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Meu pai entrou pela porta, ele estava bêbado, dava para ver só pela cara dele.
Ele foi para a cozinha e se sentou na cadeira, eu não disse nada.

- cadê o seu irmão?- ele me perguntou e eu não respondi nada. - CADÊ O SEU IRMÃO PORRA?- ele perguntou gritando.

- EU NÃO SEI CARALHO- eu disse e ele veio até mim, pegou meu braço e olho diretamente nos meus olhos.

- olha como você fala comigo mocinha- ele falou apertando meus braços.

- me solta seu velho- falei me soltando dele e ele tirou a cinta e meu bateu.

- se me bater de novo eu juro que sumo da sua vida- falei quase chorando

- CADÊ O SEU IRMÃO CARALHO?- ele perguntou me batendo com a cinta

- EU JÁ DISSE QUE NÃO SEI - respondi chorando. Ele não parava de me bater, e cada vez batia mais forte, ele não iria parar enquanto eu não dissesse onde estava o Bruce.

- EU JÁ FALEI QUE NÃO SEI ONDE TA O BRUCE - falei chorando. Ele finalmente parou de me bater depois de um bom tempo, eu subi para o quarto do Bruce e deitei na cama dele, eu estava chorando demais. Meu braço direito tava doendo muito e já tava roxo de tanto que ele bateu, teve uma hora que ele me jogou no chão e eu bati a cara no chão, minha cara estava machucada por conta disso. Chorava sem parar, até que decidi que ia sumir daquela casa pra sempre. Era quase 18:00 da tarde e o Bruce ainda não tinha voltado, se desse 19:00 e ele não tivesse voltado eu iria atrás dele, ele nunca volta depois das 18:00. Tomei banho e fui para o meu quarto, peguei uma bolsa e coloquei várias roupas minhas. Já era 18:00 horas e Bruce não havia voltado, eu estava um pouquinho preocupada, confesso.
Voltei para o quarto do Bruce e fiquei chorando até pegar no sono.

Acordo as 19:48 e Bruce não tinha voltado, saio de casa com a minha bicicleta mesmo não sabendo andar direito e vou procurando pelo bairro pelo Bruce.

Procurei ele por todo canto mas não achei, já era 20:00 horas, eu não vou voltar para casa, não enquanto aquele velho filho da puta tiver lá. Começou a chover, ótimo.
Estava pedalando até que a bicicleta prende numa pedrinha fazendo eu cair, me machuquei toda, meu braço que já estava doente estava todo arranhado e saindo sangue. Pensei em ir para casa do Robin mas acho que o tio dele não gostaria, então fui para casa de finn, sou amiga da Gwen então o pai dela não vai achar ruim.

Toquei a campainha da casa deles e quem atendeu foi o Finney.

- meu deus Maya, o que aconteceu?- ele me perguntou assim que abriu a porta.

- eu... Eu, cai de bicicleta- falei

- vem, entra- ele falou e eu entrei, e ele fechou a porta.

- eu posso dormir aqui? Só essa noite, por favor - falei quase implorando para ele.

- mas é claro que pode.- o finn falou. Eu não segurei e senti algumas lágrimas caírem do meu rosto. - aconteceu alguma coisa né?- ele me perguntou

- sim- falei começando a chorar e ele me abraça bem forte e disse que iria ficar tudo bem, era só disso que eu precisava.

- quer me contar o que aconteceu?- ele me perguntou enquanto eu sentava no sofá e ele se sentava do meu lado.

- o Bruce não voltou para casa, e com esse caso de sequestros do Vance, Billy e Griffin sendo sequestrados eu to preocupada.- falei chorando.

- calma Maya, o Bruce é um garoto esperto, ele deve estar bem- ele falou me abraçando de lado. - mas o que são essas machucados? Não vem me falar que você caiu de bicicleta por que cair não ia causar isso tudo.- ele falou

- f-o, foi... Foi meu pai- respondi chorando mais ainda.

- ele te bateu?- ele perguntou e eu respondi que sim balançando a cabeça positivamente.

- o que tá acontecendo?- a Gwen perguntou descendo as escadas.

- Gwen, agora não é uma boa hora.- o finn falou mas a Gwen veio ate mim e me abraçou.

- a Maya vai dormir aqui- o finn falou

- tá bom, eu vou ir arrumar a cama pra ela- a Gwen falou e subiu as escadas.

𝐓𝐄𝐋𝐄𝐅𝐎𝐍𝐄 𝐏𝐑𝐄𝐓𝐎- 𝐌𝐀𝐘𝐀 𝐘𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 Onde histórias criam vida. Descubra agora