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Capítulo 15: As Garras Do Amor

ANY GABRIELLY

- Não, isso deve ser um engano…

- Não é, Any. Sou eu, o seu pai.

Eu estou lembrando de tudo agora, e a imagem dele mais jovem surge na minha mente. Se eu ignorar o cabelo grisalho e a barba, é ele. O meu pai daquela foto, só que mais velho. Eu estou começando a entrar em pânico nesse momento.

- Como você entrou nesse apartamento?

- Pela porta.

- Eu não entendo…

- Eu sei que você está confusa e que tem umas mil perguntas para fazer.

- Ah, disso você pode ter certeza! Eu tenho perguntas demais.

- E eu estou aqui para responder a todas elas. Eu sei que isso tudo é muito repentino para você. E eu prometo que não vou me mover um centímetro daqui, até que eu diga tudo que você queira saber. Minha filha…

Em todos os anos em que ele esteve ausente, sempre existiu um grande buraco no meu coração, onde ele deveria estar.

Agora que ele está me chamando de filha, o meu coração está se enchendo de amor por ele, os meus olhos se enchem de lágrimas e eu não consigo segurar.

- Primeiramente, eu imploro que você me perdoe…

- Perdão… você acha que um perdão pode ser conquistado tão fácil assim? Onde você esteve, durante todo esse tempo? Você se perguntava como eu estava?

- Todo santo dia. Eu estive sonhando com o seu perdão.

- Por que você me abandonou?

- Eu tive que fazer isso. A sua vida estava em perigo, por minha causa, então eu tive que deixar você aos cuidados da sua tia. Como você sabe, a sua mãe morreu quando você era pequena, e , provavelmente, você não se lembra dela. Eu não podia te colocar em um orfanato. Eu pedi para que a sua tia cuidasse de você. Mas ela ficou doente mais tarde, também. Mas você já era maior de idade.

- Pelo visto, você conhece bem o meu passado. Por que você não apareceu quando a tia Laura morreu?

- Eu não pude. Nós conversamos pelo telefone. Eu fui proibido de entrar no país.

- Proibido? Por quê?

- Essa é uma história para outro dia.

- Você me disse que iria responder todas as minhas perguntas! Eu quero ouvir tudo! Sem segredos, ou coisa alguma!

- Certo. Eu serei honesto com você. Eu estava passando um longo tempo na prisão, por um crime que cometi. No entanto, eu concordei em testemunhar contra um dos maiores mafiosos da época. Eu sai em condicional, mas foi por isso que eu tive que te deixar em algum lugar seguro. Eles me deram uma nova identidade e me proibiram de entrar no país, por vinte anos.

- Foi por isso que você não pôde voltar?

- Sim.

- Você poderia ter ligado, ou escrito.

- Eu podia, mas não o fiz. Como você teria enxergado isso? Eu sonhei com o dia em que iria te conhecer. O dia que eu iria conhecer a minha doce Any. Quando você nasceu, eu te chamei…

- Do que você me chamou?

- “Docinho”. Desde o momento em que eu olhei nos seus olhos enormes, você se tornou o centro do meu mundo, e um colírio para os meus olhos. Meu docinho.

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