.

_Ei, Larret. Calma. - não está adiantando. Coloco minha mão sobre a dela. - Relaxa, nada vai acontecer com a gente, nossa chance é mínima.

Ela se acalma e solta a mão.

_É, eu sei Gemmy, mas eu estava pensando. O que você acha de juntarmos todos e fizéssemos meio que uma seção de treinamento?

Paro ao ouvir a ideia dela. É algo genial. Assim estaremos preparados. Pelo menos um pouco.

_Eu acho uma ótima idéia.

Mais tarde na hora do almoço, reúno todos em frente ao palco. Devido aos meus pais as pessoas me ouvem e respeitam, por isso sou eu que farei o anuncio.

_Gente, gente. Fiquem calmos, por favor. -Peço tentando acalmar todos esses adolescentes com medo. -É do interesse de vocês.

Passam-se uns cinco minutos, mas finalmente todos se calam.

_Muito obrigada a todos. Sei como se sentem, também estou assustada, mas Larret deu uma ideia que pode ser de grande ajuda. Tor sei que você tem um grande galpão atrás da loja de sua mãe, seria de muita ajuda se pudesse sede-lo.

_Mas para que? - pergunta Tor desconfiado.

_Bem, como eu ia dizendo Larret deu a ideia de treinarmos. Não sabemos qual de nós será enviado, mas queremos voltar para casa como vencedores. Se utilizássemos essa semana até o sorteio treinando aumentaríamos em muito nossas chances. -reparo que estou tremendo, mas tenho que continuar. -Quem estiver interessado vá lá hoje, por volta das 15:30 e assim poderemos escolher como treinaremos. Levem qualquer tipo de armas que tiverem. Eu e Larret vamos procurar objetos que sirvam para treinarmos, quem mais estiver interessado em procurar com a gente me encontre na saída da escola. -Todos se entreolham e eu fico envergonhada, não sabendo se falei besteira. -Enfim era isso que eu queria dizer.

_Eu topo! Pode usar sim o galpão -grita Tor.

_Eu também tô dentro!

_Eu também!

E assim um por um aceitam treinar.

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