Laços de amor

Capítulo 5

Max chegou bufando em casa, mal falou com Pérola e seguiu direto para o banho. Ela ficou sentida sim, mas também preocupada. Não via o marido irritado desse jeito desde quando Nina aceitou se casar com Conrado pela segunda vez. Ela não poderia ficar ali como se nada tivesse acontecido, o seguiu para o banheiro.
Pérola: Max meu querido, vamos conversar. - disse entrando no quarto
Max: eu tô sem cabeça Pérola, me desculpe em um outro momento falamos. - disse tirando a cueca, última peça de roupa que vestia antes de ir pro banho.
Pérola: tá bom, se você não quer falar então me deixa te acalmar daquele jeito que você sabe. - disse com uma voz suave e sedutora e já começou a se despir por completo.
Entrou no box, max estava de costas com a cabeça na água quando sentiu o toque de sua mulher o abraçando por trás e beijando seu ombro.
Max: só você meu amor - disse sorrindo finalmente
Ela continuou naquela mesma posição agora iniciando uma massagem naquele membro que já conhecia de longa data. Ouvir seu marido gemer e render em seus braços mesmo depois de uma vida inteira juntos nunca perdia a graça. Era louca por aquele homem, sempre foi.
Max já estava pronto para preenche-la não aguentava mais aquela massagem já estava virando tortura, precisava do corpo de pérola. Mas ao se virar, algo de errado aconteceu.
Pérola: venha me amar querido - disse o puxando para si
Max olhou aquele rosto, aquele rosto tão familiar a ele e que amava tanto. Aqueles olhos, mas nesse momento tudo que tentou por alguns instantes esquecer, estava vindo a tona. O problema é que sua mulher é idêntica a mulher que o tirou do sério mais cedo.
Max: me desculpa pérola, mas eu não posso. Não consigo. - disse envergonhado, não conseguia mais encara-la.
Pérola: Max o que é isso ? Você não me deseja mais, você estava bem até olhar pra mim. Eu me tornei tão sem graça assim pra você? - disse já com lágrimas escorrendo
Max tentou dizer alguma coisa mas não foi o suficiente, não conseguia encara-la o que pra ela já foi uma bela resposta. Saiu dali as pressas, não aguentava ficar naquele banheiro, nem naquele quarto mais. Foi em direção ao quarto de hóspedes e se atirou ali, como ele não a queria mais? O que tinha feito de errado? Será que ele já não a amava como antes? Será que ele está com outra? Todas essas perguntas se passavam pela cabeça de Pérola. O sexo em si não a importava tanto quanto ao fato de seu marido não conseguir encara-la, isso doeu. Ficou horas ali naquele quarto, não desceu nem para jantar o que era sagrado para aquela família. Ouviu as batidas na porta, perguntou mas ninguém respondeu, abriu a porta e deu de cara com max.
Max: podemos conversar Pérola?
Pérola: conversar? - disse com um sorriso sarcástico
_ agora você quer conversar
Max: eu só acho que nós não precisamos brigar por causa de uma besteira, eu te amo Pérola. Sei que tenho um gênio difícil mas você tem o dom de me acalmar. Você é o meu lugar de paz meu amor. - disse indo se segurar sua mão.
Pérola: seu lugar de paz? Que você não consegue sequer encarar, olha pra mim Max. Olha pra sua mulher! A mulher que se dedicou a vida inteira pra você e me diz por que, por quê não consegue. Não me deseja mais, eu estou ficando velha é isso? - disse já não aguentando e chorando de raiva
Max: claro que não meu amor - indo em direção a ela para abraça-la ficou desesperado vendo o estado de sua mulher.
_ a culpa não é sua Pérola, eu que fiquei com a cabeça cheia hoje por causa da sua irmã. Você acredita que ela teve a audácia de ir lá na empresa procurar um namoradinho dela?
Pérola: pera aí, é muita informação ao mesmo tempo. Você não falou comigo direito, não conseguiu sequer me encarar quando estávamos no banheiro por causa da Helia? - era difícil assimilar tudo
Max: não é assim que você está pensando pérola, mas você conhece a sua irmã. Você sabe que ela me - foi interrompido
Pérola: Ela o que max? Te enlouquece? É isso que vai dizer - disse com raiva
Max: não, não meu amor. Você é a única mulher capaz de fazer isso. Pérola sabe que esses anos todos eu nunca tive olhos pra ninguém além de você. - disse se aproximando dela
Pérola: eu não sei, eu pensei que os seus sentimentos em relação a Helia tinham acabado antes da gente se casar. Mas se isso te incomoda tanto, se sempre te incomodou por que depois que terminaram você nunca mais foi o mesmo com ela. - disse tirando algumas conclusões que não queria
Max: Pérola isso foi há muitos anos, sua irmã me abandonou, foi embora para São Paulo virar bailarina mas eu nunca me arrependi de ter me casado com você. Você com esse jeito doce, calma me deu o que eu mais precisava naquela época "aprender a amar". E hoje mais de vinte anos depois eu sigo te amando. - ele não resistiu a puxou para um beijo intenso, pérola queria negar mas todo seu corpo estava implorando por ele desde aquele momento mais cedo.
Pérola: me deixa Max, eu preciso pensar - disse saindo dos braços dele
Max: pode pensar no que quiser, só me deixa olhar pra você, olhar para mulher que eu amei a minha vida inteira. - disse acariciando o rosto dela que apenas fechou os olhos para apreciar esse momento.
Max aproveitou a trégua temporária e já a puxou de volta para si depositando vários beijos em seu pescoço. Ela já não conseguia resistir e já foi tirando toda roupa dele que no momento estava só com o pijama.
Pérola: eu tenho tanto medo de te perder - disse em meio a beijos deixando uma lágrima rolar de seu rosto
Max: você nunca vai me perder Pérola, eu sou louco por você. Eu te amo, te amo, te amo. Cada "te amo" era uma descida que ele fazia com a boca pelo corpo dela. Estavam a flor da pele pela discussão e precisam urgentemente esquecer aquela situação ruim no banheiro mais cedo. Então se amaram com pressa, mas não com menos intensidade. Max deslizava as mãos pelo corpo dela, enquanto a pressionava seu membro contra ela. Velha? Meu Deus, se aquela mulher não era a mais perfeita que já viu. Já se amaram milhares de vezes e nunca se cansaria disso, dela.
Pérola: não tô aguentando mais querido - disse em meio a um forte orgasmo
Max: vem comigo meu amor - ele segurou sua mão e lhe dando estocadas mais fortes cada vez chegaram juntos ao máximo de prazer.

Em outro lugar de serranias

Helia: entra - disse sorrindo
Murilo: você tá linda - disse entregando um buquê de rosas a ela
Helia: Murilo, não precisava.
Murilo: claro que precisava, o jantar já vai ser na sua casa. Não poderia vir mãos vazias.
Helia: o jantar vai ser aqui mas você sabe que quem vai cozinhar vai ser você não é? Já te disse que não sei nem fazer uma omelete direito - disse rindo sem jeito
Murilo: eu sei, pode ficar tranquila.  Mas porque nós não pulamos direto para sobremesa. - ele não resistiu ao impulso de beija-la, estava louco para fazer isso desde cedo. Nem conseguiu trabalhar direito pensando nela, naqueles olhos profundos com o fogo que nunca viu em ninguém.
Helia estava entregue, tinha conseguido seu objetivo de quando foi procura-lo mais cedo. Ela o queria, desejava se sentir mulher de novo nos braços dele. Estava indo ao delírio com a língua dele brincando com sua orelha. Ela estava com pressa, já fazia tempo que não estava com outro homem além de Leal mas nem ele a tocava já fazia um bom tempo. Só queria se sentir desejada de novo e lembrar como é querer alguém assim.